Ao se tocar a sétima trombeta, dá-se seguimento a uma sequência de
eventos: no capítulo 13, duas bestas aparecem no livro do Apocalipse; uma que subiu
do mar e a outra que subiu da terra. Bem, o que é isso?
O apóstolo
João estando na areia de um mar, viu subir de lá uma besta. Ela tinha sete
cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres dez diademas, e, sobre as cabeças um
nome de blasfêmia.
Ela era
semelhante ao leopardo, e os pés, como de urso, e a sua boca como de leão, fazendo
referência a uma junção de restos dos reinos mundiais do passado: o caldeu,
medo-persa, o grego e o romano. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono, e
grande poderio.
Esta besta
é a junção de todas as culturas e poderes dos reinos deste mundo que
conduzidos/seduzidos pelo dragão a serem todos concordes em oposição a Deus,
caracterizado pela unificação através da religiosidade comum (ecumenismo), pela
mesma moeda, língua, enfim, um governo único.
Notemos
que eles são contra Deus e blasfemam do seu nome, proferem blasfêmias contra o
Senhor e foi permitido a ela fazer guerra aos santos e os vencerem,
significando uma oposição declarada aos que são de Deus na terra (Ap 13.1-10).
A segunda besta, a que João viu
subindo da terra, tinha em sua descrição, dois chifres semelhantes aos de um
cordeiro; e falava como o dragão. Ela exerce todo o poder da primeira besta na
sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta,
sendo ela o falso profeta, uma clara alusão à religião vinculada por interesses
diversos, ao poder político, seguidor do dragão (Ap 13.11-12).
A Bíblia
relata como exemplo a associação dos magos com o faraó do Egito, os sábios de Babilônia
com o seu rei, os profetas que comiam da mesa de Jezabel, no tempo do rei Acabe
e matavam os profetas do Altíssimo, etc.
Todas essas
referências bíblicas são exemplos de falsos religiosos que se associam ao poder
político. Ensinam o que interessa ao sistema dominante – por isso são falsos
profetas e atuam junto à outra besta, os reinos deste mundo, e o dragão lhe dá
poder, pois são contra o Eterno.
É na configuração de uma besta que Deus vê os reinos deste
mundo, apesar de muitos os acharem maravilhosos nesta aparente ascensão. O
Senhor Deus os vê de maneira decadente como relatou
a Daniel através do sonho da estátua de Nabucodonosor, e, apesar de todo
o avanço da ciência, o Altíssimo compara o reino final deste mundo a barro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário