Jacó,
fugindo da possível vingança de Esaú, vai para a terra da parentela de sua mãe;
lá ele vai trabalhar servindo ao seu tio, vai constituir família e prosperar
com a bênção de Deus.
Em
tudo sendo abençoado, Jacó vai dar testemunho que o Deus de seu pai tem estado
com ele.
Dirigido
e abençoado por Deus, Jacó chega à casa de Labão, irmão de sua mãe. Para casar
com Raquel, filha de Labão, propõe-se a servi-lo durante sete anos, que lhe
pareceram poucos dias pelo muito que a amava.
Enganado
pelo tio, que lhe concede Léia ao invés de Raquel, é obrigado a servir ainda
outros sete anos.
Sucessivamente,
vão lhe nascendo filhos, de Léia, de Zilpa, serva de Léia, de Bila, serva de
Raquel, e até mesmo de Raquel, que antes era estéril.
O
que para alguns pode ser visto como uma simples disputa entre esposas querendo
ganhar a atenção do marido, dando-lhe filhos, na verdade era a operação de Deus
na vida de Jacó, concedendo-lhe uma grande descendência, visto que dele
procederiam as doze tribos de Israel.
Jacó
é um exemplo de trabalhador dedicado e fiel. Ainda que seu tio se mostrava
injusto, ele mantinha a sua fidelidade e dedicação, servindo-o de forma zelosa
e irrepreensível, de tal maneira que este vem a reconhecer que foi abençoado
por Deus por amor de Jacó (v. 27).
Ao
estipular o seu salário para continuar a trabalhar para seu tio, Jacó pratica
um verdadeiro ato de fé: a confiança no Deus de Betel e no seguimento da
revelação que veio, conforme narra, só mais tarde (Gn 31.11, 12).
Separando
o rebanho por características específicas, sendo o seu salário as crias com
características diferentes daquelas do rebanho, ele dependeria de uma atuação
direta de Deus.
A
confiança de Jacó em um Deus justo o levou a crer que Ele não o deixaria sem
salário. Deus honrou a fé de Jacó e abençoou-o de tal maneira que ele cresceu,
e teve muitos rebanhos e servas, e servos, e camelos e jumentos.
A
prosperidade de Jacó cria uma situação de desconforto entre ele os filhos de
Labão, e até mesmo com o seu tio; é quando Deus fala para Jacó voltar para a
terra da sua parentela (“torna-te a terra de teus pais, e a tua parentela, e eu
serei contigo”, v. 13).
Jacó
chama Raquel e Léia para conversar a respeito da viagem de volta para sua casa,
e explica às duas como Deus o tinha abençoado de tal maneira que o rebanho do
pai delas tinha sido dado a ele, apesar de Labão tentar enganá-lo, mudando o
seu salário por dez vezes.
Jacó
testemunhou como o Deus que lhe aparecera em Betel, e ao qual ele fizera um
voto, revelou-lhe através de um anjo como seria grandemente abençoado.
Diante
de tudo que acontece a Jacó, fica claro que a sua bênção maior não é o rebanho,
não são os seus bens, nem mesmo sua grande descendência. A bênção maior de Jacó
é o próprio Deus, como ele mesmo disse: “o Deus de meu pai tem estado comigo”
(v. 5).
Lembremos
que a sua proposta inicial de sair da casa de Labão era sem levar fazenda alguma,
somente confiando que Deus o supriria em tudo.
Na
continuação da jornada de Jacó, vimos que ele vai crescendo em fé, confiança e
conhecimento de Deus. Jacó é dedicado e trabalhador, e reconhece que a bênção
na sua vida não é mérito do seu esforço, mas é resultado da atuação do Deus de
seu pai que tem estado sempre com ele.
* Texto cedido por: EBD – 4º.
Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os
Patriarcas, de Abraão a José”.
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