Quando
um cristão morre, ele descansa, dorme (2 Ts 1.7). Ao invés de derrota, a morte
significa vitória, ganho (Fp 1.21; 1Co 15.51-55). Parece contraditório, mas não
é, pois o ser humano tem uma finalidade além da própria vida física (Gn 1.27).
Há algo que vai além da matéria de nossos corpos – o que é espiritual. Quando
Jesus Cristo aboliu a morte (ocasionada pelo pecado), trouxe à luz a vida e a incorrupção.
Estava, de fato, desfazendo a morte e concedendo vida eterna, a imortalidade (2Tm
1.10). A vida humana através de Cristo Jesus tem um alvo superior, uma razão de
ser, um desígnio. Somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1Tm
1.17; 6.16). Ele é a fonte da vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido
relativo, o crente em Jesus adquire imortalidade conquistada pelos méritos do
Senhor no Calvário (2Tm 1.8-12;Jo 6.40; 11.26).
Uma
heresia lançada pelos católicos romanos para identificar o “Sheol-Hades” como
lugar de prova, ou de segunda oportunidade, para as almas daquelas pessoas que
não conseguiram se purificar o suficiente para galgarem o céu. Declara a
doutrina romana que é uma forma de esses mortos serem provados e submetidos a
um processo de purificação. Entretanto, essa doutrina não tem base bíblica, e é
feita sobre premissas falsas. Se o purgatório fosse uma realidade, então a obra
de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir a sua salvação eterna,
precisa garanti-la em vida física; depois da morte, só resta o juízo (Hb 9.27).
Não
há um lugar de migrações e perambulações espaciais, entretanto, os espíritas
gostam de usar o texto de Lc 16.22, 23 para afirmarem que os mortos podem
ajudar os vivos. Mas Jesus no assunto apresentava o ensino de que os que amam
este mundo herdarão a condenação, e que os sofridos justos terão a recompensa
no porvir. E por ali vemos ser impossível qualquer recurso após a morte. Jesus
disse que os vivos tinham “a lei e os profetas”, isto é, eles tinham as
Escrituras. Os mortos não podiam sair de seus lugares para se comunicarem com
os vivos.
Portanto,
é uma fraude afirmar essa possibilidade de comunicação com os mortos. Vários
textos bíblicos anulam essa falsa doutrina (Dt 18.9-14; Jó 7.9, 10; Ec 9.5, 6).
Então,
entre a vida terrena e a ressurreição, qual a situação daqueles que foram
recolhidos deste mundo? Onde estão? Que fazem? Estão conscientes? São algumas
das perguntas que comumente ouvimos. As Sagradas Escrituras nos dão o
esclarecimento vindo de Deus.
Diante
da angústia pela qual passava, Jó expressou o desejo de morrer e ir para o pó
(sepultura), até que passasse aquele período, e voltar à vida quando não mais
houvesse este firmamento, lembrando-se Deus dele, na ressurreição (Jó 14.7-15;
34.15; 17.16).
Em
Eclesiastes encontramos o sábio dizer: “os mortos não sabem coisa alguma” (Ec
9.4, 5), “na sepultura, para onde vais, não há ciência, nem indústria” (Ec
9.10), “e o pó volte ao pó como era” (Ec 12.7), “todos vão para um lugar” (Ec
3.20, 21).
Todas
mostram que os que morrem vão para o pó até que sejam vivificados
(ressuscitados) – Sl 104.29; Is26.19; Gn 3.19; Jo 5.28, 29; At 2.29. E
observemos que, referindo-se aos salvos em particular, com ternura a Palavra de
Deus utiliza o termo “dormir” (1Ts 4.13, 14; Dn 12.2; Mt 27.52, 53; Jo
11.11-13, 25; Lc 20.37, 38; Rm 8.31-39; 1Co 15.6, 51; 2Pd 3.4).
Essa
doutrina fortalece a nossa fé ao dar-nos a segurança acerca dos mortos em
Cristo; é a garantia de que a vida humana tem um propósito elevado, e
alcançável em Cristo Jesus. Nem a morte nos pode separar do carinho de Deus e
de Sua promessa de vivermos eternamente no céu (Jo 11.25; Lc 20.37, 38; Rm
8.31-39).
* Texto cedido por: EBD – Classe de
Juvenis “Escatologia”.
4º. Trimestre de 2016 - ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
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