sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A doutrina da morte.


A morte é um assunto do qual evitamos falar e comentar; entretanto, o viver humano encontra em sua jornada a ameaça da morte. Nesta lição estudaremos a questão da morte sob a perspectiva bíblica, pois nela a realidade da morte e seu impacto na vida humana são tratados com clareza e fé.

Toda criatura humana enfrenta esse dilema: não foi sua escolha vir ao mundo, mas não consegue fugir à realidade do fim de sua existência (Ec 8.8). Em Eclesiastes, o pregador diz: “E o pó volte à terra como era e o espírito volte a Deus que o deu” (Ec 12.7). Foi introduzida no mundo como castigo positivo de Deus contra o pecado (Gn 2.17; 3.19; Rm 5.12; 7.13). O cristão verdadeiro não foge à realidade da morte, mas a enfrenta com confiança no fato de que Cristo conquistou para ele a vida eterna (Jo 11.25).

A definição bíblica para a morte pode ser tanto no sentido literal quanto metafórico.

Fisicamente, a morte, é como a saída de um lugar para o outro (Jó 16.22; 2 Pe 1.14, 15). b) rompimento. Ela rompe as relações com as coisas naturais da vida material (Ec 9.4-6, 9, 10; Lc 12.20).

Já no sentido bíblico e doutrinário da morte, ela é salário do pecado (Rm 6.23). O pecado, neste versículo, é representado pela figura de um cruel feitor de escravos que dá a morte como pagamento. O salário requerido pelo pecado é merecidamente a morte. Quando morre, o pecador está ceifando na forma de corrupção aquilo que plantou na forma de pecado (Gl 6.7, 8; 2 Co 5.10); portanto, a morte física é o efeito externo e visível da ação do pecado (Gn 2.17).

Tiago nos mostra uma relação entre o pecado e a morte, quando diz: “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá luz o pecado, e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1.14, 15).

O pecado, portanto, frutifica e opera a morte. Como andarão juntos dois que não estão em concordância: Deus, a vida, e o homem, no pecado que é morte?!

A morte foi vencida por Cristo no Calvário. A resposta única, evidente e independente de quaisquer ideias filosóficas é a palavra de Deus revelada e pronunciada através de Cristo Jesus no Calvário (Hb 1.1). Cristo é a última palavra e a última solução para o problema do pecado e a crueldade da morte (Rm 5.17).

A Bíblia fala de vários tipos distintos de mortes; consideremos estes dois:
1. Morte física. O texto que melhor elucida esta morte é 2 Sm 14.14, que diz: “Porque certamente morreremos e seremos como águas derramadas na terra, que não se ajuntam mais”. É isso que a morte física acarreta literalmente – a volta ao pó (Gn 3.19; Ec 12.7). Isto não impede ao redimido entrar na vida eterna; e
2. Morte espiritual. É um estado de separação da comunhão com Deus. Significa estar debaixo do pecado, sob o seu domínio (Ef 2.1, 5). O seu efeito é presente e futuro. No presente, refere-se ao estado de falta de comunhão com Deus, existir neste mundo fora da direção do Espírito Santo. E, no futuro, isto se manifestará no juízo final (Mt 25.41). Não participará da vida eterna aquele que se encontrar neste estado.

 A morte é a prova última da fé cristã (1 Co 15.25, 26), que produz nos crentes uma consciência de vitória (1 Pe 4.12, 13).

Os sofrimentos e aflições desta vida são temporais, e aperfeiçoam nossa esperança para enfrentar a morte física, que se constitui num trampolim para a vida eterna. Ela se torna a porta que se abre para o céu de glória. Quando um cristão morre, ele descansa, dorme (2 Ts 1.7). Ao invés de derrota, a morte significa vitória, ganho (Fp 1.21; 1 Co 15.51-55).

* Texto cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.
 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP

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