sábado, 11 de novembro de 2017

Jesus confronta a hipocrisia religiosa.







Na aula anterior aprendemos sobre os ensinamentos de Jesus e os seus principais temas. Nesta lição, vamos estudar Jesus, defendendo uma comunhão legítima com Deus e uma espiritualidade profunda e do outro lado, os fariseus, defendendo suas tradições e uma religiosidade morta. Os fariseus se opunham com muita veemência ao ministério de Cristo e aos seus ensinamentos. No entanto, o Mestre nunca deixou de confrontá-los com a verdade e, com isso, revelou muitos princípios importantíssimos para nosso relacionamento com Deus.

A “cadeira de Moisés” representava a autoridade confiada aos escribas e fariseus pelo ensino da Lei. A influência desta autoridade religiosa sobre os judeus naquela época era extremamente forte, por isso, o confronto entre eles e Jesus foi inevitável. Jesus confrontou diretamente as interpretações distorcidas da Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas, as tradições. O ministério de ensino dos fariseus pode ser bem definido pelo ditado popular: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Impunham maior rigor sobre seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, mais do que sobre eles mesmos. Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente e não com temor de Deus (Mateus 16:6-12; Mt 15.1-3, 7-11, 17-20).

A hipocrisia religiosa expressa amplamente por estes líderes acabava servindo de pedra de tropeço para o povo comum, pois estes não observavam naqueles a prática fiel dos seus ensinamentos. A hipocrisia e a opressão promovida pela liderança religiosa sobrecarregava até as almas mais sinceras com cargas morais insuportáveis e impraticáveis. O Mestre não fez qualquer exortação acerca da idolatria comum. Em contra partida, naquela época, a hipocrisia religiosa e a avareza representavam grande empecilho no relacionamento entre o Senhor e o seu povo. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus foi substituída por um orgulho derivado de uma religiosidade de boa aparência externa destituída de genuína virtude interior. (Lc 16. 13-18; Jo 9.26-34; Mt 3.9; Jo 8.31-37)

Um dos aspectos principais da hipocrisia religiosa dos escribas e fariseus combatido por Jesus Cristo era o amor que eles tinham pelo louvor dos homens. Toda religiosidade dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à volta deles e obter reconhecimento. O orgulho religioso era constantemente nutrido pelos elogios, pela honra dos primeiros lugares nas ceias e nas sinagogas, e pelos títulos de Rabi e Pai. Os escribas e fariseus se consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores, por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência. (Mt 6:1-7, 16-18; Jo 5. 39-47; Jo 12. 42,43)

Sendo assim, nosso verdadeiro Mestre e Pai da Eternidade confronta o mau uso dos títulos e posições de liderança a fim estabelecer uma fraternidade genuína marcada pelo humilde desejo de servir ao próximo. O amor a proeminência sempre resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao próximo resultará em serviço humilde. Nosso Mestre é o modelo perfeito de liderança baseada no amor e focada no serviço ao próximo (Jo 13. 12-17; Lc 22.24-27).

A mentalidade religiosa vigente naquela época demandava um severo confronto por parte de Cristo em virtude de todos os transtornos que ela causava com pretexto de piedade. As deturpações doutrinárias promovidas pelos líderes religiosos eram extremamente graves e nocivas ao ponto de se constituírem muros de separação entre os israelitas e o Senhor, invés de servirem como ponte para ligar ambos. O conhecimento e a posição influente acabaram servindo como meios para: explorar as viúvas ingênuas; promover juramentos destituídos de real significado; difundir a prática de dizimar divorciada da piedade; zelar por aparência de piedade e negligenciar a pureza interior, etc.  (Jo 9.13-17; Jo 5. 16-18; Jo 10.25-31)

Este quadro religioso caótico era responsável por privar os judeus de um verdadeiro relacionamento com Deus, bem como endurecer os seus corações para a verdade. O povo judeu continuamente apresentou-se, em relação ao chamado de Deus, como um povo rebelde e contradizente, contudo, esta postura nunca anulou o grande amor de Deus por seu povo, ensinando-os e admoestandos-os (Mt 5.20-48).


Jesus confrontou os equívocos teológicos dos seus contemporâneos por zelar amorosamente pela verdade. Atualmente, o movimento ecumênico rotula tal confronto como uma prática preconceituosa e intolerante. Nós, porém, somos convictos acerca do poder da verdade bíblica para promover a verdadeira reconciliação entre Deus e a humanidade caída, portanto, não paremos de falar a verdade com amor na esperança de que muitos sejam libertos dos enganos das falsas religiões e, assim, alcancem a salvação em Cristo Jesus.





* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”

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