O profeta Daniel, estudando a Palavra, entende que o tempo para
reedificar Jerusalém era chegado, então o Senhor envia o anjo Gabriel para
instruí-lo, explicando que um novo período de tempo, nunca antes citado, tempo
em que vários objetivos seriam alcançados: “setenta semanas estavam determinadas sobre o povo e a santa cidade”
e são eles: extinguir a transgressão; dar fim aos pecados; expiar a
iniquidade; trazer a justiça eterna; selar a visão e a profecia; ungir o Santo
dos Santos.
Certamente que as setenta semanas avançam até a vinda de Jesus e a
entrada da eternidade, pois só lá e naquele tempo, por exemplo, se terá dado
fim aos pecados e terão sido cumpridas toda visão e profecia.
Uma semana ou seus sete dias deve sempre ser interpretado como um
período completo de tempo, para a realização dos propósitos de Deus.
Então, as setenta semanas (setenta vezes sete) conclui-se em absoluto
todo o tempo dado aos homens e particularmente aos chamados, o povo de Deus.
Das setentas semanas, um primeiro período de sete semanas e 62 semanas
tiveram o seu início no reinado de Ciro, quando foi dada a “ordem para restaurar e reedificar Jerusalém”
e que iria até a chegada do Messias, Jesus.
Aconteceu nesse tempo de sessenta e nove semanas que as ruas e
edifícios foram reedificados em Jerusalém, mas em dias “angustiosos”, no pós-cativeiro babilônico, conforme vemos
registrado nos livros de Esdras e Neemias.
Ou seja, o anjo Gabriel revelou que Jerusalém seria restaurada com
dificuldade e num período de cerca de 445 anos, ainda que na contagem de Deus
era um espaço de tempo de apenas 69 semanas (483 dias), concluído isto, seria
já o tempo do Messias.
E ao mesmo tempo, atenção, fica definido que da vinda do Messias Jesus
até o fim, até a conclusão de tudo resta uma semana, na qual já estamos por
quase dois mil anos.
Nesse período final de uma semana/sete dias é
já a semana de número setenta; precisamos analisar o verso 26 e depois o 27
separadamente. No verso vinte e seis é dito que nesta última semana o Messias
Jesus seria tirado e, mais, “o povo do
príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário” e “até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações”.
Isto é o que aconteceu – Jesus foi tirado
(rejeitado e morto) e Jerusalém e o Santuário foram destruídos pelo povo
romano; e é também o que está acontecendo - o mundo sendo assolado e as guerras
continuam e existirão até do fim, não existirá tempos de paz, nem tempos
melhores.
O verso 27 traz mais detalhes desta mesma última semana: o Messias “firmará um concerto com muitos por uma semana”.
E, agora, há uma repartição desta semana final ao dizer: “na metade da semana fará cessar o sacrifício
e a ofertas de manjares” e, ainda acontecerá que “sobre a asa das abominações virá o assolador
e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o
assolador”.
Atentemos que o verso 27 primeiro refere-se ao concerto eterno (sete
dias) que Jesus faz pela morte na cruz e “com muitos”, com os creem em seu nome e é o concerto da salvação
eterna (sete tempos), no perdão dos pecados pelo seu sangue.
O detalhamento final é a partir da metade da última semana, os três e
meio dias finais, quando, então, o Messias “faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares” cumpriu-se isto
quando Cristo morto pelos judeus tornava inútil os sacrifícios e ofertas
determinadas pela lei em Jesus está o sacrifício e a oferta que satisfazem
perfeitamente a justiça de Deus. Para que cessasse de fato toda religiosidade
vã definida pela lei foi destruído o templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir” -
os romanos, que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixou pedra sobre
pedra. Desde então nunca mais se realizou tais rituais levíticos.
De Jesus morto ou o santuário destruído até o fim de tudo, para Deus
transcorreria somente 3 e ½ dias, e, por causa das abominações viria o
assolador (o diabo) e isto até o fim, a consumação, nisto incluindo a
destruição de todo poder das trevas e de Satanás.
Sempre houve citações de tempos pela Palavra de Deus como os
quatrocentos anos de cativeiro no Egito, os quarenta anos no Deserto e os
setenta anos de cativeiro em Babilônia.
Assim, sendo as setenta semanas tão precisas, outros tempos determinados
na bíblia como o milênio e as “2.300
tardes e manhãs” e outros, só terão lugar dentro dos limites deste
espaço, o que norteará, dentre tantas opiniões, a que possa ser verdadeira ou
correta.
* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre as setenta semanas do livro do profeta Daniel. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema.
* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre as setenta semanas do livro do profeta Daniel. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema.
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