Muitos
são os argumentos que reforçam a verdade de que o ser humano foi criado para um
propósito superior ao mero desfrutar dos bens desta vida. O homem foi formado
do pó da terra e recebeu o fôlego de vida da parte de Deus, assim como os
outros animais. Mas ele também foi criado à imagem e semelhança de Deus – o que
o coloca em um relacionamento especial com o seu Criador e estabelece uma
finalidade espiritual para a sua existência (Ec 3.22; At 17.26-28; Ec 12.13-14).
O
homem podia ter desfrutado de vida imortal, sob a condição da sua contínua
obediência em comunhão com o seu Criador. Mas, com a queda no pecado, ele não
apenas perdeu a comunhão com Deus, mas também a imagem divina se corrompeu e a
morte tornou-se incondicional e inerente à sua natureza (Gn 3.22,23). Porém,
com a vinda de Cristo Jesus ao mundo, o propósito divino de dar vida eterna ao
homem revelou-se ainda mais glorioso do que se poderia entrever na criação.
Pelo poder do evangelho, o homem é criado de novo, e a imagem de Deus, outrora
perdida na queda, é restaurada em “verdadeira justiça e santidade” (2 Co
5.16-17; Ef 4. 24). Mas o fiel ainda espera uma futura glorificação, em que
essa imagem será aperfeiçoada à semelhança do próprio Cristo, e ele desfrutará
de plena e eterna comunhão com o seu Criador, em uma vida incorruptível e
imortal (2 Co 5.1-8; Fp 3.8-11).
Muitas
indagações são feitas quanto aos que, no presente, aguardam esse glorioso dia
da ressurreição. Será que os mortos estão em algum lugar? Estão conscientes?
Sabem o que se passa na terra? O ensino bíblico a respeito é claro e
abundantemente ilustrado, podendo ser resumido nos seguintes itens:
Como
qualquer outra criatura, o homem se constitui de uma unidade indivisível
chamada “alma”. Nela se unem tanto suas características físicas como
sentimentais, intelectuais e espirituais, para formar uma personalidade única (1
Ts 5.23; Hb 4.12; Mt 22.37). Na morte, essa pessoa inteira se desfaz, e morrem
todas as características materiais e imateriais que a compunham (Ec 9.5, 6; Sl
146.4). Ou seja, a “alma” morre (Ez 18.4). O espírito que volta para Deus não é
uma essência incorpórea, pessoal e imortal, mas simplesmente o “fôlego de vida”
– a vida em si, que procedeu de Deus como sua fonte original (Ec 12.7). Em
outras palavras, não há possibilidade de o homem existir ou sobreviver em
qualquer outro aspecto, senão nessa sua unidade indivisível em que existe e
sobrevive nesse mundo: em um corpo animado pelo espírito de vida (Jó 34.14-15;
Sl 104.29; Tg 2.26). Somente Deus tem vida em si mesmo (1 Tm 1.17).
Como
qualquer outra criatura, o homem se constitui de uma unidade indivisível
chamada “alma”. Nela se unem tanto suas características físicas como
sentimentais, intelectuais e espirituais, para formar uma personalidade única.
Na morte, essa pessoa inteira se desfaz, e morrem todas as características
materiais e imateriais que a compunham. Ou seja, a “alma” morre (1 Ts 5.23; Hb
4.12; Mt 22.37 ; Sl 146.4; Ez 18.4).
. O espírito que volta para Deus não é uma
essência incorpórea, pessoal e imortal, mas simplesmente o “fôlego de vida” – a
vida em si, que procedeu de Deus como sua fonte original. Em outras palavras,
não há possibilidade de o homem existir ou sobreviver em qualquer outro
aspecto, senão nessa sua unidade indivisível em que existe e sobrevive nesse
mundo: em um corpo animado pelo espírito de vida. Somente Deus tem vida em si
mesmo (Jó 34.14-15; Sl 104.29; Tg 2.26; 1 Tm 1.17).
