Isaque
é deveras herdeiro das promessas feitas por Deus a seu pai, Abraão. Sua
trajetória confirma a existência de tais promessas e revela o compromisso de
Deus com o homem cuja vida é alcançada por um Deus tão grande. E essas
promessas espirituais resultam em bênçãos dentro da família, em bênçãos
materiais e sociais.
Isaque
orou durante cerca de 20 anos por sua mulher, pois era estéril, e o Senhor
ouviu à sua oração. No caso, Isaque não utilizou recursos humanos para alcançar
a bênção; pelo contrário, lutou na oração e esperou com paciência no Senhor
durante todo este tempo. Rebeca concebeu, e dentro dela os filhos lutavam;
então ela também foi orar e perguntar ao Senhor a razão desta particularidade. Dois
povos estavam em seu ventre, sendo um mais forte que o outro, e o maior
serviria ao menor. Cumprindo-se os seus dias, ela deu à luz a Esaú (“cabeludo”)
e Jacó (“suplantador”), nomes esses referentes ao que foi observado durante o
parto (vv. 24-26). Esaú tornou-se perito na caça, varão do campo, e agradava a
seu pai. Jacó, varão simples, habitava em tendas, mais perto da mãe. Certo dia,
Esaú chegou cansado do campo e com fome, e disse a seu irmão: “Deixa-me comer
de seu guisado”. Então, Jacó lhe respondeu: “Vende-me a tua primogenitura”.
Para Esaú, o que importava no momento era saciar sua fome – de que lhe valia
sua primogenitura? E então a vendeu a Jacó, seu irmão. Assim desprezou Esaú a
sua primogenitura.
A região onde estava Isaque passava por uma
terrível fome – o que o levou a Gerar, na terra dos filisteus. Nisso apareceu o
Senhor, impedindo-o de descer ao Egito e orientando-0 a habitar na terra que o
Senhor dissesse, porque nessa terra estaria a sua bênção. E assim habitou
Isaque em Gerar. Os varões desta região perguntaram a Isaque a respeito de sua
mulher. Ele temeu por sua vida e disse que era sua irmã. Porém o rei dos
filisteus descobriu que não era simplesmente sua irmã, mas também sua esposa, e
o repreendeu por conta de um possível delito que viria sobre o seu povo se
alguém a tomasse por mulher. Isaque cresceu e se fortaleceu naquela região,
tornando-se mais poderoso que o povo da terra, a ponto de causar inveja nos
filisteus. Diferente do Salmo 73, onde o salmista viu a prosperidade do ímpio e
quase escorregou, até que entrou no santuário do Senhor. Isaque foi expulso
desta região e fez seu assento no vale de Gerar, cavando poços e prosperando,
mas porfiaram com ele. Então chegou a Berseba e o Senhor lhe apareceu,
renovando Suas promessas.
A razão de toda a sorte de Isaque não estava
nas terras por onde andou e sim naquEle que o abençoava. Por onde quer que
andasse, tinha livramento e prosperidade. Ele reconhecia isto, e em Berseba
levantou um altar e invocou o nome do Senhor. A adoração não está limitada ao
lugar; ela está na vida do adorador. Abimeleque sai de Gerar e vai até onde
Isaque se encontrava, buscando um concerto – afinal, ele o havia expulsado de
suas terras. Reconhecendo que o Senhor era com ele, e que por isso crescia
independente do lugar onde se encontrava, o rei filisteu reconheceu também que,
futuramente, Isaque seria grande e poderoso na terra. Isaque tinha o coração
segundo o do seu Deus, misericordioso; não tratou seus inimigos com a mesma
moeda; pelo contrário, fez um banquete. Comeram, beberam e ele os despediu em
paz.
Isaque
passou por vários tipos de crise: fome na terra, perseguição e expulsão da
terra onde estava, e teve a insatisfação de ver seu filho, Esaú, casar-se
levianamente com mulheres hetéias. Tudo isso deixa claro que as bênçãos de Deus
independem das circunstâncias, posto que Ele é fiel e Poderoso para cumprir
Suas palavras.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário