Na
aula anterior aprendemos sobre os ensinamentos de Jesus e os seus principais
temas. Nesta lição, vamos estudar Jesus, defendendo uma comunhão legítima com
Deus e uma espiritualidade profunda e do outro lado, os fariseus, defendendo
suas tradições e uma religiosidade morta. Os fariseus se opunham com muita
veemência ao ministério de Cristo e aos seus ensinamentos. No entanto, o Mestre
nunca deixou de confrontá-los com a verdade e, com isso, revelou muitos
princípios importantíssimos para nosso relacionamento com Deus.
A
“cadeira de Moisés” representava a autoridade confiada aos escribas e fariseus
pelo ensino da Lei. A influência desta autoridade religiosa sobre os judeus
naquela época era extremamente forte, por isso, o confronto entre eles e Jesus
foi inevitável. Jesus confrontou diretamente as interpretações distorcidas da
Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas, as tradições. O
ministério de ensino dos fariseus pode ser bem definido pelo ditado popular:
“Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Impunham maior rigor sobre
seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, mais do que sobre eles mesmos.
Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente e não com
temor de Deus (Mateus 16:6-12; Mt 15.1-3, 7-11, 17-20).
A
hipocrisia religiosa expressa amplamente por estes líderes acabava servindo de
pedra de tropeço para o povo comum, pois estes não observavam naqueles a
prática fiel dos seus ensinamentos. A hipocrisia e a opressão promovida pela
liderança religiosa sobrecarregava até as almas mais sinceras com cargas morais
insuportáveis e impraticáveis. O Mestre não fez qualquer exortação acerca da
idolatria comum. Em contra partida, naquela época, a hipocrisia religiosa e a
avareza representavam grande empecilho no relacionamento entre o Senhor e o seu
povo. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus foi
substituída por um orgulho derivado de uma religiosidade de boa aparência
externa destituída de genuína virtude interior. (Lc 16. 13-18; Jo 9.26-34; Mt
3.9; Jo 8.31-37)
Um
dos aspectos principais da hipocrisia religiosa dos escribas e fariseus
combatido por Jesus Cristo era o amor que eles tinham pelo louvor dos homens.
Toda religiosidade dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à
volta deles e obter reconhecimento. O orgulho religioso era constantemente
nutrido pelos elogios, pela honra dos primeiros lugares nas ceias e nas
sinagogas, e pelos títulos de Rabi e Pai. Os escribas e fariseus se
consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores,
por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência. (Mt
6:1-7, 16-18; Jo 5. 39-47; Jo 12. 42,43)
Sendo
assim, nosso verdadeiro Mestre e Pai da Eternidade confronta o mau uso dos
títulos e posições de liderança a fim estabelecer uma fraternidade genuína
marcada pelo humilde desejo de servir ao próximo. O amor a proeminência sempre
resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao
próximo resultará em serviço humilde. Nosso Mestre é o modelo perfeito de
liderança baseada no amor e focada no serviço ao próximo (Jo 13. 12-17; Lc
22.24-27).
A
mentalidade religiosa vigente naquela época demandava um severo confronto por
parte de Cristo em virtude de todos os transtornos que ela causava com pretexto
de piedade. As deturpações doutrinárias promovidas pelos líderes religiosos
eram extremamente graves e nocivas ao ponto de se constituírem muros de
separação entre os israelitas e o Senhor, invés de servirem como ponte para
ligar ambos. O conhecimento e a posição influente acabaram servindo como meios
para: explorar as viúvas ingênuas; promover juramentos destituídos de real
significado; difundir a prática de dizimar divorciada da piedade; zelar por
aparência de piedade e negligenciar a pureza interior, etc. (Jo 9.13-17; Jo 5. 16-18; Jo 10.25-31)
Este
quadro religioso caótico era responsável por privar os judeus de um verdadeiro
relacionamento com Deus, bem como endurecer os seus corações para a verdade. O
povo judeu continuamente apresentou-se, em relação ao chamado de Deus, como um
povo rebelde e contradizente, contudo, esta postura nunca anulou o grande amor
de Deus por seu povo, ensinando-os e admoestandos-os (Mt 5.20-48).
Jesus
confrontou os equívocos teológicos dos seus contemporâneos por zelar
amorosamente pela verdade. Atualmente, o movimento ecumênico rotula tal
confronto como uma prática preconceituosa e intolerante. Nós, porém, somos
convictos acerca do poder da verdade bíblica para promover a verdadeira
reconciliação entre Deus e a humanidade caída, portanto, não paremos de falar a
verdade com amor na esperança de que muitos sejam libertos dos enganos das
falsas religiões e, assim, alcancem a salvação em Cristo Jesus.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”
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