quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

A totalidade da Palavra

A totalidade da Palavra de Deus se refere à Bíblia (Escrituras Sagradas) para os cristãos, sendo a revelação completa de Deus. Nela há os ensinamentos e planos, que guia os crentes, instrui, educa e direciona a vida, contendo a vontade divina para a humanidade. Ela é viva, ativa e eterna, e que inclui não só os textos, mas o próprio Jesus Cristo (o Verbo encarnado) e o Espírito Santo, que habita e enche o crente até a plenitude de Deus. A Bíblia é a fonte principal, a revelação escrita de Deus, contendo Seus mandamentos, sabedoria e planos. Ela é Jesus, o Verbo que se fez carne, sendo a expressão máxima de Deus e o centro da fé cristã. A Palavra de Deus é viva e ativa através do Espírito Santo, que habita no crente, enchendo-o da plenitude de Deus. A totalidade da Palavra inclui fazer a vontade de Deus, que é eterna e perfeita, prometendo um futuro de esperança e prosperidade. Fazendo um recorte quanto ao livro do Apocalipse, os estudiosos os dividem em várias versões, que são diferentes visões de como o interpretar. A idealista, que vê o livro como uma representação simbólica do conflito entre o bem e o mal. Já a preterista, que acredita que os eventos descritos se referem principalmente ao século I e à perseguição aos cristãos na época do imperador Domiciano. Valorizando os fatos históricos, a historicista, interpreta os eventos como uma série de profecias cumpridas ao longo da história da igreja. Enfim, a futurista, que entende que os eventos ocorrerão no futuro. Há tudo isso, e cada uma tem um grau de acertabilidade, mas a bíblica, totalmente bíblica é a única que não precisa de retalhos para a Glória de Deus unicamente, mostrando mais uma vez que a Bíblia é, acima de tudo, Revelação e está embasada na totalidade da Palavra.

A vida eterna e a morte

Nesta vida, segundo a Bíblia, há dois caminhos: ceifa ou vindima, uma gerando vida eterna e a outra a morte (Ap 14). Nos primeiros versos do capítulo 14 do livro do Apocalipse, há outra visão do apóstolo João. Ele viu o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas havia o nome de seu Pai e são os mesmos que purificaram as suas vestes no sangue dEle, um exército maravilhoso, comprados para Deus, agora no céu com muita alegria, disciplina e santidade (Ap 14.1-5). A partir do verso 6 do capítulo 14, do referido texto, João descreve as mensagens dos três anjos que são avisos, antes do fim, do Eterno ao mundo. A ordem de proclamação do evangelho de Jesus Cristo é reiterada e anunciam que é “vinda a hora do Seu juízo”. Em continuação, agora no verso 8 deste mesmo capítulo, outro anjo avisa, que caiu a Babilônia, que é toda a humanidade desviada de seu Senhor e Criador. Os infiéis a Deus têm se “prostituído” no mundo, se afastando dEle desde os primórdios (Ap 14.8). Já no verso 9 ao 11, o terceiro anjo adverte aqueles que adoram à besta e a sua imagem, bem como receberam o seu sinal, pois do Eterno virão grandes repreensões, tormentos imediatos, condenação definitiva e eles beberão do “vinho da ira de Deus”. Em guardar os mandamentos do Altíssimo está o mistério dos santos e segue após um alerta da parte de Deus, “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam”: a morte deles é vista por Deus como apenas um adormecimento (Ap 14.12 e 13). Em continuidade, agora nos versos 14 a 16 do Livro da Revelação, o apóstolo vê o Filho do Homem, assentado sobre uma nuvem e tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda. O escritor relata ainda nesta visão a presença de outro anjo que sai do templo e clama com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem para que Ele lançasse a foice e segasse: “É já vinda a hora de segar, porque a seara da terra está madura”. Assim, os salvos são recolhidos eternamente com Deus. A sega como na parábola do trigo e do joio é a * colheita dos justos da terra. Enfim, no verso 17, saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. Após a ordem de outro anjo, no verso 18, ele vindima os cachos da vinha da terra, e lançou-as no lagar da ira de Deus. É o fim do mundo, terminando assim as duas colheitas do Apocalipse: a vindima e a sega (Ap 14.17-20). O estudo atual é realizado no Livro do Apocalipse, mas o profeta Joel, também fez esta comparação entre a seara do Mestre e o lagar da ira de Deus e um de seus versos de maior destaque assim diz: “multidões, multidões no vale da Decisão”. Entendemos então, a partir disso, que temos assim uma escolha a fazer: vida eterna ou morte.

