Em
resposta ao questionamento dos Seus discípulos sobre os sinais do fim dos
tempos e da Sua volta, Jesus narra vários acontecimentos, guerras e rumores de
guerras e outros sinais descritos como o princípio das dores. A mensagem
principal é de que há necessidade de permanecermos vigilantes, pois não sabemos
o dia nem a hora em que o Senhor voltará. O importante não é investigar quando
Jesus voltará – isso não nos será revelado. O importante é estar preparado em
todo o tempo. Para ilustrar a questão da vigilância, Jesus conta a parábola das
dez virgens, na qual Ele usa o costume da época sobre a cerimônia de um
casamento. Segundo o costume, o casamento era contratado antes, envolvendo um
acordo entres os pais; uma vez feito, o acordo os dois jovens eram considerados
desposados (Mt 1.18). Na época propícia, após os preparativos necessários, o
jovem, acompanhado de seus amigos mais íntimos, ia até a casa da jovem, onde se
juntavam ao cortejo da jovem com suas amigas mais íntimas e todos se dirigiam
ao local das bodas. Como o encontro ocorria à noite, havia necessidade de os
convidados se proverem de lâmpadas. Após a chegada dos convidados, que se
restringiam aos mais íntimos das duas famílias, a porta era fechada e
iniciava-se a festa das bodas, que normalmente durava uma semana (Jo 14.1-3).
Ao
exemplificar as pessoas que estarão aguardando a Sua vinda, Jesus classificou
essas pessoas em dois tipos. Aparentemente todas eram iguais – eram virgens,
deveriam estar decentemente vestidas, todas tinham lâmpadas, mas as prudentes
tinham se provido de azeite, o que as néscias não haviam feito. O que
diferencia os dois grupos não é nada aparente, é algo do interior. Nas muitas
vezes em que Jesus falou sobre a importância de estar preparado para a Sua
segunda vinda, Ele sempre destacou que essa preparação envolve todos os
aspectos da vida. Não basta simplesmente professar fé, andar junto com os
fiéis, dizer: “Senhor, Senhor!”, ou mesmo realizar milagres em Seu nome – será
aprovado aquele que faz a vontade do Pai. É considerado sábio aquele que ouve a
palavra de Deus e a pratica, enquanto o que ouve e não a pratica é chamado de
insensato. Os que serão aprovados são tipificados pelas virgens prudentes que
levavam azeite consigo. O azeite é símbolo do Espírito Santo – só o Espírito
pode vivificar a palavra e trazer luz à vida do crente. Os que são selados pelo
Espírito possuem o penhor, a garantia de acesso aos portões celestiais. Somente
o Espírito é poderoso para nos guardar e nos conservar irrepreensíveis até
aquele grande dia (Ef 1.12-14; 2 Coríntios 5.5; Ef 4.30).
Quando
da chegada do esposo, as virgens néscias pediram azeite às prudentes, que o
negaram e orientaram que elas mesmas deveriam comprar. O que parece ser uma
atitude egoísta, na verdade, revela um princípio básico: a religiosidade pode
ser passada de pessoa para pessoa, mas a verdadeira religião só pode proceder
de Deus. Mesmo que alguém queira, jamais conseguirá passar para outro a fé, a
santidade ou a unção do Espírito. Cada pessoa deve ouvir o convite do Senhor e
dEle “comprar” o necessário para a vida (Is 55.1-3; Ef 5.15-21). Cada um dará
conta de si mesmo, e cada um deve buscar o bem para a sua própria alma. A
justiça do pai não alcançará o filho e a justiça do filho não alcançará o pai.
Estar em Deus significa ter um relacionamento pessoal com Ele, comparado ao
casamento. A simbologia do casamento, aplicada à união entre Cristo e a Igreja,
pode ser estendida à união de cada crente com o seu Deus.
A
parábola diz que, tendo as virgens néscias ido comprar o azeite, o esposo
chegou, as que estavam preparadas entraram para as bodas, e a porta fechou-se.
A mensagem clara de Jesus é que toda e qualquer preparação só será possível
antes da Sua volta. Quando a trombeta soar, a porta será fechada, os que estiverem
preparados entrarão no gozo de seu Senhor, os que não possuírem o selo do
Espírito estarão condenados para sempre. Após Noé e sua família entrarem na
arca, o Senhor fechou a porta e, quando Ló saiu de Sodoma, veio a destruição
caindo fogo do céu (Gn 7.16; 19.23-25). 18 Ao descrever a Sua vinda, Jesus usa
expressões que denotam não mais haver tempo para a salvação (Mt 24.15-20). O
tempo de buscar o Senhor e dar ouvidos ao Espírito é agora, pois chegará a
ocasião que isso não será mais possível (Is 55.6; Hb 3.14-19). Lembremos que
Esaú, mesmo com lágrimas, não achou lugar de arrependimento (Hb 12.17; Lc
11.13). As virgens néscias, ao voltarem, pedem que a porta seja aberta,
recebendo como resposta: “não vos conheço”. A mesma expressão Jesus usa em
outras oportunidades para falar da situação daqueles rejeitados por Deus.
Podemos entender que aqueles que não têm um relacionamento pessoal e íntimo com
o Senhor estão em trevas e por isso não são “conhecidos” de Deus (Lc 13.25-27).
Na
parábola das dez virgens nos passa uma mensagem que enfatiza a necessidade de
termos uma vida de vigilância. Não sabemos o dia e a hora que o nosso Senhor
vem, por isso, devemos vigiar em todo o tempo. Se assim não o fizermos, seremos
considerados néscios, mas se pelo Espírito formos vigilantes, seremos
considerados prudentes e o dia da volta de Cristo será de festa e não de dor.
Estejamos, pois, sóbrios e vigilantes.
* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“PARÁBOLAS”
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