A igreja é semelhante a um
castiçal cuja finalidade é produzir luz, ser referência e motivo de orientação,
mas necessitam da companhia do Espírito Santo, pois sem azeite não há
possibilidade de execução de sua tarefa fim. Assim, ela deve ser colocada em um
local privilegiado para poder iluminar melhor e com eficiência, atingindo assim
a sua destinação. Desde o início da caminhada do povo de Israel Deus, o
Todo-Poderoso (Ap 1.8) orienta que se o seu povo o ouvisse diligentemente e
guardasse o seu concerto, ele seria próspero (Ex 19.5). O escritor aos Hebreus
relata que o Senhor falou de muitas maneiras e agora nos últimos dias ele fala
através do Filho (Hb 1.1) e o apóstolo Tiago orienta para que recebamos com
mansidão a Palavra em nós enxertada, pois ela pode salvar a nossa alma (Tg
1.21).
O apóstolo amado, num
sábado, pois era judeu, recebe a ordem de escrever num livro a visão e enviá-lo
às sete igrejas da Ásia, representada como castiçais, entre os quais Ele, o
Senhor, se encontrava, e na sua destra tinha sete estrelas que são os
pastores/líderes das igrejas, chamados de anjos, mostrando a responsabilidade
que o anjo da igreja tem – tratado como estrela - pois Deus trata diretamente
com eles e os vê como referência (Vs.16).
O Eterno se apresenta como aquele que anda no meio
dos sete castiçais de ouro” (Vs.16); o número 7 é
simbólico e significa plenitude/perfeição e que aquelas igrejas representam,
com seus líderes, a totalidade dos salvos em todas as épocas. As considerações
do Altíssimo são também para os cristãos atuais, pois são “pedras vivas” (1Pd
2.5). São mensagens relevantes para o melhor entendimento e autorreflexão de
cada um em particular.
Nota-se nos capítulos
2 e 3 do livro que há uma diversidade de características nas igrejas. Alguns
paradoxos são revelados, como: “pobreza (mas tu és rico)” (Ap 2.9),” Rico sou,
e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e
miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”,
“tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”. Igreja
que “deixou a primeira caridade” e outra que “as últimas obras são maiores que
as primeiras”. Uma que “aborrece as obras dos nicolaítas” e outra que tem
“alguns que seguem a sua doutrina”.
Vê-se que Deus
se apresentando a cada uma delas de maneira diferente, mostrando que as
conhecia profundamente. Sabia das suas obras (disse para todos os anjos das
igrejas), trabalho, paciência, tribulação, blasfêmia, caridade, fé – contudo
não encobria os erros, como: “tolerar Jezabel”, “não és frio nem quente”,
“seguir a doutrina de Balaão” e outros.
O pastor é um presente de Deus
para a Igreja e “ninguém toma para si essa honra”. É muito mais que um
doutor/mestre, que um pregador. O vigia do rebanho é considerado pelo Senhor como
uma estrela e deve, com a graça de Deus, se posicionar biblicamente sobre todos
os assuntos, pois para isso foi chamado, para marcar posição num mundo
tenebroso. Desconfie, então, dos líderes que se omitem ou que mantenham posição
fora da Bíblia, pois a mais importante função deles é o posicionamento na Bíblia,
pois ele é um formador de valores e precisa dar exemplo.
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