Nestas poucas palavras enfatizaremos, com base no Apocalipse, a visão da glória de Deus e a
apresentação do Senhor como o único vencedor, [...] “aquele que tem o rosto
como o sol” [...] (Ap 1.16). Como já destacado, começaremos inicialmente pelo livro da Revelação e
fazendo ainda um paralelismo de assunto com as mensagens reveladas aos profetas
Isaías, Ezequiel e Daniel, enriquecendo de informações este estudo com um olhar
plenário da Bíblia.
No
primeiro verso do capitulo quatro, objetivo desta análise, temos a revelação da
glória de Deus, cercada de pedras preciosas. Relata a existência de um arco
celeste (Gn 9.9) e vinte e quatro tronos, com vinte e quatro anciãos ao redor
do trono. As suposições são várias, mas a Palavra
não esclarece, mostrando unicamente que ao redor há muitos de milhares de
milhares que o assistem e milhões de milhões que o reconhecem como Senhor (Ap 4.2-4).
João também viu quatro seres vivente (*1) “cheios de
olhos”, capacidade de verem tudo em volta na sua função de assistir a
Deus. Estavam no meio e ao redor do trono e tinham respectivamente seis
asas e não descansavam, nem de dia ou nem de noite e proclamavam a santidade do
Senhor: “Santo, Santo, Santo”.
No capítulo 5 do livro da
Revelação, o apóstolo João chora muito, pois não havia ninguém no céu ou na
terra merecedor de abrir os segredos do Altíssimo, representado em um livro.
Mas Cristo Jesus, que venceu, é exaltado como o único digno de tomar o livro da
“destra do que estava assentado no trono” (Ap 5.4-7). E os anciãos que atribuem ao Cordeiro vencedor, toda a
glória e honra, prostram-se e lançam suas coroas diante dEle quando os seres
viventes glorificam a Deus (Ap 5.8-10). A visão do séquito é expandida com a
revelação de grandes multidões de seres celestiais que O reverenciam (Ap 5.11-14).
Os profetas Isaías (Is 6.1-3), Ezequiel (Ez 1.26) e Daniel (Dn 7.9 e 19)
também viram a glória de Deus e os dois últimos concordam com a mesma
descrição, cujo seu aspecto era como fogo (Hb 12.29), a forma gloriosa
como foi revelada a eles, servindo como um paralelismo bíblico, quando uma
mesma informação é detalhada em outro texto.
Interessante
notar que em nenhuma dessas revelações há algum tipo de exaltação ou rebeldia,
mas, ao contrário, existe submissão e muito louvor ao Senhor. Satanás não se encontra mais lá e acabou a
divisão nos céus e a plenitude se prostram diante do Cordeiro e O adoram.
Com todo resplendor de glória, Deus e o Filho Jesus estão
rodeados de querubins que continuamente louvam e adoram. É certo que as visões
aqui apresentadas são apenas uma parte daquilo que há lá no céu, pois mal
compreendemos as coisas terrenas, como, então, poderíamos entender a totalidade
das coisas espirituais (Jo 17.17)? [...] “Ao que está assentado sobre o trono,
e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para
todo o sempre” (Ap 5.13).
(*1). O verso 10 do primeiro capítulo de Ezequiel mostra mais claramente que
estes quatro seres viventes, cada um tinha quatro rostos (Ez 1.10). Nos versos
15 e 20 do décimo capítulo, o profeta os reconhece como querubins (Ez 10.15,20)
e Isaías os identificam como serafins (Is 6.1-3).
Nenhum comentário:
Postar um comentário