O contexto da parábola das Bodas do
Filho do Rei é a discussão entre Jesus e as autoridades religiosas
judaicas. Esse embate começou no capítulo anterior (21) após dois eventos
importantíssimos: a entrada triunfal e a purificação do templo. Então, sendo questionado
pelos religiosos judeus, Jesus usou três parábolas, sendo elas: a Parábola dos
Dois Filhos, a Parábola dos Lavradores Maus e a Parábola das Bodas.
Basicamente, o ensino principal de
Jesus nessa discussão é que o reino foi rejeitado pelos herdeiros e, portanto,
o reino foi oferecido a outros.
Da descendência de Abrão, Isaque e
Jacó, Deus suscitou uma nação como seu povo peculiar, que adotou como filho e
com o qual fez o concerto, concedeu a lei, o culto, as promessas e do qual
procede Cristo. (Rm 9.1-5) Em todo o tempo Deus cercou Israel de cuidados,
enviando os seus profetas, sempre conclamando o povo a se voltar para o Senhor
e se separar de todos os povos da terra. (Jr 7.25) Israel foi sempre reticente
ao chamamento de Deus, a expressão do Senhor é: “Todo o dia estendi as minhas
mãos a um povo rebelde e contradizente”.
A rejeição de Israel ao seu Deus
culminou com a rejeição ao Messias enviado por Ele para cumprimento das
promessas dadas ao Seu Povo. Cristo se manifestou primeiramente a Israel,
quando envia inicialmente os seus discípulos para pregar, envia-os às ovelhas
perdidas da casa de Israel. No entanto, João afirma que Ele “veio para os que
eram seus, mas os seus não o receberam” – não aceitaram o convite para as bodas
do filho do rei. Não só recusaram o convite, mas também, perseguiram e mataram
os profetas antes enviados por Deus. (Lc 13.34; At 7.51-53)
O verso de número sete da parábola
fala do juízo de Deus que certamente alcança aqueles que o desprezam. Podemos
citar o caso de Esaú, o povo no deserto, Saul, Judas, Ananias e Safira e até os
anjos rebeldes, todos eles, apesar de, em um tempo, serem chamados povo do
Senhor, pereceram porque rejeitaram a Deus.
Alguns entendem erroneamente que, uma
vez que Israel rejeitou o Messias, Deus se voltou para os gentios e formou um
“novo povo”, a Igreja. Isso não tem fundamento bíblico e conduz a erros graves
de entendimento das escrituras. Há necessidade de se compreender o conceito de
povo de Deus ou família de Deus – que são os que fazem a vontade do Senhor. (Lc
8.21)
No verso quatorze o Senhor Jesus diz
que muitos são chamados, mas poucos, escolhidos; isso está de acordo com a
palavra que diz - “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do
mar, o remanescente é que será salvo.” (Rm 9.27) E outra – “nem todos os que
são de Israel são israelitas.” (Rm 9.6 e 2.28-29) E ainda - “Assim pois, também
agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.” (Rm 11.5)
Isto é: existe um verdadeiro Israel de Deus, escolhido entre os da descendência
de Abraão e entre todos os povos da terra. (Gn 12.3)
Aqueles que atentam para o convite de
Deus, não formam um novo povo, antes são enxertados na mesma oliveira e são
participantes da mesma seiva que alimenta todos e formam não somente um só
povo, mas também, um só corpo. (Rm 11.17; Ef 2.14 e 4.4-6) Se entendermos isso,
podemos entender a expressão “todo o Israel será salvo.” (Rm 11.26)
Uma vez que os primeiros convidados
não eram dignos, por ordem do rei, o convite é estendido a todos e a festa se
enche de bons e maus. O rei então observa um convidado que não está com vestes
adequadas que é lançado nas trevas exteriores. A lição aqui é que todos podem
vir como estão, mas não devem permanecer como antes, entrar em no reino de Deus
implica em transformação.
Nas escrituras as vestes são símbolo
de justiça, servem para cobrir a vergonha da nossa nudez. O estar vestido
adequadamente é estar coberto com uma justiça eficaz. Qualquer um que
comparecer diante de Deus com justiça própria, será lançado fora. Toda obra
humana não é mais que folha de figueira ou trapo de imundícia, ineficiente para
a justificação. (Gn 3. 7 e 21; Is 64. 6) Estão vestidos adequadamente aqueles
cobertos pela justiça perfeita de Cristo Jesus, estão vestidos de linho fino,
branco e resplandecente, não confiam em si mesmos, mas depositam a sua fé
naquele que os justifica – o Senhor justiça nossa. (Ap 19.8 – Jr 23.6 – I Co
1.30)
Na parábola das bodas vimos que há
aqueles que são convidados e recusaram ir. Há os que além de recusarem o
convite, perseguiram e maltrataram quem os convidou. Há o que aceita o convite,
porem estava de forma inadequada. E há outros que aceitam o convite e se vestem
adequadamente. Muitos são chamados poucos são escolhidos. Em que grupo eu e
você estamos enquadrados?
* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“PARÁBOLAS”
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