José
nasceu de Raquel, mulher amada de Jacó, quando este ainda estava a serviço de
Labão em Padã-Arã. É o filho amado gerado a Jacó na sua velhice. Após sonhos
dados por Deus, José passa a enfrentar a inveja e investida de seus irmãos que
o vendem a mercadores ismaelitas. Por fim, é vendido como escravo a Potifar no
Egito. Isso fazia parte dos planos divinos revelados outrora a Abraão.
José
aos dezessete anos já demonstrava fidelidade e tinha a confiança de seu pai.
Era distinguido pela túnica colorida que seu pai lhe fizera, e o mais amado por
Jacó por ser o filho da sua velhice (Jacó tinha cerca de noventa anos quando o
gerou de Raquel), e ainda, era escolhido por Deus para um grande e maravilhoso
projeto. Enciumados, seus irmãos já não conseguiam esconder a insatisfação e o
tratavam com aspereza. José tem dois sonhos parecidos, e neles o rapaz
destaca-se e é reverenciado pelos seus familiares. Ao contá-los à sua família,
e após certa interpretação, seus irmãos ainda mais o aborreceram e o invejaram.
O experiente Jacó, porém, após repreensão a José, sabiamente guarda este
negócio no seu coração.
José
é enviado por seu pai ao vale de Hebrom, para saber o estado de seus irmãos e
do gado. Quando seus irmãos o viram de longe, desprezaram-no e conspiram contra
sua vida. Chegando a seus irmãos, despiram-lhe da túnica dada por seu pai e,
por interferência do primogênito, Ruben, não foi morto, mas lançado em uma cova
vazia. O moço foi então vendido a uma caravana de mercadores, que o revenderam
no Egito a Potifar, capitão da guarda de Faraó. Ruben se preocupa e, para dar a
notícia do desaparecimento de José, tomam a túnica colorida, mancham de sangue
de cabrito e a levam a Jacó. O patriarca rasgou seus vestidos, vestiu-se de
sacos, lamentou e chorou a morte de seu filho.
A
história da vida de José é interrompida neste capítulo por um relato envolvendo
seu irmão Judá. Mas a Bíblia também mostra os demais filhos de Jacó, em outras
ocasiões, como homens imperfeitos (cf. Gn 37.2), sobre os quais Deus certamente
irá trabalhar para serem os patriarcas das doze tribos de Israel.
Assim
temos a apresentação de Simeão e Levi como sanguinários (Gn 34.25); outros mais
despojadores (Gn 34.27) e cruéis (Gn 37.31, 32); Ruben e sua falha, perdendo
sua primogenitura (Gn 35.22; 1 Cr 5.1), e a longa narrativa sobre Judá, a qual
desenvolvemos a seguir.
Judá
casa-se com uma mulher cananeia de nome Sua. Dela gera três filhos: o
primogênito, Er, que fora morto por Deus por ser mau aos Seus olhos; Onã e o
caçula, Selá. Segundo a tradição primitiva, Onã deveria gerar semente a seu
irmão Er casando-se com a viúva Tamar. Onã astutamente não lhe dava semente,
lançava-a na terra. Isso foi mau aos olhos de Deus, pelo que também o matou.
Tamar recolhe-se a casa de seu pai até que Selá cresça e possa dela gerar
semente a Er. Após muitos dias, Tamar, vendo que seu sogro não a dava a Selá,
despe-se de sua viuvez, disfarça-se de prostituta, e o viúvo Judá, sem saber,
entra à própria nora e dá-lhe penhor para posterior pagamento. Tamar engravida
e Judá, sentindo-se desonrado, quer justiçar a mulher. Após Tamar mostrar o
penhor (o selo, os lenços e o cajado), Judá os reconhece e confessa sua culpa
na demora em dar-lhe Selá. Tamar gera de Judá os gêmeos Zerá e o primogênito
Perez, os quais perfilarão a genealogia do Senhor Jesus.
Nestas
passagens bíblicas vimos a integridade de José, o amor dedicado por seu pai, as
perseguições e invejas de seus irmãos por não compreenderem os bons desígnios
de Deus para suas próprias vidas. Assim, José é vendido e enviado ao Egito,
onde se desenrolarão os planos divinos dantes revelados em sonhos.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.
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