As mulheres do Apocalipse

A Mulher do Apocalipse é uma figura simbólica que representa o povo de Deus (Ap 12). A Igreja, vestida de sol, com a lua sob os pés e 12 estrelas na cabeça, grávida do Messias (o filho homem) e perseguida por um grande Dragão (o Diabo), que tenta destruir a ela e seus descendentes. Essa mulher simboliza a pureza, a vitória sobre o mal (a lua sob seus pés) e as 12 tribos de Israel (as estrelas), conectando a história de Israel com a Igreja, que esmaga a cabeça da serpente (Gn 3.15). A passagem em Apocalipse 12 descreve um sinal no céu, um conflito cósmico entre o bem (a Mulher e seu Filho) e o mal (o Dragão), que persegue a Mulher após a ascensão de Cristo. A mulher é socorrida pela terra, e a mensagem central é sobre a perseverança da fé cristã e a vitória final sobre o Diabo, por meio do sangue do Cordeiro (Jesus). Há também no livro do Apocalipse, "outra mulher" a que se refere, e que é contrastada com a mulher vestida de sol, é a Babilônia, a Grande Prostituta, descrita no capítulo 17. Esta mulher, vestida de púrpura e vermelho, montada sobre uma besta escarlate, representa a corrupção e a idolatria, em oposição à pureza e fidelidade da primeira mulher. O apóstolo João, no Apocalipse, se admira da visão que o Senhor lhe mostra sobre a Babilônia. Segundo a Bíblia, dentro dessa revelaçãoe o anjo lhe disse que lhe mostraria o segredo da mulher e da besta que a traz. Então, tem a mulher, a outra do Apocalipse, e tem a besta que a leva. Existem várias perguntas no texto: "Qual é o segredo da mulher? A besta. E o que é a besta, ou qual das bestas? " É a besta que sobe do mar. A besta que sobe do mar, aqui representada pelos "sete montes", que são os impérios mundiais, que sempre perseguiram e continuarão a perseguir a Igreja, que é a primeira mulher do Apocalipse capítulo 12, a Igreja. Outro pormenor relevante descrito é que ela estava embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus, como no caso das arenas romanas e inquisições, nas quais muitos cristãos foram mortos, e na verdade, em todo o tempo a igreja foi perseguida. A besta é um retalho, com domínios mundiais que existiram, outros deixaram de existir e ainda outros que voltariam a emergir. Entretanto, são esses próprios chifres que a queimarão no fogo, isto é, esses poderes globais irão julgar a própria Babilônia (Ap 17.16). O apóstolo se admira e o anjo lhe disse que lhe mostraria o segredo da mulher e da besta que a traz. Os sete montes, que são os impérios mundiais, que sempre perseguiram e continuarão a perseguir a igreja, sendo salutar essa lembrança, determinados pelo próprio Altíssimo que já desde o Egito que perseguiu os israelitas, a Assíria, o império Babilônico dominando Judá, Medo-Persa, Grego, Romano e o governo globalizado atual, representado pelos pés e dedos. Na época do apóstolo amado, estava no sexto, o romano e ainda um último viria que são os pés e dedos da revelação já dada ao profeta Daniel no capítulo 2 de seu livro, e em Apocalipse é revelado que eles entregarão o seu poder e autoridade à besta. Precisa desenhar?

