O anjo Gabriel vem instruir a Daniel sobre um novo
período de tempo, nunca antes citado, tempo em que vários objetivos seriam
alcançados: “setenta semanas estavam determinadas sobre o povo e a santa
cidade” e são eles: extinguir a transgressão; dar fim aos pecados; expiar a iniquidade;
trazer a justiça eterna; selar a visão e a profecia; ungir o Santo dos Santos.
Nosso propósito é sobre espaços e
limites de tempo pelo que isto, aqui, não será estendido mais, senão a
observação de que estes objetivos estabelecem ou indicam que as setenta semanas
avançam até a vinda de Jesus e a entrada da eternidade, pois só lá e naquele
tempo, por exemplo, se terá dado fim aos pecados (Ap 21.27) e terão sido
cumpridas toda visão e profecia (I Co 13. 8-10).
E não esqueçamos uma semana ou seus sete
dias interpretam-se como um período de tempo pleno no ver e na
realização dos propósitos de Deus. Assim, entendamos, nas setenta semanas
(setenta vezes sete) conclui-se em absoluto todo o tempo dado aos homens e
particularmente aos chamados, o povo de Deus.
Das setentas semanas, um primeiro
período de sete semanas e 62 semanas tiveram o seu início no reinado de Ciro,
quando foi dada a “ordem para restaurar e reedificar Jerusalém” e que
iria até a chegada do Messias, Jesus.
Aconteceu nesse tempo de sessenta e nove
semanas que as ruas e edifícios foram reedificados em Jerusalém, mas em dias “angustiosos”,
no pós-cativeiro babilônico, conforme vemos registrado nos livros de Esdras e
Neemias.
Ou seja, o anjo Gabriel revelou que
Jerusalém seria restaurada com dificuldade e num período de cerca de 445 anos,
ainda que na contagem de Deus era um espaço de tempo de apenas 69 semanas (483
dias), concluído isto, seria já o tempo do Messias.
E ao mesmo tempo, atenção, fica definido
que da vinda do Messias Jesus até o fim, até a conclusão de tudo resta uma
semana, na qual já estamos por quase dois mil anos.
Nesse
período final de uma semana/sete dias é já a semana de número setenta;
precisamos analisar o verso 26 e depois o 27 separadamente. No verso vinte e
seis é dito que nesta última semana o Messias Jesus seria tirado e, mais, “o
povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário” e “até
o fim haverá guerra; estão determinadas assolações”.
Isto
é o que aconteceu – Jesus foi tirado (rejeitado e morto) e Jerusalém e o
Santuário foram destruídos pelo povo romano; e é também o que está acontecendo
- o mundo sendo assolado e as guerras continuam e existirão até do fim, não
existirá tempos de paz, nem tempos melhores.
O verso 27 traz mais detalhes desta
mesma última semana: o Messias “firmará um concerto com muitos por uma
semana”. E, agora, há uma repartição desta semana final ao dizer: “na
metade da semana fará cessar o sacrifício e a ofertas de manjares” e, ainda
acontecerá que “sobre a asa das abominações virá o assolador e isso até a
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”.
Atentemos que o verso 27 primeiro
refere-se ao concerto eterno (sete dias) que Jesus faz pela morte na cruz e “com
muitos”, com os creem em seu nome (Mt 26.26 a 28; Hb 10.12 a 18), é o
concerto da salvação eterna (sete tempos), no perdão dos pecados pelo seu
sangue.
O detalhamento final é a partir da
metade da última semana, os três e meio dias finais, quando, então, o Messias “faria
cessar o sacrifício e a oferta de manjares” cumpriu-se isto quando Cristo morto pelos judeus tornava
inútil os sacrifícios e ofertas determinadas pela lei (Hb 9. 11-12; 10.1, 8 a
12; Jo 1.17); em Jesus está o sacrifício e a oferta que satisfazem
perfeitamente a justiça de Deus. Para que cessasse de fato toda religiosidade
vã definida pela lei foi destruído o
templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir”-
os romanos, que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixou pedra sobre pedra
(Mt 24.2; Lc 21. 20 a 24). Desde então nunca mais se realizou tais rituais
levíticos.
Destaquemos que, de Jesus morto ou o
santuário destruído até o fim de tudo, para Deus transcorreria somente 3 e ½
dias, e, por causa das abominações viria o assolador (o diabo) (Mt 24.12) e
isto até o fim, a consumação, nisto incluindo a destruição de todo poder das
trevas e de Satanás (II Ts 2. 8; Ap 20.10).
Sempre
houve citações de tempos pela Palavra de Deus como os quatrocentos anos de
cativeiro no Egito (Gn 15.13 ), os quarenta anos no Deserto (Nm 14.33) e os
setenta anos de cativeiro em Babilônia (Jr 25.11 ).
Assim, sendo as setenta semanas tão
precisas, outros tempos determinados na bíblia como o milênio e as “2.300
tardes e manhãs” e outros, só terão lugar dentro dos limites deste espaço,
o que norteará, dentre tantas opiniões, a que possa ser verdadeira ou correta.
* Texto
cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.
4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
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