quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jesus no Getsêmani e seu julgamento.





Na lição anterior estudamos os princípios compartilhados por Jesus com Seus discípulos com o objetivo de prepara-los para a Sua morte, ressurreição e ascensão. Hoje, vamos examinar as Escrituras a fim de compreendermos a agonia de Cristo no Getsêmani, bem como a injustiça aplicada a Ele em Seu julgamento. No Getsêmani e no Seu Julgamento, nosso Salvador revela o Seu amor incondicional de uma forma singular e inesquecível.

Jesus, após celebrar a última Páscoa com os Seus discípulos, dirigiu-Se juntamente com eles ao Jardim do Getsêmani, o qual ficava ao pé do Monte das Oliveiras. Prevendo os sofrimentos que O aguardavam, nosso Salvador convocou seus discípulos para vigiarem com Ele em oração, com o objetivo de concluir a vontade do Pai. Era extremamente angustiante para Cristo pensar em levar sobre o Seu corpo o pecado do Seu povo e experimentar, ainda que por pouco tempo, o completo desamparo do Pai. A angústia experimentada por Cristo neste momento foi intensa ao ponto de os poros da Sua pele verterem grandes gotas de sangue. (Is 53.4-6; Rm 8.3-4).

Seus discípulos foram vencidos pelo sono; não possuíam o mesmo grau de consciência dos fatos seguintes.  Jesus, ciente da inevitabilidade de beber o cálice da ira de Deus em nosso lugar, submeteu-se prontamente para ser o nosso substituto e morrer a nossa morte. É importante fazermos um contraste entre a deslealdade de Adão no Éden e a lealdade de Cristo no Getsêmani. Adão, no Éden, desejou ser igual a Deus, no entanto, Jesus, no Getsêmani, mesmo “sendo forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-11). A fidelidade de Cristo ao Pai foi constituída por um profundo senso de amor (Jo 17.24-26).

Enquanto Jesus estava exortando Seus discípulos à vigilância, surgiu uma multidão acompanhando Judas, o qual saudou o Salvador com um beijo traiçoeiro que custou trinta moedas de prata. Beijar a face de alguém tem por objetivo expressar afeto, porém, no caso de Judas, foi o sinal estabelecido por ele para indicar aos servos do sumo sacerdote a identidade do Nazareno (Mc 14.43-46).

A reação imediata dos discípulos foi oferecer resistência, contudo, Jesus mais uma vez revelou Sua total submissão ao Pai, bem como Seu amor incondicional para com os Seus inimigos (Mt 5.43-45). Ele sabia muito bem que não poderia evitar o cálice, portanto, entregou-se prontamente para ser conduzido ao julgamento injusto. A reação pacífica de Jesus à violência dos Seus inimigos foi um exemplo inspirador para os Seus discípulos que seriam submetidos a muitas formas de perseguição e maus tratos por causa da fé no Salvador (Mt 10.16-20, 38 e 39).

Jesus, após ser preso, foi encaminhado para o Seu primeiro julgamento, realizado pelos anciãos do povo, pelos principais dos sacerdotes e pelos escribas. Um julgamento injusto e indecoroso, onde o Messias de Deus foi injustiçado com falsas acusações, bem como zombado e maltratado (Mt 26.59-61; Jo 18.19-23). Os líderes religiosos judeus acusavam Jesus de blasfêmia, por Ele afirmar ser o Filho de Deus. A incredulidade cegou o entendimento dos doutores da Lei e, mesmo com provas tão cabais dadas por Deus acerca da identidade e propósito do Seu Filho, cometeram essa atrocidade contra o Cristo Jesus. Como o julgamento religioso não seria o bastante para assegurar a crucificação de Jesus, então, Seus adversários O conduziram até Pilatos, apresentando falsas acusações a fim de requererem a pena máxima contra o acusado: a crucificação (Jo 18.28-32). No Sinédrio, as acusações contra Jesus eram de cunho religioso, enquanto as falsas acusações apresentadas a Pilatos tinham cunho político, pois diziam que Jesus afirmava ser o Rei dos judeus, bem como contrário ao pagamento de tributos para o Império Romano (Lc 23.1-2).

Pilatos ficou pressionado, por um lado, pela fúria dos judeus exigindo a crucificação de Jesus e, por outro lado, pelo bom senso de sua esposa, a qual havia recebido em sonho o discernimento da inocência de Jesus Cristo (Mt 27.19; Jo 18.33-38). Sendo assim, Pilatos, na tentativa de não se envolver nesse negócio, enviou Jesus a Herodes, pois este era governante da Galileia (Lc 23.6-11). No entanto, Herodes não achou qualquer culpa em Jesus que O fizesse digno de morte, por isso, enviou O    novamente a Pilatos. Enquanto isso, a fúria dos judeus se avolumava cada vez mais, ao ponto de trocarem o Messias por um criminoso chamado Barrabás (Lc 23.17-18). Por fim, Pilatos não teve escolha e cedeu aos auspícios dos judeus de crucificarem o Salvador  (Lc 23.20-24; Jo 19.1-5; 19.12-16).

A prisão, o julgamento e a condenação de Jesus não foram imprevistos que surgiram para frustrar o Seu ministério. Pelo contrário, enquanto judeus e romanos acreditavam estar eliminando o ministério de Cristo, na verdade, eles estavam conduzindo o Salvador ao cumprimento total do Seu propósito aqui na terra.




* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”

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