quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

As bestas do Apocalipse.




Ao se tocar a sétima trombeta, dá-se seguimento a uma sequência de eventos: no capítulo 13, duas bestas aparecem no livro do Apocalipse; uma que subiu do mar e a outra que subiu da terra. Bem, o que é isso?

O apóstolo João estando na areia de um mar, viu subir de lá uma besta. Ela tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres dez diademas, e, sobre as cabeças um nome de blasfêmia.

Ela era semelhante ao leopardo, e os pés, como de urso, e a sua boca como de leão, fazendo referência a uma junção de restos dos reinos mundiais do passado: o caldeu, medo-persa, o grego e o romano. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono, e grande poderio.

Esta besta é a junção de todas as culturas e poderes dos reinos deste mundo que conduzidos/seduzidos pelo dragão a serem todos concordes em oposição a Deus, caracterizado pela unificação através da religiosidade comum (ecumenismo), pela mesma moeda, língua, enfim, um governo único.

Notemos que eles são contra Deus e blasfemam do seu nome, proferem blasfêmias contra o Senhor e foi permitido a ela fazer guerra aos santos e os vencerem, significando uma oposição declarada aos que são de Deus na terra (Ap 13.1-10).

A segunda besta, a que João viu subindo da terra, tinha em sua descrição, dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. Ela exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, sendo ela o falso profeta, uma clara alusão à religião vinculada por interesses diversos, ao poder político, seguidor do dragão (Ap 13.11-12).

A Bíblia relata como exemplo a associação dos magos com o faraó do Egito, os sábios de Babilônia com o seu rei, os profetas que comiam da mesa de Jezabel, no tempo do rei Acabe e matavam os profetas do Altíssimo, etc.

Todas essas referências bíblicas são exemplos de falsos religiosos que se associam ao poder político. Ensinam o que interessa ao sistema dominante – por isso são falsos profetas e atuam junto à outra besta, os reinos deste mundo, e o dragão lhe dá poder, pois são contra o Eterno.

É na configuração de uma besta que Deus vê os reinos deste mundo, apesar de muitos os acharem maravilhosos nesta aparente ascensão. O Senhor Deus os vê de maneira decadente como relatou a Daniel através do sonho da estátua de Nabucodonosor, e, apesar de todo o avanço da ciência, o Altíssimo compara o reino final deste mundo a barro.



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