Com Abraão já velho e adiantado em idade chega, então, o momento do casamento de seu filho Isaque. Surge, portanto a preocupação de que Isaque não poderia tomar mulher do meio dos cananeus onde Abraão estava habitando? Certamente.
Ele então chama seu servo, o mais velho da
casa, e o faz jurar que este iria tomar mulher para seu filho da sua terra e da
sua família. Era o zelo de Abraão com as promessas de Deus em sua vida, tais
promessas não poderiam se misturar com a impiedade dos cananeus? Sim.
Deus está no controle de tudo o que está
ocorrendo com Abraão e seu servo, nada se sucede por acaso.
Nota-se claramente que não há operação de
maravilhas e grandes milagres neste texto, como Deus enviando um anjo ou
manifestando um grande sinal, etc. Porém, há de se ressaltar que ser conduzido
por Deus na vida diária, ter os passos guiados por ele e ser bem sucedido, isso
tudo se constitui em um grande milagre; é uma forma de Deus agir que
infelizmente muitos não percebem? Obviamente.
Os planos de Deus não podem ser impedidos (Jó
42.2). Abraão projetou o casamento para seu filho, Isaque. E tudo ocorreu
conforme o desejo de Abraão, pois não estava fazendo de acordo com o seu
querer, mas de acordo com o de Deus.
Hoje o mesmo ocorre com a união entre Cristo e
a Igreja? Claro, todos os envolvidos nesse projeto também prosperarão.
Isaque orou durante cerca de 20 anos por sua
mulher, pois era estéril, e o Senhor ouviu à sua oração.
No caso, Isaque não utilizou recursos humanos
para alcançar a bênção; pelo contrário, lutou na oração e esperou com paciência
no Senhor durante todo este tempo.
Rebeca concebeu, e dentro dela os filhos
lutavam; então ela também foi orar e perguntar ao Senhor a razão desta
particularidade. Dois povos estavam em seu ventre, sendo um mais forte que o
outro, e o maior serviria ao menor.
Cumprindo-se os seus dias, ela deu à luz a Esaú
(“cabeludo”) e Jacó (“suplantador”), nomes esses referentes ao que foi
observado durante o parto (vv. 24-26).
Esaú tornou-se perito na caça, varão do campo,
e agradava a seu pai. Jacó, varão simples, habitava em tendas, mais perto da
mãe. Certo dia, Esaú chegou cansado do campo e com fome, e disse a seu irmão:
“Deixa-me comer de seu guisado”. Então, Jacó lhe respondeu: “Vende-me a tua
primogenitura”. Para Esaú, o que importava no momento era saciar sua fome – de
que lhe valia sua primogenitura? E então a vendeu a Jacó, seu irmão. Assim
desprezou Esaú a sua primogenitura.
A região onde estava Isaque passava por uma terrível fome – o que o
levou a Gerar, na terra dos filisteus.
Nisso apareceu o Senhor, impedindo-o de descer ao Egito e orientando-o a
habitar na terra que o Senhor dissesse, porque nessa terra estaria a sua
bênção.
E assim habitou Isaque em Gerar. Os varões desta região perguntaram a
Isaque a respeito de sua mulher. Ele temeu por sua vida e disse que era sua
irmã. Porém o rei dos filisteus descobriu que não era simplesmente sua irmã,
mas também sua esposa, e o repreendeu por conta de um possível delito que viria
sobre o seu povo se alguém a tomasse por mulher. Isaque cresceu e se fortaleceu
naquela região, tornando-se mais poderoso que o povo da terra, a ponto de
causar inveja nos filisteus.
Diferente do Salmo 73, onde o salmista viu a prosperidade do ímpio e
quase escorregou, até que entrou no santuário do Senhor. Isaque foi expulso
desta região e fez seu assento no vale de Gerar, cavando poços e prosperando,
mas porfiaram com ele.
Então chegou a Berseba e o Senhor lhe apareceu, renovando Suas
promessas.
Isaque passou por vários tipos de crise: fome
na terra, perseguição e expulsão da terra onde estava, e teve a insatisfação de
ver seu filho, Esaú, casar-se levianamente com mulheres hetéias. Tudo isso
deixa claro que as bênçãos de Deus independem das circunstâncias, posto que Ele
é fiel e Poderoso para cumprir Suas palavras.
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