No capítulo 10 do livro das revelações, um
anjo desce do céu com um livrinho aberto na mão e clamou com grande voz, mas
João foi proibido de revelar. Contudo pegou o livrinho da mão do anjo e o
comeu, sendo doce em sua boca e amargo em seu ventre. Também lhe foi dito que
importava que profetizasse outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e
reis.
Na sequência da visão, João recebe ordens
quanto ao templo e a cidade santa: o primeiro
devia ser medido (“mede o templo de Deus”), enquanto o átrio e a cidade
deviam ser entregues a uma profanação (“deixa o átrio... foi dado às
nações... pisarão a cidade santa”).
Ou seja, o reino de Deus está presente entre
os homens, Sua presença tornou-se acessível por meio de Cristo; de modo que
muitos têm ingressado no lugar santo, participando da verdadeira adoração a
Deus (“o altar, e os que nele adoram”, cf. Hb 10.19). Mas, por
outro lado, outros muitos se têm feito ouvintes indiferentes, e não
participantes sinceros das coisas de Deus (Mt 7.22, 23; 22.11-14; Lc 13.25-27).
O próximo destaque na visão são duas
testemunhas, identificadas como “as duas oliveiras e os dois
castiçais que estão diante do Deus da terra” (cf. Zc 4.1-6, 14). O fato é
que todo aquele que “come do livrinho”, como João, é comissionado por Deus a
dar testemunho, logo, é uma testemunha (Is 43.10, 12; 44.8). As testemunhas são
duas não apenas pela representatividade do testemunho (Jo 8.17; Mc 6.7), mas
também porque a eficácia do seu testemunho depende da obra e virtude do
Espírito de Deus, que testifica juntamente com elas (Jo 15.26, 27; At 1.8;
5.32; Ap 22.17).
As testemunhas estão em humilhação (“vestidas
de saco”), pois não desfrutam do mundo, antes sua missão é profetizar ao
mundo. Não podem ser impedidas na sua obra, pois têm autoridade e proteção de
Deus para cumprirem o mandato divino (“se alguém lhes quiser fazer mal...”).
Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma “besta
que sobe do abismo” – sobre a qual teremos muito a dizer em lições
posteriores. Assim aqueles que são testemunhas de Deus não podem ser impedidos
em sua obra, enquanto não a completarem – a exemplo do próprio Senhor Jesus (“onde
o seu Senhor também foi crucificado”, cf. Jo 19.11, 16; 10.18). Mas, depois de mortas, elas ressuscitarão, e
serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo sofrerá o juízo de Deus (“no
terremoto foram mortos sete mil homens”).
Quanto às diversas referências de tempo em
que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência
entre 42 meses (Ap 11.2), 1260 dias, e 3
dias (anos?) e meio (v. 3, 9) e um tempo e tempos e
metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7; Ap 12.14), de modo que tudo ocorre
durante o mesmo período, de modo paralelo (cf. Lc 24.47,49).
De modo semelhante ao que ocorreu na abertura
do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das
repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário de uma nova
visão (“abriu-se no céu o templo de Deus”), ou melhor, novas
visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de
Deus (Ap 15 e 16).
Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras,
trazido repreensões aos homens, mas estes não se arrependem (Ap 9.20, 21).
Contudo, ainda há uma ordem da parte de Deus: pregar o Evangelho a todos.
* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre o toque da sétima trombeta e o testemunho de Deus. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema.
* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre o toque da sétima trombeta e o testemunho de Deus. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema.
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