quinta-feira, 27 de abril de 2017

A nova vida em Cristo.

Na aula anterior, aprendemos que Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que perdoa o pecado do mundo. Nesta lição, estudaremos o grandioso milagre do novo nascimento operado por Deus no ser humano. Jesus descreveu esta experiência inicial e transformadora da vida cristã como nascer de novo (Jo 3.1-8). Os pecadores, "mortos em ofensas e pecados" (Ef 2.1), necessitam de um renascimento espiritual. Pelo novo nascimento o homem é reconciliado com Deus e adquire a condição de Seu filho (1 Jo 3.1,2). O novo nascimento em Cristo não é simplesmente uma transformação, mas uma nova criação.

Jesus disse a Nicodemos que: “ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo” (Jo 3.3). O novo nascimento é uma “nova vida” em Cristo, agora, o homem não vive mais sob o domínio do pecado, mas sua vida é guiada por Cristo. Em termos práticos, consiste em ser uma “nova criatura (2 Co 5.17), “revestir-se do novo homem" (Ef 4.24), ser salvo pela “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tt 3.5), ou ainda, ser “gerado de novo para uma viva esperança” (1 Pe 1.3, 23). É experimentar uma mudança radical em todo o nosso ser, proveniente da graça, misericórdia e do poder de Deus, o primeiro passo na experiência pessoal da salvação, que terá a sua plenitude na vinda de Cristo (Rm 13.11). Em síntese, se cumpre o que Jesus disse: “quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Paulo recorda que no passado, estávamos “mortos em ofensas e pecados”, “andávamos “segundo o curso deste mundo”, guiados pelo próprio satanás (“o príncipe das potestades do ar”), assim considerados “filhos da desobediência”, andávamos segundo a vontade da nossa carne, fazendo os desejos de nossos pensamentos, por fim, éramos considerados por natureza, “filhos da ira”. Tito esclarece que noutro tempo éramos: “insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros” (Tt 3.3). Com efeito, estávamos sem esperança de salvação, distante de Deus e de Sua glória, receberíamos como salário do pecado, a morte (Rm 6.23). 

Nós éramos escravos do pecado, mas fomos resgatados mediante um pagamento de altíssimo valor, mais precioso que a prata e o ouro: o preço da nossa libertação foi o sangue de Jesus (1 Pe 1.18,19; 1 Jo 1.7). A redenção é o preço pago para dar liberdade a escravos. Estávamos longe de Deus (“mortos em ofensas e pecados”), fomos alcançados pela Sua graça, por intermédio da obra redentora de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Paulo enfatiza que fomos “vivificados”, ou ainda, “ressuscitados com Cristo”, e como consequência, Ele “nos fez assentar em lugares celestiais, em Cristo Jesus”.

       A salvação não é mérito pessoal do homem, mas é presente de Deus (“pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”). É um ato soberano e sublime de amor e misericórdia de Deus, que aceita aquele que crê e o justifica de seus pecados pela morte de Jesus na cruz do Calvário, transformando a condenação do homem em perdão (Is 53.4,5).

       Agora que Cristo passou a habitar em nosso coração (Gl 2.20), somos considerados filhos de Deus (Jo 1.12; 1 Jo 3.1-6), co-herdeiros de Cristo (Rm 8.16-17) e recebemos como dádiva a Vida Eterna (2 Co 5.17; Jo 3.16).

       Por mais que nos esforcemos, ainda não conseguimos ser perfeitos e inculpáveis diante de Deus (1 Jo 1.8; Rm 7.19). Através da graça de Deus, o homem é aceito e passa a estar unido à Cristo, e sua antiga natureza é transformada, ele passa a ser uma “nova criatura” e abandona as práticas pecaminosas, pois vive em novidade de vida (2 Co 5.17) e precisa frutificar. Jesus é a árvore da vida, e pela fé, fomos enxertados Nele (Rm 11.17). Quando a Bíblia fala de fruto, ela diz acerca dos resultados. Deus espera de nós fruto, que é o resultado da nova natureza que recebemos. Jesus disse que aquele que permanece Nele, dará muito fruto (Jo 15.5).

       No livro aos Gálatas, o apóstolo Paulo exorta aos seus ouvintes a “andar em Espírito” e permitir que o Espírito de Deus dirija as suas vidas e que não se deve obedecer aos desejos da natureza humana (Gl 5.16). Em seguida, ele esclarece que o fruto do Espírito é: amor, gozo (alegria), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (domínio próprio) (Gl 5.22).

       O mandamento de Deus para nós é: “Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; (...) e ao teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.30,31). Paulo ainda aconselha a igreja em Roma que exercitasse o amor fraternal sem fingimento (Rm 12.9,10).

       Em outras palavras, frutificar é atentar para a necessidade do próximo, não ser vagaroso no cuidado, alegrar na esperança, ser paciente na tribulação, perseverar na oração, ser hospitaleiro, abençoar aqueles que nos perseguem, não amaldiçoar, alegrar com os que se alegram, chorar com os que choram, não ser ambicioso, cultivar a humilde, não pagar o mal com o mal, buscar ser uma pessoa honesta, ter paz com todos os homens, inclusive com seus inimigos, não dar lugar a vingança, suprir a necessidade de nossos inimigos, vencer o mal com o bem, não mentir, por fim, caminhar rumo à santificação (Rm 12. 9-21; Hb 12.14).


Hoje aprendemos que o novo nascimento tem origem em Deus Pai, fruto da morte redentora de Jesus Cristo. É realizado pela operação eficaz do Espírito. Por isso, resulta numa nova herança, que é descrita como: incorruptível, incontaminável e que não se pode murchar, guardada nos céus para nós (1 Pe 1.4). A regeneração é o primeiro passo para todos os privilégios de um cristão no estado de graça. A ressurreição do Senhor Jesus é a pedra fundamental da nossa esperança e confiança. 

Assim como Pedro expressou, podemos declarar: “Deus, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”.

* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017 
ADOLESCENTES E JUVENIS

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”

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