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Visitando a casa de Jeú

Visitar a "casa de Jeú" na Bíblia, na verdade, refere-se a uma profecia sobre o julgamento divino contra a dinastia de Jeú. No segundo livro dos Reis, capítulo 9 é descrita a ordem do profeta Eliseu para a unção de Jeú, filho de Jeosafá, capitão do exército, como rei de Israel, com a missão de ferir a casa de Acabe pelos seus muitos desvios e más influências. Jeú encontra a Jorão e a Acazias no campo de Nabote, no mesmo local em que mais tarde Jezabel foi comida por cachorros conforme a palavra do profeta Elias. Após isso, Jeú extermina os filhos de Acabe e os irmãos de Acazias. Por fim, ainda, com a ajuda de Jonadabe, desfaz todos os profetas, servos e sacerdotes de Baal numa solenidade de sacrifícios e holocaustos, queimaram as estátuas e derrubaram a casa de idolatria, destruindo a Baal de Israel. Ele realmente foi um rei de Israel que foi ungido para destruir a casa de Acabe e a idolatria, mas cujos sucessores também não foram perfeitos, levando Deus a intervir e trazer punição, como descrito em Oseias e nos Livros de Reis (Os 1.4; 2 Rs 9 e 10). Após tomar o poder, Jeú estabeleceu sua própria dinastia, reinando por um período, mas não erradicou completamente o pecado de Israel, mantendo a adoração a bezerros. A frase "visitarei a casa de Jeú" (ou "visitarei o sangue de Jezreel sobre a casa de Jeú") significa que Deus traria julgamento e punição sobre essa dinastia, marcando o fim de seu reinado e da casa de Israel. Mostra que, mesmo quando Deus usa alguém para executar Sua vontade, a fidelidade contínua é esperada; a desobediência e a idolatria trazem consequências, mesmo para as casas reais. Portanto, quando você pensa em "visitar a casa de Jeú", pense na jornada de um rei ungido, na destruição da idolatria, mas também no subsequente julgamento divino sobre a própria linhagem que ele iniciou, culminando no desfavor de Deus sobre o Reino do Norte de Israel.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Estratégias divinas

Diante de um grande desafio, a primeira coisa que Neemias fez foi orar a Deus. A segunda estratégia de Neemias foi despertar o povo para ficar atento aos perigos principalmente nos lugares vulneráveis do muro, ou onde havia aberturas – as brechas. Deste modo os inimigos não poderiam entrar enquanto eles ainda não tapassem estes locais, e Neemias lhes deu uma Palavra de fé dizendo: “Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível”. A estratégia de Neemias também incluía uma divisão de tarefas entre as famílias, de modo que metade das pessoas ficavam na defesa cuidando da proteção, enquanto os demais trabalhavam na reconstrução dos muros. Assim todos trabalhavam unidos, em dependência uns dos outros. De igual modo, Davi frequentemente perguntava a Deus como lutar e obter vitória. Ele consultava o Senhor sobre batalhas contra os filisteus, recebendo instruções específicas sobre quando e como atacar, mostrando sua dependência de Deus para a guerra (2 Sm 5.19-25; 1 Sm 23.2). Esses textos mostram Davi buscando estratégia divina antes de agir em combate, confiando que Deus o guiaria para a vitória. Para Josué, Ele orientou andar em silêncio ao redor da cidade por 6 dias e, no sétimo, dar a volta 7 vezes com buzinas e gritar, fazendo o muro cair – mostrando que a obediência a um comando estranho leva à vitória (Js 6). Mandou Josafá colocar cantores na frente do exército para louvar, e Deus colocou emboscadas contra os inimigos, transformando a adoração em estratégia de guerra (2 Cr 20). Essas estratégias mostram que o poder de Deus se manifesta quando o homem coopera com Ele, obedecendo e confiando plenamente em Seus planos, que são maiores que os nossos pensamentos.