sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O estado intermediário dos mortos.

Quando um cristão morre, ele descansa, dorme (2 Ts 1.7). Ao invés de derrota, a morte significa vitória, ganho (Fp 1.21; 1Co 15.51-55). Parece contraditório, mas não é, pois o ser humano tem uma finalidade além da própria vida física (Gn 1.27). Há algo que vai além da matéria de nossos corpos – o que é espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte (ocasionada pelo pecado), trouxe à luz a vida e a incorrupção. Estava, de fato, desfazendo a morte e concedendo vida eterna, a imortalidade (2Tm 1.10). A vida humana através de Cristo Jesus tem um alvo superior, uma razão de ser, um desígnio. Somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1Tm 1.17; 6.16). Ele é a fonte da vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente em Jesus adquire imortalidade conquistada pelos méritos do Senhor no Calvário (2Tm 1.8-12;Jo 6.40; 11.26).

Uma heresia lançada pelos católicos romanos para identificar o “Sheol-Hades” como lugar de prova, ou de segunda oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para galgarem o céu. Declara a doutrina romana que é uma forma de esses mortos serem provados e submetidos a um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina não tem base bíblica, e é feita sobre premissas falsas. Se o purgatório fosse uma realidade, então a obra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir a sua salvação eterna, precisa garanti-la em vida física; depois da morte, só resta o juízo (Hb 9.27).

Não há um lugar de migrações e perambulações espaciais, entretanto, os espíritas gostam de usar o texto de Lc 16.22, 23 para afirmarem que os mortos podem ajudar os vivos. Mas Jesus no assunto apresentava o ensino de que os que amam este mundo herdarão a condenação, e que os sofridos justos terão a recompensa no porvir. E por ali vemos ser impossível qualquer recurso após a morte. Jesus disse que os vivos tinham “a lei e os profetas”, isto é, eles tinham as Escrituras. Os mortos não podiam sair de seus lugares para se comunicarem com os vivos.

Portanto, é uma fraude afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Vários textos bíblicos anulam essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9, 10; Ec 9.5, 6).

Então, entre a vida terrena e a ressurreição, qual a situação daqueles que foram recolhidos deste mundo? Onde estão? Que fazem? Estão conscientes? São algumas das perguntas que comumente ouvimos. As Sagradas Escrituras nos dão o esclarecimento vindo de Deus.

Diante da angústia pela qual passava, Jó expressou o desejo de morrer e ir para o pó (sepultura), até que passasse aquele período, e voltar à vida quando não mais houvesse este firmamento, lembrando-se Deus dele, na ressurreição (Jó 14.7-15; 34.15; 17.16).

Em Eclesiastes encontramos o sábio dizer: “os mortos não sabem coisa alguma” (Ec 9.4, 5), “na sepultura, para onde vais, não há ciência, nem indústria” (Ec 9.10), “e o pó volte ao pó como era” (Ec 12.7), “todos vão para um lugar” (Ec 3.20, 21).

Todas mostram que os que morrem vão para o pó até que sejam vivificados (ressuscitados) – Sl 104.29; Is26.19; Gn 3.19; Jo 5.28, 29; At 2.29. E observemos que, referindo-se aos salvos em particular, com ternura a Palavra de Deus utiliza o termo “dormir” (1Ts 4.13, 14; Dn 12.2; Mt 27.52, 53; Jo 11.11-13, 25; Lc 20.37, 38; Rm 8.31-39; 1Co 15.6, 51; 2Pd 3.4).

Essa doutrina fortalece a nossa fé ao dar-nos a segurança acerca dos mortos em Cristo; é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, e alcançável em Cristo Jesus. Nem a morte nos pode separar do carinho de Deus e de Sua promessa de vivermos eternamente no céu (Jo 11.25; Lc 20.37, 38; Rm 8.31-39).


* Texto cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.

 4º. Trimestre de 2016 - ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP

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