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quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Contextualizando o Apocalipse
A revelação contida no Apocalipse é para os cristãos (vs.4) compreenderem o desenrolar dos acontecimentos (antes mesmo da criação deste mundo) desde o desejo de um querubim ser igual ao Altíssimo, antes mesmo da criação da terra e do ser humano até os eventos finais como a destruição do adversário e seus seguidores.
Há o entendimento errôneo e equivocado, principamente no meio cristão, que o seu significado é um mistério e que não deve ser explicado. Contudo, logo nos primeiros versos, há a orientação de bem-aventurança: “É muito feliz aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Vs.3).
Nos escritos da Revelação verifica-se, como em toda a Bíblia, a centralidade em Jesus, pois nEle estão todas as coisas, quando se diz que: “eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Vs.8).
E importante destacar que em 1800 a ilha de Patmos foi utilizada como exílio por Napoleão Bonaparte, entretanto, o tempo em que ocorre o livro do Apocalipse já é no ano cem depois de Cristo. Assim, o porta voz da mensagem, o apóstolo João estava naquela localidade não em banimento ou castigo, mas sim, por causa da “Palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo” (Vs.9).
No verso 19 do primeiro capítulo da Revelação, O Senhor fala claramente para o apóstolo João, a temporalidade da mensagem, isto é, as ocorrências do Apocalipse são: “[...] coisas que tem visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer (Ap 1.19)”.
Os episódios vividos e/ou contemplados por João durante a sua vida, tanto no presente dele quanto no seu passado: [...] “coisas que tem visto, e as que são”[...] são eventos pretéritos para a geração que alcançou os avanços da ciência e dos meios tecnológicos. Já os acontecimentos futuros na qual o Eterno fala com o apóstolo, alguns já são presente e outros são passados para esta época. É certo que há alguns que ainda não aconteceram, mas é um número muito diminuto, pois estamos no fim dos tempos.
Sendo assim, o Apocalipse nos dias de hoje, para quem o lê e procura entendê-lo encontrará revelações de eventos já acontecidos ou acontecendo. Se na época do livro já existia uma maior parte de acontecimentos passados, ainda mais nos dias de hoje essa verdade é confirmada.
As revelações contidas no Apocalipse demonstram o domínio de Jesus sobre todos os acontecimentos da história humana relatados desde o Gênesis. O leitor ao caminhar por suas sábias letras e com a graça divina aumentará, sem sombra de dúvidas, o seu entendimento bíblico, alcançando edificação espiritual, refrigério e consolação nas Escrituras.
Detalhes imprescindíveis sobre o Apocalipse
O livro do Apocalipse é difícil, mas não deve ser desprezado. Ele deve ser entendido e guardado pelos cristãos pois a sua leitura é recomendada pelo próprio escritor, o apóstolo João.
É certo que, muitos, antigamente e hoje em dia, também, desconsideram tal conselho, deixando de adquirir instrução ao deixarem de conhecer as coisas que vão acontecer (Ap 1.1).
Outra consideração importante é a sua vinculação errônea a caos, desastres e calamidades – apesar de ter uma extensa linguagem simbólica, com várias referências a anjos, anciãos, tronos, trombeta, bestas, cavalos e cavaleiros, taças, estrelas, pragas, animais, selos, pedras preciosas, lâmpadas, trovões e castiçais.
Por outro lado, há em seus escritos predições de lutas, dificuldades, entretanto a vitória de Cristo e em Cristo é apresentada de maneira clara e certa, destacando que o reino de Deus está (sempre esteve, lógico!!!!) entre nós e sua soberania precede os primórdios da criação no Gênesis.
Sua centralidade, como de toda a Bíblia, está em Jesus, primeiro e o último (Ap 2.8), que é a testemunha verdadeira (Ap 3.14), aquele que “... saiu vitorioso, e para vencer” (Ap 6.2), e “LIMPARÁ DOS OLHOS TODA A LÁGRIMA” (Ap 7.17; 21.4), pois Ele é o Alfa e o Ômega (Ap 21.6).
