Nesta
lição, trataremos especialmente sobre o Tribunal de Cristo, evento também
identificado na escatologia bíblica como o Juízo Final. Será um período de
julgamento das nações, tanto dos povos em geral como de cada pessoa em
particular. A certeza desse acontecimento é claramente expressa nas Escrituras.
Chamamos
de “Tribunal de Cristo” a manifestação futura do juízo de Deus, o julgamento de
todos os povos e indivíduos, que ocorrerá no fim do mundo. Mas observemos que,
no caso de alguns indivíduos e nações, isto já é manifesto (cf. 1 Tm 5.24).
Abraão já chamava a Deus de “o Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Assim são
exemplos de casos particulares: Caim (Gn 4.10-12), Nabucodonosor (Dn 4.24-25) e
Belsazar (Dn 5.25-31); Ananias e Safira (At 5.3-5, 9) e Herodes (At 12.23). No
caso de povos ou nações, podemos destacar a destruição do mundo antigo pelo
dilúvio; os habitantes de Sodoma e Gomorra (Jd 7); os povos que foram
destruídos e expelidos da terra de Canaã por terem enchido a sua medida de
injustiça (Gn 15.16); em Jonas temos um acontecimento especial, pois, neste
particular os ninivitas pediram e alcançaram misericórdia, pois mudaram o seu
comportamento (Jn 1.1-2; 3.4-10; Pv 28.13); os próprios judeus que rejeitaram a
Cristo e ao Evangelho podem ser citados como um povo que encheu a medida de
iniquidade de seus pais, e por isso “a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim”
(Mt 23.32, 34-35; 1 Ts 2.15-16).
Queremos
agora destacar um julgamento final, total, a ser manifesto no tempo do fim, no
futuro, assim chamado de Tribunal de Cristo, e do qual os exemplos antigos são
para confirmação desta realidade futura. Este julgamento certamente virá – é a
afirmativa de Judas (Jd 14-15), e de Paulo (At 17.30-31). Diante desta
realidade, Félix estremeceu (At 24.24-25).
Quando
se dará o Tribunal de Cristo? A resposta é precisa pela simples análise das
palavras de Jesus. Por exemplo: “Quando o Filho do homem vier em sua glória”
(Mt 25.31), que é o mesmo tempo referido como “na regeneração” (Mt 19.28). Ou
seja, mais precisamente, no fim do mundo, na vinda de Jesus (Ap 20.11; 22.12).
Ou também no chamado “Dia do Senhor”; ou, ainda, após a morte e ressurreição
(Hb 9.27; Dn 12.1-3). Esse tempo é ensinado pelas epístolas e exemplificado
pelas parábolas. Pelos apóstolos, temos exemplos em 2 Tm 4.1, 8 e 2 Pe 3.10-12.
Quanto às parábolas, são figuras claras a dos mordomos (Mt 24.29-51) e a dos talentos
(Mt 25.19- 30).
Certamente
o juízo é de Deus, através de Seu Filho Jesus, a quem foi delegado o poder de
julgar a todos (Jo 5.22-29; Ap 6.16-17; 14.7; At 10.42). Faz parte da exaltação
de Cristo, depois de Sua conquista no Calvário, receber do Pai toda a
autoridade e poder para julgar. Por isso é chamado de Tribunal “de Cristo”,
pois as obras de todos serão examinadas perante o Filho de Deus (2 Co 5.10).
Indubitavelmente,
todas as pessoas serão julgadas nesse tribunal – os santos remidos por Cristo e
os que rejeitaram o evangelho. Não há acepção de pessoas. Todos serão julgados,
tanto vivos como mortos (2 Tm 4.1); inclusive os anjos (2 Pe 2.1-9). Vide ainda
Rm 14.10- 12; Ap 20.10-15. Outra vez, as parábolas mostram em figuras: a
colheita do trigo e do joio, e a da rede de pescar (Mt 13.40-43, 47-50).
As
Escrituras nos ensinam o temor que se deve a Deus (Rm 2.1-3; Ec 12.13-14).
Somos advertidos a não julgarmos o nosso irmão (Tg 5.9) – isto pertence a Deus.
A nossa medida será um referencial (Mt 7.2). Nada poderá se esconder daquele
que tem olhos como chama de fogo (Ap 2.18-19; Hb 4.12-13). Tudo será analisado
(Is 28.17). De tudo se pedirá conta, até das palavras ociosas que saírem de
nossas bocas (Mt 12.36). Não devemos endurecer nossos corações. Não escaparemos
ao aviso de Deus (Rm 2.5). É necessário buscar condições para alcançar
misericórdia (Rm 8.1; Hb 4.16). Deus é justo e bom; se vivermos guardando a fé
e o testemunho n’Ele, não seremos confundidos. O tribunal de Cristo é como fogo
ou luz que queima as impurezas ou revela o que está em trevas (Mt 3.10-12; 2 Ts
1.4-9; Ef 5.13). Portanto, as obras feitas por impulso carnal e para ostentação
da carne não suportarão o calor do fogo de Deus – por mais bonitas que sejam,
serão desaprovadas (1 Co 3.10-13).
A
maior lição que aprendemos sobre o Tribunal de Cristo consiste na necessidade
de atentarmos diligentemente para a nossa responsabilidade perante o Senhor
nosso Deus. Deus não terá o culpado por inocente, mas também não condenará o
justo com o ímpio.
Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2018
ESCATOLOGIA
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
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