Quando se
trata deste assunto sempre vem à tona a ideia de um sistema religioso afastado
do Criador ou de sua essência básica, mas, na verdade, não é só esta
instituição religiosa que pode e deve ser enquadrada como Babilônia e sim toda
a humanidade desviada de Deus.
Sucedendo
ainda o encadeamento de acontecimentos no abrir do derradeiro livro da Bíblia
de forma sistemática, uma das mulheres descritas nele é a igreja, a esposa do
Cordeiro, representada no capítulo 12.
Há outra
mulher mencionada neste livro, e, é a humanidade desviada dEle. Uma dessas
peculiaridades é a comparação com uma mulher prostituta, pois se desencaminhou
da orientação do seu Senhor, e, entendendo que o desvio humano está presente desde
os relatos do Gênesis até o Apocalipse, conclui-se que ela já existe desde o
princípio, não havendo nada de novo. Mostra uma relação íntima entre ela e a
besta, obviamente, que é o sistema de poder unificado deste mundo, e, ainda
mais, sustentado e apoiado pelo dragão.
Outro
pormenor relevante descrito é que ela estava embriagada com o sangue dos santos
e das testemunhas de Jesus, como no caso das arenas romanas e inquisições, nas
quais muitos cristãos foram mortos, e na verdade, em todo o tempo a igreja de
Deus foi perseguida.
O apóstolo
se admira e o anjo lhe disse que lhe mostraria o segredo da mulher e da besta
que a traz. Os sete montes, que são os impérios mundiais, que sempre
perseguiram e continuarão o povo de Deus, sendo salutar essa lembrança,
determinados pelo próprio Altíssimo que já desde o Egito perseguiu os
israelitas. Os impérios mundiais da Assíria, o império Babilônico dominando
Judá, Medo-Persa, Grego, Romano e o governo unificado atual.
Em síntese, de maneira bem simples e retornando à antiga Babel explicada
no primeiro livro da Bíblia, Babilônia também significa confusão e rebelião contra
Deus. É imprescindível ressaltar que ela é apoiada pelos impérios mundiais. Não
é só uma instituição que se desviou dos princípios bíblicos e sim, claramente,
toda a humanidade desviada, cabendo a cada um se julgar e analisar se é igreja
de Deus, parte da mulher vestida do sol, ou, então, caso contrário, infelizmente,
será Babilônia (Ap 17.15).
A besta é
um retalho, com domínios mundiais que existiram, outros deixaram de existir e
ainda outros que voltariam a emergir. Entretanto, são esses próprios chifres que
a queimarão no fogo, isto é, esses poderes globais irão destruir a própria
Babilônia. Os próprios governantes que oprimem o povo, matando-os, pois buscam
os seus próprios interesses em detrimento ao interesse público (Ap 17.16).
Como bem doutrina a Palavra, se amarmos o
mundo e o que nele há, o amor do Pai não estará em nós. O mundo passa juntamente
com a sua cobiça, mas quem estiver/está em Deus permanece para sempre (1Jo
2.15-17).
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