sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A armadura de Deus.





A caminhada cristã não é tão simples como muitos pensam, apesar de ser gloriosa. Após várias instruções importantes, sem as quais o evangelho é maculado, Paulo apresenta em acréscimo o revestir-se da armadura de Deus. Há preocupação no âmbito social, todavia o espiritual não deve jamais ser menosprezado.

O cristão tem que ter em mente que está “em Cristo”, portanto sua posição na batalha é uma posição privilegiada. Não é uma posição carnal, como o caso de Saul que apesar de bem equipado era inseguro, mas espiritual como Davi cuja força estava “no Senhor”. (I Sm 17.45-47 ; 2 Tm 2.4,5; Cl 1.13,14)

Apesar de estarmos no físico, as nossas armas não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas (II Cor 10.3,4). Existem muitos cristãos guerreando com armas terrenas, elas são insignificantes no mundo espiritual. Afinal a nossa luta não é contra carne e o sangue.   (Dn 10.12,13)

A luta é contra o deus do presente século (II Cor 4.4) que quer causar resistência ao avanço do evangelho. Precisamos saber contra quem batalhamos e onde se encontra o inimigo para traçarmos as estratégias da guerra espiritual. O inimigo nunca deve ser subestimado na batalha.

Para tanto tomemos toda a armadura de Deus para resistência no dia mau. De nada vale um soldado na guerra com couraça, capacete, espada, mas descalço. A armadura tem que estar completa - toda a armadura - de outra forma o inimigo atingirá justamente a parte desprotegida. E é para tomar a armadura de Deus, não é para criar uma. (Cl 2.14,15; At 19.13)

Paulo ao escrever sobre a armadura para a batalha espiritual se inspira na vestimenta de um soldado de sua época. Desde o capacete até o calçado; lista seis peças principais das vestimentas de um soldado – o cinto, a couraça, as botas, o escudo, o capacete e a espada. Tudo tomado como uma ilustração para a guerra espiritual.

A primeira peça é o cinto da verdade: cingidos os vossos lombos com a verdade (14) usualmente feito de couro, o cinto do soldado pertencia mais à roupa de baixo do que à armadura, porém era essencial, era nele que estava presa a túnica e a espada embainhada e dava habilidade para o soldado ao andar (Is 11.5). A couraça (justiça) era uma espécie de colete de couro ou metal para proteger a parte superior do corpo. (Jó 29.14; Is. 59.17)

O soldado usava botas adequadas que ajudavam o soldado a não deslizar e dando-lhe segurança. Tem a ver com a segurança no evangelho que pregamos, o fato de estarmos calçados nos dá firmeza na longa caminhada da pregação. Quanto ao escudo (fé) era coberto de couro ou de uma placa de metal, capaz de deter os dardos inflamados que o inimigo arremessava. (Pv 4.11,12)

Paulo utiliza, ainda, a figura do capacete para representar “a esperança da salvação” (I Ts 5.8). A cabeça é protegida pelo melhor capacete que existe, quando o cristão olha para o céu, para aquela salvação que nos é prometida. Portanto, a salvação só é um capacete quando se torna objeto da esperança. Por fim a espada que é uma arma de ataque é a palavra de Deus, ou seja, como soldado não devemos pregar ou ensinar qualquer coisa humana, mas a poderosa palavra de Deus (Hb 4.12).

Após tudo isso devemos levar uma vida de oração e súplica, é a vida de um soldado que apesar de equipado tem que estar ligado ao seu comandante esperando as ordens; e ainda sem deixar a vigilância, não pode se descuidar também dos demais companheiros na mesma guerra. (Mt 26.41)

Suas atividades ministeriais eram transmitidas por um fiel cooperador – Tíquico. Não era judeu, mas era envolvido com obra, estava sempre pronto para servir; seu nome aparece várias vezes no Novo Testamento (At. 20.4; Cl 4.7; II Tm 4.12). Paulo o trata como irmão amado, fiel ministro.

Por fim, diz Paulo: “Paz seja com os irmãos” – não é qualquer paz, mas sim aquela trazida pela presença do Espírito Santo e que une os irmãos em Cristo. E ainda “Amor com fé” virtudes de natureza espiritual, não produzidas pela vontade do homem. E despede-se com a expressão costumeira: “A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade”.

       Amém!

Em suas considerações finais como em todas as cartas, Paulo faz questão de lembrar de seus cooperadores, de nomes e fatos ocorridos. Uma das razões que o levaram a escrever essa carta e todas as outras que ficaram conhecidas como as “cartas da prisão”, era consolar as igrejas dispersas e informá-las do seu estado de saúde, anotando o fato de estar preso e impedido de visitá-las pessoalmente.




* Texto cedido por: EBD – 3º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“CARTA AOS EFÉSIOS”

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