quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A maturidade e perseverança na fé.







Esta lição tem por objetivo expressar a importância do crescimento espiritual para todos os cristãos e exortar a manterem-se firmes diante de Deus, além de alertar sobre o perigo terrível de apostasia e não deixarem-se levar por qualquer vento de doutrina.

O autor inicia esta seção reconhecendo que o assunto apresentado anteriormente – o sacerdócio de Cristo – é de “difícil interpretação” para seus leitores, pelo fato de, ao longo dos anos, eles se terem feito “negligentes para ouvir” a mensagem do Evangelho (v. 11). Os destinatários da epístola em apreço eram ainda “meninos” e necessitavam de “leite, e não alimento sólido”; pelo tempo de crentes, já deveriam ser “mestres”, enquanto, na realidade, careciam de instrução elementar. Eram imaturos e não estavam preparados para se aprofundarem nas riquezas insondáveis que há em Cristo (1 Co 2.6; 3.2; Ef 4.13-14; 1 Pe 2.1-2).

O autor encoraja seus leitores a alcançarem a maturidade tão desejada: “prossigamos até a perfeição”. Essa expressão se refere a um ensinamento mais avançado, para doutrinas como a natureza do sacerdócio de Cristo, que eles mal compreendiam. Precisavam adiantar-se mais, em direção a verdades cristãs mais avançadas do que aquelas às quais estavam habituados. E ele, o escritor, não tem intenção de voltar às verdades elementares da fé (Hb 6.1-2).

Estes versos são uma severa advertência aos que um dia abraçaram a fé cristã e pensam em desistir. O autor torna isto ainda mais claro descrevendo, cláusula após cláusula, a sua condição. Primeiro, eles “já foram iluminados”. Sem dúvida remonta à figura de Jesus como a luz que ilumina a todo homem que vem a este mundo (Jo 1.9). A luz do evangelho brilhou sobre eles e vieram a ter “conhecimento da verdade” (cf. 2 Co 4.4, 6). É salientado ainda que eles “provaram o dom celestial”, isto é, eles tiveram uma profunda experiência de salvação, incluindo o perdão de pecados, e gozaram de todas as bênçãos espirituais em Cristo (Hb 8.12; Ef 1.3). Ainda é enfatizado que os cristãos “se fizeram participantes do Espírito Santo” (1 Co 12. 13).

Ao lembrar seus leitores das maravilhosas experiências da conversão, o autor sublinha a tragédia da queda do favor divino. A impossibilidade de arrependimento referida pelo escritor diz respeito a crentes que, mesmo providos das experiências mencionadas acima, abandonam a Cristo, renegando-o de modo deliberado. Trata-se de uma pessoa que chegou a um estágio tal de desvio, que sua consciência encontra-se cauterizada (1 Tm 4.1, 2), ficando insensibilizado a qualquer advertência por parte do Espírito Santo. O apóstata é então como o campo que produz espinhos e está destinado a ser queimado (cf. Mt 13.30; Jo 15.6).

Após apresentar um quadro sombrio nos versos 4-8, o autor faz uma pausa e assegura a seus leitores que não os considera apóstatas. Ele demonstra sua afeição pelos leitores ao chamá-los de “amados”. É porque os ama que fala com tanta  severidade. A confiança do autor nos seus leitores tem uma base dupla: seus atos de generosidade e o caráter do próprio Deus. Eles tinham provado o seu amor de maneira especialmente prática, servindo aos companheiros cristãos, partilhando de suas aflições (Hb 10.33-36). Além disso, o autor tinha confiança em Deus. Ele sabia que, sendo Deus justo, não poderia mostrar-se injusto, esquecendo-se de recompensar os que agiram retamente.

O propósito desta seção é demonstrar que as promessas de Deus são seguras e imutáveis. Deus fez promessa a Abraão e, como não tinha alguém maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, prometendo abençoá-lo e multiplicá-lo na terra, ainda que sua esposa fosse estéril. E o patriarca alcançou a bênção, porque esperou com paciência.

Deus quis mostrar a “imutabilidade de seu conselho aos herdeiros da promessa”, fazendo um juramento. Certamente Deus não precisa jurar, mas para que os homens não tivessem dúvida, Ele “se interpôs com juramento”. O escritor enfatiza que “é impossível que Deus minta” e, por isso, devemos “reter a esperança proposta...” (Nm 23.19; Tt 1.2; 2 Tm 2.11-13).


Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores.




* Texto cedido por: EBD – 1º. Trimestre de 2018


EPÍSTOLA AOS HEBREUS 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP


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