Seguindo
na primeira parte do estudo da carta, a respeito da revelação de Deus, o
apóstolo Paulo explana um pouco mais o assunto. Todo o controle do corpo humano
provém da cabeça. A igreja como um corpo vivo também tem uma cabeça de onde
provém o Espírito que lhe dá vida. Para se conhecer as maravilhas de Deus é
preciso estar ligado a esta cabeça para que o Espírito flua e as revele. Daí
então a motivação de Paulo a orar pelos irmãos de Éfeso.
Paulo
na prisão tem conhecimento da vida piedosa dos cristãos de Éfeso. Era um grupo
de irmãos cheios de fé, e não somente isso – exercitavam esta fé, pelo amor,
entre os demais. Isso fez com que Paulo em seu momento de oração se lembrasse
deles e se regozijasse em Deus com ação de graças. E é uma oração digna de ser
imitada, pois, quando comparecemos diante de Deus, devemos fazê-lo também com
ação de graças pelas experiências dos irmãos, e pedir para que eles sejam
também abundantes nessa vida piedosa.
A
prática de orar uns pelos outros é uma recomendação bíblica e uma experiência
extraordinária. A resposta a essas orações é sempre através de uma instrução do
Espírito Santo que nos faz entender profundas verdades de Deus, e que nos levam
à adoração verdadeira. Se todos os cristãos assim o fizessem, não só aumentaria
o tempo, mas também a qualidade da adoração com ação de graças.
Paulo
faz somente um pedido a Deus pelos irmãos – que lhes fosse dado no conhecimento
o espírito de sabedoria e revelação. Ora, Cristo Jesus é a fonte de toda a
sabedoria de Deus (Rm 11.33; Cl 2.2, 3), e o desejo de Paulo era que Deus
impregnasse o conhecimento, que eles já possuíam, de sabedoria e revelação dada
pelo Espírito Santo. Com isso o entendimento seria renovado. Observemos também
o modelo de oração: pedido dirigido a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Não é dirigida ao Espírito Santo, nem diretamente a Jesus Cristo, mas através
de Cristo a Deus e que a resposta da oração chega ao cristão pelo Espírito
Santo.
O
mundo ganha o cristão pelos sentidos e paixões (1 Jo 2.15, 16); Cristo, pelo
entendimento. Por isso Paulo ora, não por riquezas, não por livramento de
perseguições, não por honras ou prazeres terrenos; mas por iluminação do
entendimento e aumento do conhecimento de Deus (Os 6.3).
O
conhecimento de Deus é existente entre os irmãos na atualidade, contudo, na
maior parte, ainda é superficial. Assim como a oração de Paulo era para que o
conhecimento dos irmãos da igreja de Éfeso fosse atingido pelo “espírito de
sabedoria e revelação”, o mesmo ensino hoje deve perdurar. Isso quer dizer uma
ação mais contundente do Espírito de Deus no espírito do homem, de acordo com o
que Paulo ensina em 1 Co 2.4-16.
Quando
o Espírito de Deus atinge o entendimento do homem, este entendimento passa a
ser iluminado. Os olhos do “vosso coração”, segundo Paulo, passam a enxergar
com mais claridade a esperança da vocação e também as riquezas de Deus, e há
uma maior compreensão de como é a operação da força desse poder.
Esta
força de poder foi com a qual Deus ressuscitou a Cristo dentre os mortos e O
fez assentar-se à Sua direita nos céus. Paulo usa a expressão “acima de todo o
principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não
só neste século, mas também no vindouro” – que suprema grandeza da força desse
poder! E essa mesma força de poder está atuando na igreja. Todas as demais
coisas estão debaixo de seus pés. Cristo foi colocado pelo Pai acima de tudo e
de todos após a Sua ressurreição, ou seja, após ter vencido a morte (1 Cor
15.24-28). Ele foi colocado como cabeça da igreja, é dEle que emana todo o
poder controlador do corpo que é a igreja e nós, como membros, precisamos ser
movidos pelo Seu Espírito, que indica que estamos unidos ao corpo. Assim como o
homem natural é movido pelo seu próprio espírito, o homem espiritual o é pelo
Espírito de Cristo.
A
operação de Cristo através do Seu Espírito é muito maravilhosa, e está oculta
aos olhos carnais. Existem muitos que, apesar de participarem há anos de uma
igreja, não alcançaram tal entendimento. Esta era a preocupação de Paulo com a
igreja de Éfeso – eles não deveriam estacionar a vida espiritual, mas o que
eles já tinham precisava ser ainda desenvolvido. Por isso a necessidade da
oração, porque a oração nos mantêm cheios do Espírito Santo, portanto, ligados
a Cristo.
* Texto cedido por: EBD – 3º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“CARTA AOS EFÉSIOS”
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