Lucas narra que o cumprimento da promessa, o
derramar do Espírito Santo, se dá no dia da festa judaica da colheita,
denominada como “Pentecostes”. Os discípulos do Senhor (cerca de 120 pessoas)
estavam reunidos no cenáculo, em oração e súplicas. De maneira inesperada, ouviu-se
um som que vinha do céu, semelhante a “um vento veemente e impetuoso”, e os
presentes viram “línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre
cada um deles”. Em seguida, Lucas conclui: “E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem” (vv. 1-4).
Diante da admiração da multidão, e da
incredulidade de alguns, o apóstolo Pedro tomou a palavra e esclareceu os
ouvintes sobre o ocorrido. Esses “homens não estão embriagados”, porém,
recordou-os de que o derramar do Espírito Santo era o cumprimento da promessa
que Deus fizera por intermédio do profeta Joel (Jl 2.28-32). Acrescenta ainda
que a plenitude dos tempos chegara, o derramar do Espírito capacitaria os discípulos
a testemunhar de Jesus Cristo, a única Verdade e as bênçãos da salvação
estariam à disposição de todos aqueles que invocassem o nome do Senhor (vv.
14-21).
A primeira grande colheita da igreja se dá em
Jerusalém – muitas pessoas são levadas à fé em Cristo. O derramamento do
Espírito Santo sobre os judeus em Jerusalém é só o início da obra de ampliação
da igreja de Cristo Jesus.
Posteriormente teremos o acréscimo dos
samaritanos (capítulo 8); em seguida, a conversão dos gentios (capítulo 10).
Finalmente, os discípulos de João Batista,
que não tinham ouvido o evangelho e não sabiam acerca do Espírito, foram
acrescentados à igreja e o Espírito Santo veio sobre eles (capítulo 19).
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