sábado, 21 de dezembro de 2019

A Visão da Glória de Deus.






Nestas poucas palavras enfatizaremos, com base no Apocalipse, a visão da glória de Deus e a apresentação do Senhor como o único vencedor, [...] “aquele que tem o rosto como o sol” [...] (Ap 1.16). Como já destacado, começaremos inicialmente pelo livro da Revelação e fazendo ainda um paralelismo de assunto com as mensagens reveladas aos profetas Isaías, Ezequiel e Daniel, enriquecendo de informações este estudo com um olhar plenário da Bíblia.

No primeiro verso do capitulo quatro, objetivo desta análise, temos a revelação da glória de Deus, cercada de pedras preciosas. Relata a existência de um arco celeste (Gn 9.9) e vinte e quatro tronos, com vinte e quatro anciãos ao redor do trono. As suposições são várias, mas a Palavra não esclarece, mostrando unicamente que ao redor há muitos de milhares de milhares que o assistem e milhões de milhões que o reconhecem como Senhor (Ap 4.2-4).

João também viu quatro seres vivente (*1) “cheios de olhos”, capacidade de verem tudo em volta na sua função de assistir a Deus.  Estavam no meio e ao redor do trono e tinham respectivamente seis asas e não descansavam, nem de dia ou nem de noite e proclamavam a santidade do Senhor: “Santo, Santo, Santo”.

No capítulo 5 do livro da Revelação, o apóstolo João chora muito, pois não havia ninguém no céu ou na terra merecedor de abrir os segredos do Altíssimo, representado em um livro. Mas Cristo Jesus, que venceu, é exaltado como o único digno de tomar o livro da “destra do que estava assentado no trono” (Ap 5.4-7).  E os anciãos que atribuem ao Cordeiro vencedor, toda a glória e honra, prostram-se e lançam suas coroas diante dEle quando os seres viventes glorificam a Deus (Ap 5.8-10). A visão do séquito é expandida com a revelação de grandes multidões de seres celestiais que O reverenciam (Ap 5.11-14).

Os profetas Isaías (Is 6.1-3), Ezequiel (Ez 1.26) e Daniel (Dn 7.9 e 19) também viram a glória de Deus e os dois últimos concordam com a mesma descrição, cujo seu aspecto era como fogo (Hb 12.29), a forma gloriosa como foi revelada a eles, servindo como um paralelismo bíblico, quando uma mesma informação é detalhada em outro texto.

       Interessante notar que em nenhuma dessas revelações há algum tipo de exaltação ou rebeldia, mas, ao contrário, existe submissão e muito louvor ao Senhor.  Satanás não se encontra mais lá e acabou a divisão nos céus e a plenitude se prostram diante do Cordeiro e O adoram.

Com todo resplendor de glória, Deus e o Filho Jesus estão rodeados de querubins que continuamente louvam e adoram. É certo que as visões aqui apresentadas são apenas uma parte daquilo que há lá no céu, pois mal compreendemos as coisas terrenas, como, então, poderíamos entender a totalidade das coisas espirituais (Jo 17.17)? [...] “Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre” (Ap 5.13).



(*1). O verso 10 do primeiro capítulo de Ezequiel mostra mais claramente que estes quatro seres viventes, cada um tinha quatro rostos (Ez 1.10). Nos versos 15 e 20 do décimo capítulo, o profeta os reconhece como querubins (Ez 10.15,20) e Isaías os identificam como serafins (Is 6.1-3).

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