quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A Babilônia.




Quando se trata deste assunto sempre vem à tona a ideia de um sistema religioso afastado do Criador ou de sua essência básica, mas, na verdade, não é só esta instituição religiosa que pode e deve ser enquadrada como Babilônia e sim toda a humanidade desviada de Deus. 

Sucedendo ainda o encadeamento de acontecimentos no abrir do derradeiro livro da Bíblia de forma sistemática, uma das mulheres descritas nele é a igreja, a esposa do Cordeiro, representada no capítulo 12.

Há outra mulher mencionada neste livro, e, é a humanidade desviada dEle. Uma dessas peculiaridades é a comparação com uma mulher prostituta, pois se desencaminhou da orientação do seu Senhor, e, entendendo que o desvio humano está presente desde os relatos do Gênesis até o Apocalipse, conclui-se que ela já existe desde o princípio, não havendo nada de novo. Mostra uma relação íntima entre ela e a besta, obviamente, que é o sistema de poder unificado deste mundo, e, ainda mais, sustentado e apoiado pelo dragão.

Outro pormenor relevante descrito é que ela estava embriagada com o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus, como no caso das arenas romanas e inquisições, nas quais muitos cristãos foram mortos, e na verdade, em todo o tempo a igreja de Deus foi perseguida.

O apóstolo se admira e o anjo lhe disse que lhe mostraria o segredo da mulher e da besta que a traz. Os sete montes, que são os impérios mundiais, que sempre perseguiram e continuarão o povo de Deus, sendo salutar essa lembrança, determinados pelo próprio Altíssimo que já desde o Egito perseguiu os israelitas. Os impérios mundiais da Assíria, o império Babilônico dominando Judá, Medo-Persa, Grego, Romano e o governo unificado atual.

Em síntese, de maneira bem simples e retornando à antiga Babel explicada no primeiro livro da Bíblia, Babilônia também significa confusão e rebelião contra Deus. É imprescindível ressaltar que ela é apoiada pelos impérios mundiais. Não é só uma instituição que se desviou dos princípios bíblicos e sim, claramente, toda a humanidade desviada, cabendo a cada um se julgar e analisar se é igreja de Deus, parte da mulher vestida do sol, ou, então, caso contrário, infelizmente, será Babilônia (Ap 17.15).


A besta é um retalho, com domínios mundiais que existiram, outros deixaram de existir e ainda outros que voltariam a emergir. Entretanto, são esses próprios chifres que a queimarão no fogo, isto é, esses poderes globais irão destruir a própria Babilônia. Os próprios governantes que oprimem o povo, matando-os, pois buscam os seus próprios interesses em detrimento ao interesse público (Ap 17.16).

       Como bem doutrina a Palavra, se amarmos o mundo e o que nele há, o amor do Pai não estará em nós. O mundo passa juntamente com a sua cobiça, mas quem estiver/está em Deus permanece para sempre (1Jo 2.15-17).


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