Para falar a respeito do reino de Deus, Jesus usou de muitas ilustrações e comparações de maneira a manifestar os vários aspectos do reino dos céus. Na presente lição estudaremos diversas parábolas proferidas pelo Senhor – são textos curtos, mas repletos de ensinamentos. Estejamos atentos e clamando por sabedoria em humilde receptividade – o Mestre pode abrir o nosso entendimento e encher o nosso depósito com os tesouros que Ele reserva para os filhos do reino.
Para
falar do crescimento do reino de Deus e da sua capacidade influenciadora, Jesus
narra as parábolas do grão de mostarda e do fermento adicionado à massa. Na
primeira parábola, Jesus compara o reino com o grão de mostarda, que é a menor
das sementes, mas se torna a maior das hortaliças. Seu crescimento supera o de
qualquer outra semente. Ela parece insignificante, frágil e quase invisível
diante de tantas outras, mas torna-se incomparavelmente maior em proporção a
qualquer outra semente depois de germinar, sendo capaz de abrigar as aves nos
seus galhos.
Com
essa narrativa, Jesus ilustra o fato do reino de Deus, que começa de forma pequena,
humilde e não contendo nada de visivelmente precioso, mas está destinado a
crescer e encher toda a terra (Dn 2.34, 35), trazendo consigo abrigo e proteção
aos que se achegam a ele. Essa capacidade de crescimento é explicada na segunda
parábola – a do fermento adicionado à massa. Na segunda parábola, o Senhor
destaca o fato de o fermento, uma vez que é adicionado à farinha, permeia toda
a porção de massa, até que cada partícula seja atingida.
O fermento fica
invisível, mas todos podem ver o seu efeito. Isso mostra o modo penetrante pelo
qual o reino influencia tudo o que toca. Quando o poder do reino chega em nós,
todos os aspectos das nossas vidas são atingidos – a mente é mudada, o coração
muda, os interesses, as afeições, o falar, o vestir, o sentir, o agir – todo o
ser é atingido. Em consequência, colegas de trabalho ou de escola e outras
pessoas que se relacionam conosco perceberão a influência fermentadora provinda
do Evangelho em nossas vidas. Sendo sal da terra e luz do mundo seremos capazes
de influenciar outras pessoas.
Em
Mateus, capítulo treze, Jesus, após narrar várias parábolas, pergunta aos Seus
discípulos se eles haviam entendido tudo, e, diante da resposta afirmativa, o
Mestre compara o escriba instruído acerca do reino de Deus a um pai de família
que tira do seu tesouro coisas velhas e novas. Os escribas se ocupavam das
Sagradas Escrituras, eram encarregados das cópias dos textos sagrados e alguns
se dedicavam também ao ensino da Lei (Ed 7.6, 10). Sobressai no texto o valor
que é dado à Palavra de Deus, comparada a um tesouro de onde o pai de família
busca a provisão para sua casa; é destacado também o relacionamento entre o que
ensina e os seus discípulos – comparando à interação entre o pai e a sua
família (Sl 19.7; 1 Jo 2.1).
Falando
da Palavra de Deus, ao mencionar que o tesouro se constitui de coisas velhas e
novas, Jesus valoriza tanto o velho quanto o novo, colocando-os no mesmo
patamar.
O contexto nos leva a crer que Jesus se referia aos escritos da Lei,
na qual a mensagem do reino vem através de profecias, sombras e figuras –
“coisas velhas”, bem como a manifestação do reino de Deus, com o advento do
Messias, o cumprimento das profecias e a realidade para a qual as sombras e
figuras apontavam – “as coisas novas”. Para o Senhor o valor está em aproveitar
tudo do “velho”, mas com o real significado manifestado no “novo”. Aquele que é
instruído saberá ver o novo no velho e o velho no novo – nisso está a riqueza
(Jo 1.17, 29; 1 Co 10.6; Cl 2.16, 17; Hb 10.1; 1 Jo 2.7, 8).
Para
ilustrar a necessidade da renovação completa dos que entram no reino de Deus,
Jesus usa duas comparações: a parábola do remendo novo em roupa velha e a do
vinho novo em odres velhos. Em ambos os casos o prejuízo é total, perde-se a
roupa e entorna-se o vinho e danifica-se os odres. Nas duas narrativas é
retratada a incompatibilidade da excelência da vida cristã se manifestar em um
coração ainda não conquistado pelo poder do Evangelho.
A
mudança efetuada no que ingressa no reino de Deus não é simplesmente um remendo,
ou apenas algumas alterações no comportamento. Possuir o reino significa passar
por uma transformação radical, equivalente a um novo nascimento, implica um
rompimento total com o velho homem e a antiga maneira de viver.
Verdadeiramente, o que está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas se
passaram e tudo se faz novo. A pedra cortada sem mãos, conforme a interpretação
dada a Daniel, cresce e forma um grande monte e enche toda a terra, aniquilando
todos os reinos e conceitos anteriores. Para viver com Cristo é necessário
antes morrer com Ele. Temos a promessa de um novo coração, mas antes o coração
de pedra deve ser arrancado (2 Co 5.17; Ez 36.26-28; Dn 2.34, 35; Rm 6.8).
Vimos
mais uma vez que o Senhor, na Sua sabedoria, usa objetos e situações normais do
conhecimento dos Seus ouvintes, com o intuito de transmitir o conhecimento de
verdades espirituais sobre o reino de Deus. Resta-nos atentar para as diversas
lições dessas parábolas e nos esforçar para coloca-las em prática. Lembremos,
somos chamados a ser praticantes da palavra, e não simplesmente ouvintes.
* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“PARÁBOLAS”
Nenhum comentário:
Postar um comentário