O
Senhor continua a revelar seus propósitos aos homens e isso através daqueles
que escolheu para fazer parte deles. Nesta lição será tratado a respeito dos
planos de Deus para a vida de Isaque e como o Senhor agiu para que tudo ficasse
conforme a sua vontade. A tipologia bíblica continua a mostrar: Abraão como
figura de Deus que providencia a esposa para seu Filho, Isaque como a figura de
Cristo e Rebeca como a da igreja. Neste tempo Sara tinha já morrido aos 127
anos. (Gn 23.1)
Com
Abraão já velho e adiantado em idade chega, então, o momento do casamento de
seu filho Isaque. Surge, portanto a preocupação de que Isaque não poderia tomar
mulher do meio dos cananeus onde Abraão estava habitando. Ele então chama seu
servo, o mais velho da casa, e o faz jurar que este iria tomar mulher para seu
filho da sua terra e da sua família. Era o zelo de Abraão com as promessas de
Deus em sua vida, tais promessas não poderiam se misturar com a impiedade dos
cananeus.
O
servo de Abrão tem preocupações com tal juramento. Mas, e se a mulher não
quisesse segui-lo? Isaque poderia tornar para lá? E Abraão diz que jamais. Ora,
o Senhor já houvera tirado Abraão daquela terra, portanto seu filho não deveria
retornar para lá. Reafirmam-se as duas recomendações importantes de Abraão para
o servo: a de Isaque não se casar com mulher cananeia e também de não retornar
para a terra de onde Deus já o tinha tirado.
Deus
está no controle de tudo o que está ocorrendo com Abraão e seu servo, nada se
sucede por acaso. Nota-se claramente que não há operação de maravilhas e
grandes milagres neste texto, como Deus enviando um anjo ou manifestando um
grande sinal, etc. Porém, há de se ressaltar que ser conduzido por Deus na vida
diária, ter os passos guiados por ele e ser bem sucedido, isso tudo se constitui
em um grande milagre; é uma forma de Deus agir que infelizmente muitos não
percebem.
Quando
o servo chega à terra, a solução encontrada por ele foi orar e fazer uma prova
com o Senhor de Abraão. Como é importante a oração de acordo com a vontade de
Deus. (I Jo 5.14) A resposta
de Deus surge de acordo com o pedido do servo, ficando claro que sua oração
definitivamente estava nos moldes dos planos de Deus. A família de Abraão estava
ligada mediante casamentos entre seus membros, assim Abraão queria que Isaque o
fizesse. É o padrão de Deus para a família cristã, nada de julgo desigual. A
escolha da esposa para Isaque foi feita por Deus e a maneira como tudo
aconteceu confirma isso.
Ouvindo
o testemunho do servo de Abraão, Labão e Betuel, reconhecem o fato. Rebeca é
dada como esposa de Isaque. Quão importante é que o povo de Deus viva a vontade
e o querer de Deus na sua plenitude. Agindo dessa forma, as providências de
Deus na vida do povo sempre serão constantes. A
sanidade da vida espiritual e a estabilidade do casamento, assim como do lar
dependem daquilo que tiver sido dado por Deus. Rebeca não conhece o moço com
quem vai se casar, todavia ouvindo todo o relato do servo de Abraão está
convicta de que Deus está no negócio. Quando perguntada se iria com aquele
varão, sem titubear respondeu: “sim, eu irei”.
Rebeca
partiu com o servo ao encontro de Isaque. O v. 63 narra que Isaque saíra para o
campo para orar. Ou seja, enquanto Isaque está orando Deus está agindo,
enquanto Deus está agindo Isaque está orando. Isso mostra que dentro dos
projetos de Deus todos estão unidos no mesmo propósito. O homem busca a face do
Senhor com o intuito de glorifica-lo e Deus responde. Com isso a alegria do
homem é perfeita e completa e desfruta das eternas bênçãos de Deus.
Os
planos de Deus não podem ser impedidos (Jó 42.2). Abraão projetou o casamento
para seu filho, Isaque. E tudo ocorreu conforme o desejo de Abraão, pois não
estava fazendo de acordo com o seu querer, mas de acordo com o de Deus. E todos
que estavam envolvidos no plano foram bem sucedidos. Hoje o mesmo ocorre com a
união entre Cristo e a Igreja. Todos os envolvidos nesse projeto também
prosperarão.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.
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