ENFIM, O APOCALIPSE DEVE SER LIDO, OUVIDO E AS SUAS PALAVRAS, GUARDADAS com muito cuidado, não devendo ser selado (Ap 1.5, 22.10).
domingo, 27 de outubro de 2024
Tocamo-vos flauta, e não dançastes
O evangelista Lucas explana sobre o Messias detalhando o descompasso da geração de seu tempo: "A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são semelhantes? São semelhantes aos meninos que, sentados nas praças, gritam uns para os outros: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não chorastes. Porquanto veio João, o Batista, não comendo pão nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio; veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.
Há batalha na qual não se peleja
Os cristãos vitoriosos permanecem sempre na dependência e direcionamento do Eterno e em todos os conflitos, a estratégia do embate vem dEle pois é conhecido como o “vitorioso que saiu para vencer”.
No segundo livro das Crônicas dos reis de Israel, há um relato em que os povos de Moabe e de Amom, formaram uma grande multidão e se ajuntaram em peleja contra o povo de Judá e Jeosafá, temente a Deus, anunciou um jejum em Judá.
Então o Espírito do Senhor veio no meio da congregação, sobre Jaaziel, e, entre outras orientações assim se expressou “Nesta batalha não tereis que pelejar, postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém” [...] (2 Cr 20.17).
Deus confundiu os inimigos e eles lutaram entre si. O rei só teve o trabalho de buscar os despojos da guerra durante três dias pois eram muitos e a vitória foi alcançada devido a obediência ao Altíssimo.
Há batalha na qual não se peleja!
sábado, 26 de outubro de 2024
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
A pedra é um reino eterno
Em Apocalipse é revelado que os domínios deste mundo entregarão o seu poder e autoridade à besta, que é o sistema de poder globalizado deste mundo, e, ainda mais, sustentado e apoiado pelo dragão. Ela é um retalho, com domínios mundiais que existiram, outros deixaram de existir e ainda outros que voltariam a emergir.
É de bpm alvitre lembrar que o cristão deve ter esperança só no Altíssimo, pois desde o Egito que perseguiu os israelitas, a Assíria, o império Babilônico dominando Judá, Medo-Persa, Grego, Romano e o governo globalizado atual, representado pelos pés e dedos fazem oposição direta ao reino da pedra, um reino que já estava em formação no tempo de Nabucodonosor, crescerá e subsistirá à destruição de todos esses reinos, estabelecendo-se para todo o sempre. .
terça-feira, 15 de outubro de 2024
O fim é antecedido por um tempo de paz
A única maneira de alcançar a paz com todos é calçando os pés na preparação do evangelho da paz, como explana o apóstolo Paulo aos Efésios.
No que depender do cristão, ele deve ter paz com todos, contudo, o apóstolo Paulo adverte que, neste mundo quando disserem que há paz e segurança, sobrevirá repentina destruição.
Entrando no reino da Paz
O prometido às nações é responsável pela transformação de pessoas com diversas índoles "nada boa" e elas conviverão juntas em harmonia no seu reino, um reino de paz (pedra), fora dos reinos deste mundo apresentado ao profeta Daniel na estátua de Nabucodonozor.
Todos que O aceitam como senhor de sua vida recebem ajuda para produzir frutos de paz e reinam juntamente com Ele e são guiados com simplicidade e muita prudência/sabedoria.
Esta mudança de práticas tem consequências prolongadas e eternas.
Enfim, o reino do Messias não tem aparência exterior(pedra), mas também não é fraco (barro - parte do quinto e último reino mundial) pois esse reino, ao contrário dos domínios humanos é eterno e prevalece aos outros.
O cavalo vermelho
Na descrição do segundo selo no livro do Apocalipse há outro cavalo, agora vermelho e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra (Ap 6.3-4) e quem não aceita a soberania divina do Príncipe da Paz (Is 9.6, 48.22, 57.21) estará sujeito a males diversos, pois o ímpio vive em desavenças, não tem paz (Is 48.22, 57.21).
