domingo, 23 de novembro de 2025

O Evangelho é sobre "ser"

O "evangelho do ter" não é um termo bíblico, mas uma expressão usada para criticar uma visão do cristianismo que se foca excessivamente em bens materiais e sucesso financeiro. Na Bíblia, a mensagem principal é sobre o Reino de Deus, a salvação por meio de Cristo, a vida eterna, a salvação e a fé, e não a acumulação de riqueza. O próprio Jesus alertou sobre a dificuldade de um rico entrar no Reino e a importância de não servir a Deus e ao dinheiro. Há o perigo da religião disfarçar a centralidade do coração, não amando a Deus acima de todas as coisas. O religioso, pode, em primeiro lugar, como o jovem rico que amava as riquezas, e Jesus diz que é muito difícil para aqueles que confiam em riquezas entrar no Reino de Deus.

A soberba precede a ruína

A frase "a soberba precede a ruína" significa que o orgulho excessivo e a arrogância podem levar ao fracasso e à destruição. A ideia central é que o sentimento de superioridade pode cegar as pessoas para o perigo, levando-as a atitudes imprudentes que resultam em seu próprio fim (Pv 16.18). No segundo livro das Crônicas, capítulo 26, há o relato da história do rei Uzias que reinou em Jerusalém 55 anos. A Palavra testifica que ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme seu pai Amazias. Buscou a Deus e Ele o fez prosperar! Voou a sua fama até muito longe e foi maravilhosamente ajudado até que se tornou forte. Entretanto, quando estava forte, exaltou-se o seu coração, até se corromper; e transgrediu contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do senhor para queimar incenso no altar do incenso. Advertido pelos sacerdotes que o resistiram, Uzias se indigna contra eles, contudo o Senhor o feriu de lepra, e ele ficou leproso até a sua morte. Um histórico excelente e humildade e busca ao Senhor, com fim soberbo e trágico.

Há rei em Israel

A frase "e entre eles se ouve o alarido de um rei" é uma citação bíblica do livro de Números, que descreve a bênção proferida pelo profeta Balaão sobre o povo de Israel. A frase significa que, apesar da tentativa do rei Balaque de amaldiçoar os israelitas, a única coisa que se ouve entre eles é o som da vitória e da aclamação do seu rei, que é Deus (Nm 23.21). O profeta ambiciosos, contratado pelo rei Balaque para amaldiçoar Israel, é compelido pelo Senhor a proferir apenas bênçãos. A expressão "alarido de um rei" refere-se à celebração, à aclamação e à força do povo de Israel, pois o Senhor, seu Deus, está com eles, e não há iniquidade ou maldição que possa prevalecer contra eles.

sábado, 22 de novembro de 2025

Sacudindo as suas cordas

Há o entendimento de muitos cristãos que o Senhor Jesus reinará aqui na terra por um período de tempo (mil anos). Esquecem primeiramente que Ele reina desde sempre e o seu reino é espiritual e eterno, não passará jamais, ao contrário dos reinos deste mundo que são momentâneos. O Senhor e sustentador de tudo fez a terra para o homem, que ao invés de reconhecer a sua majestade e soberania, prefere viver “independente” do Criador, de acordo com seus interesses, conforme diz o salmista no Salmo 2 e verso 3, parte B: [...] “sacudamos de nós as suas cordas”. A frase "sacudamos de nós as suas cordas" significa rejeitar a autoridade de algo ou alguém, libertando-se de sua influência ou controle, em um contexto de rebeldia contra uma ordem estabelecida. Ela é retirada do Salmo 2 da Bíblia, onde é dita por governantes que conspiram contra o Senhor e seu "ungido".

O Sublime aplaina os caminhos

A frase "Sublime aplaina os caminhos" é uma adaptação de versículos bíblicos de Isaías. Ela significa que Deus, o Alto e Sublime, remove os obstáculos do caminho do seu povo, dando nova força e encorajamento aos que se sentem abatidos ou arrependidos (Is 57.14-15). Isso também inclui os poderosos desta terra. O rei caldeu fez uma estátua toda de ouro e manda reunir as autoridades e ordena que todos a adorarem. Três judeus (Hananias, Misael e Azarias) desobedecem a ordem real e, atados, são lançados na fornalha. Mas, após isso, Nabucodonosor se espanta, levanta pois vê quatro homens andando e passeando soltos dentro do fogo (Dn 3.25). Após este acontecimento e várias demonstrações do poder divino ao rei caldeu (Dn 2.47, 3.29), ele se orgulha de seus feitos, não reconhecendo o Altíssimo e é punido por Ele (Dn 4.33). Após a negativa dos hebreus em adorarem a estátua de sessenta côvados de altura que o rei mandou fazer e adorar, Nabucodonosor questiona a razão da negativa e os amigos de Daniel explicam que jamais adorariam outro Deus senão ao Senhor (Dn 3.16 e 19). O rei manda joga-los atados dentro da fornalha de fogo, mas o Eterno intervém e não os deixa perecer. A fé dos jovens é novamente recompensada, sendo que da primeira vez foi a pedido de Daniel e nesta vez por eles terem procurado servir fielmente ao Senhor que enviou o seu anjo para os livrar e ainda o rei determinou que eles fossem prosperados na província de Babilônia (Dn 2.49, 3.30). A soberba novamente toma conta do coração do rei Nabucodonosor e ele mesmo avisado um ano antes em sonho interpretado pelo jovem Daniel que seria duramente castigado pelo Senhor (Dn 4.24-26) se ensoberbece, vira um bicho e “comia erva como os bois” (Dn 4.33). Ao passar o tempo determinado de seu castigo, o Altíssimo torna a dar o entendimento ao rei e ele é reconstituído e a sua glória aumentada. Após isso, reconhece que o Senhor reina e “pode humilhar os andam na soberba” (Dn 4.34-37).