Pelo
exposto acima entendemos que, na morte, o homem perde a consciência de si
mesmo, do mundo e de Deus. Os vivos podem se lembrar dos mortos, e se alegrar
na esperança de um dia reencontrá-los. O próprio Deus não se esquece deles, mas
os conserva ternamente em Sua memória, considerando-os vivos (Mt 22.31-32).
Mas, no presente, os mortos não têm parte alguma com o mundo dos vivos, nem os
vivos podem se relacionar com os mortos. Por isso também a Bíblia ilustra a
morte como um sono (Jó 7.9,10; 14.10-12; Dn 12.2).
A
Bíblia descreve o lugar dos mortos pelos termos “Seol” (hebraico) e “Hades”
(grego), que se traduzem propriamente por “sepultura”. É para lá, no pó da
terra, que todos vão após a morte, tanto justos como ímpios). O próprio Jesus,
entre Sua morte e ressurreição, esteve lá (Ec 3.19-20; At 2.25-29). Outra
palavra usada é “inferno”, mas devemos ter o cuidado de não atribuir a esse
termo qualquer outro sentido além do que já foi exposto. Na ressurreição do
último dia, a sepultura (ou inferno) será “esvaziada” dos seus mortos, e será
juntamente destruída com a morte e com aqueles destinados à morte eterna (Ap
20.13-14).
Com
o esclarecimento fornecido pela Palavra de Deus sobre o estado em que se
encontram os mortos enquanto aguardam a ressurreição, podemos desfazer
facilmente algumas ideias populares e interpretações equivocadas sobre este
assunto.
Heresia
lançada pelo Catolicismo Romano para identificar um lugar de prova para as
almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificar o suficiente para
galgarem o céu. Entretanto, essa doutrina não tem base bíblica e usa de
premissas falsas. Aquele que foi salvo por Cristo não precisa mais realizar
nenhuma compensação pelos seus pecados, nem nesta vida, nem tampouco depois da
morte, pois o sangue de Jesus provê total perdão e aceitação para com Deus (Rm
5.1-2; 1 Jo 2.1-2). Além disso, se alguém quer garantir a sua salvação eterna,
precisa fazê-lo nesta vida. Depois da morte, só resta o juízo e a ressurreição (Hb
9.27).
Não
há um lugar de migrações e perambulações espirituais, onde os mortos
supostamente aguardam para voltar a este mundo em um novo corpo físico. Os
espíritas gostam de usar, equivocadamente, o texto de Lc 16.22-23 para afirmar
que os mortos podem se comunicar com os vivos. Além disso, a tentativa de se
comunicar com os mortos é expressamente proibida e condenada pela Palavra de
Deus (Dt 18.9-14; Is 8.19-20).
A
ideia de que, logo após a morte, os justos entram na felicidade do paraíso, e
os ímpios vão para um lugar de tormento consciente, também não está de acordo
com a verdade bíblica. Tanto a recompensa dos fiéis como o castigo dos ímpios
estão reservados para o último dia, na vinda de Cristo, quando os mortos serão
julgados de acordo com suas obras (Jo 5.28-29; Mt 25.31-46; 2 Co 5.10; Ap 22.12).
Essa ideia também contraria o fato de que a glória celestial deverá ser
alcançada por todos os santos juntos (1 Ts 4.16,17; 1 Co 15.20-23; Hb 11.39-40).
Esta doutrina fortalece a nossa fé ao dar-nos a segurança de que
os mortos em Cristo estão bem guardados por Deus para aquele glorioso dia em
que eles, ressuscitados, e nós, transformados, alcançaremos juntamente o
elevado propósito para o qual fomos chamados. Nem a morte pode nos separar do
carinho de Deus e da Sua promessa de que haveremos de viver eternamente com Ele.
Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2018
ESCATOLOGIA
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
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