Bem-aventurados os pacificadores
O discípulo de Cristo ama a paz, e a segue em seu relacionamento com o próximo (Rm 12.18; Ef 4.3; 1 Pe 3.8-12), pois, pela reconciliação da cruz, ele mesmo foi trazido a um relacionamento de paz com Deus.
O ímpio não tem paz
O Salmo 119 e verso 165, traz uma interessante verdade: “muita paz têm os que amam a tua lei, e para eles não há tropeço.”
Em se guardar os mandamentos alcança paz e livramento dos percalços que certamente hão de vir:”nenhuma ferramenta preparada contra ti prosperará” e, “mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido”.
O próprio Deus é conhecido como o detentor da Paz, sem Ele não há Paz como diz o profeta Isaías: “Ele será chamado Príncipe da Paz” e abençoa os sus com ela:“o Senhor abençoará o seu povo com paz”.
O apóstolo João disse que no princípio era o verbo e Ele estava com Deus e Ele era Deus. O próprio Senhor se apresenta como sendo Ele a Palavra.
Amando a Deus, o homem tem paz e é livre de armadilhas...
E, sem contradição alguma, ao ímpio, diz o Senhor, que ele não tem paz!
terça-feira, 8 de outubro de 2024
Comunhão e o grau de espiritualidade de uma comunidade religiosa
O relacionamento pessoal é importante para o nosso desenvolvimento social, pois o ser humano é um ser inexoravelmente social: que necessita de convivência alheia para a obtenção da uma qualidade de vida razoável.
Espiritualmente, e de igual modo, há o complemnto das bênçãos divinas através dos dons que é distribuído conforme a utilidade na comunhão da igreja.
Assim, a comunhão de uma comunidade religiosa demonstra o grau de espiritualidade da coletividade, como o apóstolo Paulo explana sobre a comunidade em Corinto: "... sois carnais.".
domingo, 6 de outubro de 2024
Às igrejas da Ásia
Nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse há o relato das cartas às igrejas da Ásia. Mostra a responsabilidade que os anjos da igreja tem – tratados como estrelas, pois Deus trata diretamente com eles: “aquele que tem na sua destra as sete estrelas e anda no meio dos sete castiçais de ouro”, “o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu”, “aquele que tem a espada aguda de dois fios”, etc.
Há ainda uma diversidade nas igrejas. “Alguns paradoxos são revelados: “pobreza (mas tu és rico)”,” Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”, “tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”. Igreja que “deixou a primeira caridade” e outra que “as últimas obras são maiores que as primeiras”. Uma que “aborrece as obras dos nicolaítas” e outra que tem “alguns que seguem a sua doutrina”.
Filadélfia era uma igreja sem mácula, fiel – apesar de ter pouca força. Laodicéia se achava rica e Ele se apresenta como a testemunha verdadeira, mostrando a sua realidade, repreendendo-a porque a amava. Sardes é um exemplo de vida cristã aparente. Esmirna é uma igreja atribulada, pobre materialmente, sofrendo blasfêmias. Pérgamo uma igreja que apesar de estar num local espiritualmente difícil, mas se mantinha fiel – apesar de umas poucas coisas desfavoráveis. Tiatira a igreja que tolerava Jezabel e Éfeso deixou o primeiro amor, contudo colocou à prova alguns que se diziam apóstolos e os achou mentirosos.
Para a igreja de Éfeso, a única observação negativa foi ter deixado a primeira caridade. Seria uma congregação de “crentes antigos” que não tinham mais aquele vigor espiritual do início de sua conversão. Tolerar Jezabel, uma rainha idólatra e assassina, era o problema de alguns de Tiatira e passariam por uma grande tribulação caso não se arrependessem de suas obras e os filhos seriam feridos de morte.
Para a igreja de Laodicéia, disse “não és frio nem quente”, outra observação, ainda, foi:” Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”. Seria uma igreja que tinha muitos recursos materiais, ao contrário de outras, só que não “investia” atenção, tempo e recursos no mundo espiritual? Precisamos sempre nos analisar para vermos onde está o nosso coração e não colocarmos a nossa esperança nas riquezas.
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