quarta-feira, 2 de maio de 2018

A vinda de Jesus e o arrebatamento da igreja.








No passado, os profetas anunciaram a vinda de um libertador, um ungido que operaria a salvação e a glória do Israel de Deus – era o Cristo, ou Messias. Esses testemunhos se cumpriram quando Deus enviou ao mundo seu Filho Jesus. Contudo, estando ainda entre nós, o próprio Cristo não apenas ensinou que era necessário que Ele voltasse para o Pai – o que se cumpriu na Sua morte e ressurreição – mas que Ele viria ainda uma última vez, com o objetivo de levar os Seus discípulos para estarem com Ele na eternidade – é o arrebatamento da Igreja. Assim, como a vinda de Jesus e o arrebatamento da Igreja geralmente aparecem relacionados na Bíblia, trataremos de ambos os assuntos nesta lição.

 

É evidente que as Escrituras falam da vinda de Cristo não apenas em relação à Sua manifestação em carne “para tirar os pecados de muitos”, mas também de uma segunda vinda, “sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28). O objetivo desta última manifestação do Senhor é o de pôr um fim neste mundo mau e inaugurar o estado eterno de felicidade e descanso para os santos nos céus (1 Co 15.24-28; 2 Ts 1.6-10).

 

A primeira vinda de Cristo já manifesta o caráter final e eterno do reino de Deus, na pregação do evangelho. Mas, estando ainda entre os Seus discípulos, o Senhor Jesus apontava para um tempo futuro, chamado “aquele dia” (Mt 7.22), em que o Filho do homem viria (Lc 18.8), ou se manifestaria em Sua glória (Mt 25.31). Ilustrou o aspecto futuro deste evento através de parábolas (Mt 25.1-13, 14-30 e 31-46). Falou disto abertamente, seja para consolar Seus discípulos (Jo 14.1-3) ou exortá-los à vigilância (Mt 24.44).

 

Os discípulos de Jesus não só conservaram para si mesmos a esperança da vinda de Cristo (2 Tm 4.7-8; Ap 22.20), mas também ensinaram a igreja a aguardar ansiosamente e a se preparar em santificação para este único e último dia (Tt 2.11-13; Tg 5.7-8; 2 Pe 3.3-9; 1 Jo 2.28; 3.2; Jd 14-15).

 

Arrebatamento relaciona-se com “tomar”, “raptar”, “levar embora”. Será o cumprimento da promessa de Cristo, de que Ele voltaria e levaria o Seu povo para estar com Ele. Consideremos os participantes desse glorioso evento: 1. O próprio SENHOR JESUS. Diz a Escritura que “o mesmo Senhor descerá do céu” (1 Ts 4.16a). É o mesmo Jesus que deixou Seus discípulos e foi recebido encima no céu (At 1.9-11; Mc 16.19), onde também espera por esse dia (Hb 10.12-13). Cf. At 3.19-21; 1 Tm 6.14-16.

 

Diz a Palavra de Deus que o Senhor Jesus virá acompanhado pelos Seus santos anjos, os quais enviará para recolher os Seus fiéis de todos os cantos da terra (Mt 13.39, 49; 24.31).

 

Naquele dia, os mortos em Cristo serão os primeiros a responder à voz do chamamento da trombeta de Deus e, num abrir e fechar de olhos, os santos ressuscitarão incorruptíveis. O mesmo poder transformador atuará nos crentes que estiverem vivos naquele dia. “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados”, “e nós seremos transformados” (1 Ts 4.15-17; 1 Co 15.51-52). Quase simultaneamente à ressurreição dos mortos em Cristo, também os vivos ouvirão a voz do arcanjo e, num tempo incontável, serão transformados e arrebatados, juntamente com os mortos ressuscitados, ao encontro do Senhor nos ares. Será o poder do Espírito atuando sobre a matéria, vencendo a morte e corrupção nos corpos abatidos dos fiéis (1 Co 15.53-54; Fp 3.20-21; 2 Co 5.1-5).

 

As Escrituras destacam o elemento surpresa. Jesus disse que viria sobre o mundo como um “laço”, a uma hora inesperada, como ladrão; e que por isso deveríamos estar preparados para não sermos surpreendidos por ele (Lc 21.34-36; 1 Ts 5.1-4; Mt 24.42-44; 25.13). Este dia e hora é desconhecido pelo homem; “nem os anjos” o sabem (Mt 24.36-37). Sabemos que será o último acontecimento da história, pois será no “último dia”, no “fim do mundo” (Jo 6.40; 11.24; cf. 1 Co 15.23-24). O momento preciso é citado por Paulo nas expressões: “ante a última trombeta”, “à voz do arcanjo” (1 Co 15.52; 1 Ts 4.16; cf. Ap 14.14-15).

 

A vinda de Jesus e o arrebatamento da Igreja não será um evento local, secreto, que poucos perceberão. Antes, será simultâneo em todos os pontos da Terra, como o relâmpago que se mostra do oriente ao ocidente (Mt 24.26-27). Todos O verão (Mt 24.30; Ap 1.7), e onde estiver um servo do Senhor, ali ele será recolhido (Mt 13.36-39, 48-50; Mt 24.28, 31).

 

Diferentemente da Sua primeira vinda, quando se manifestou em carne com grande simplicidade, padecendo desprezos e graves humilhações, Sua próxima vinda será poderosa e gloriosa, com grande estrondo e abalo sobre o mundo (Mt 26.63-64; 2 Pe 3.10-13; Ap 6.15-17). Precisamos estar atentos para o fato de que não haverá segunda oportunidade (Mt 25.11); será como nos dias de Noé e de Ló – quem estava na condição de ser salvo o foi, mas os demais pereceram (Mt 24.37-39; Lc 17.28-30). Para o justo, será a entrada no gozo da vida eterna no reino de Deus; para o ímpio, haverá eterna perdição (Mt 25.46).

 

Em vista do que as Escrituras nos revelam, consideremos que a nossa prioridade deve ser viver na expectativa de tão grandioso evento – a volta de Jesus. Procuremos viver – e morrer – de tal forma que, nesse dia, ouçamos do Senhor as palavras: “Vinde, benditos”, ou “servo bom e fiel”; e não: “Apartai-vos de mim, malditos”, ou “mau e negligente servo”.







Texto cedido por: EBD –  2º. Trimestre de 2018


ESCATOLOGIA 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário