O entendimento geral existente sobre os autodenominados desigrejados é
que são irmãos sem igreja? Sim. Entendendo que igreja não são templos e sim a
comunhão com outros que comunguem a mesma fé, tudo bem? Não se pode desprezar a
comunhão, né? Esta representatividade do templo em si é muito forte e talvez
essa seja uma forma de chocar e chamar atenção? Sim.
Acreditando que a crítica maior é contra o sistema eclesiástico, talvez
também seja de bom alvitre comentar um pouco sobre a morada do divino, a figura
do templo como morada divina.
A Bíblia mostra desde seu início que Ele sempre quis habitar entre os
homens. Não foi? Mandou Moisés construir o Tabernáculo, que seria a sua morada...
O profeta Isaías em um de seus oráculos disse que o seu nome seria Emanuel
– Deus conosco. O alto e sublime que habita na eternidade também demonstra o
seu interesse de habitar entre os humanos.
O pai das alturas também seria pai de multidões, não é Abraão?
Salomão, a quem Ele deu sabedoria, riqueza e paz para construir um
templo para adoração, disse “... habitará Deus com homens na terra? Eis que os
céus dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado”.
Na volta do cativeiro Ele disse por Ageu,
um profeta daquele tempo, que apesar daquele templo ser simples, naquele lugar
viria o “Desejado das Nações”.
O Criador que se fez carne foi ali apresentado por
Simeão, que ainda disse que ele era posto para sinal contraditado.
O salmista diz, no Salmo 84, que são amáveis os seus tabernáculos.
A alma dele anelava pelos seus átrios. Até os pássaros encontram abrigo
lá – Deus as alimenta e protege como diz o evangelista Mateus?
Diante de tudo isso exposto, descortina-se um dos maiores segredos da
humanidade: Ele quer habitar em nós, no nosso coração, ser o centro de nossa
vida, quer o nosso melhor, a nossa companhia.
Considerando que a história do cristianismo que está envolta em reformas e
inconformismos, então, diante disso tudo já exposto, proponho a mudança de nome
de desigrejados para inconformados, que tal essa sugestão? Assim resguardamos um nome muito importante e de peso: igreja.
Pois é...
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