quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Jesus prepara seus discípulos para sua ascensão.





Na lição anterior, examinamos as Escrituras Sagradas a fim de compreendermos os propósitos para os muitos milagres operados por Jesus Cristo. Nesta lição, vamos estudar as Escrituras Sagradas com o objetivo de compreendermos as instruções dadas por Cristo aos Seus discípulos no intuito de prepara-los para a Sua morte, ressurreição e ascensão. Toda essa preparação destacava que a morte de Cristo era parte do plano de Deus, e não resultado final da conspiração dos judeus e dos romanos. Jesus, como estava plenamente consciente dos fatos finais do Seu ministério, preocupou-se em preparar os Seus discípulos para não serem surpreendidos nem desapontados. Estas instruções preparativas são repletas de princípios relevantes para a nossa fé hoje, portanto, vamos aprendê-los e sermos edificados.

Jesus, tendo em vista a necessidade de os Seus discípulos O sucederem na expansão do Seu Reino, certificou-se acerca da convicção alcançada por eles com relação à Sua identidade e ao Seu propósito. Eles jamais seriam bem-sucedidos na obra de expansão do Reino sem uma inabalável convicção sobre a identidade e o propósito do Cristo. O que nos chama a atenção neste texto em análise é o destaque dado por Jesus à revelação concedida pelo Pai a Pedro e aos Seus escolhidos, que estabelece um fundamento sólido e inabalável capaz de resistir firmemente a todo ataque do maligno e, ainda, avançar conquistando o território inimigo. A divina revelação estabelece em nossos corações o testemunho eficaz sobre a realidade de Cristo Jesus. Com base nessa revelação concedida a Pedro e aos demais apóstolos, o Senhor lhes prometeu entregar a “chave do Reino dos céus”, a qual nada mais é que o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus e o livre acesso ao trono de Deus pela fé no sangue de Jesus (Jo 14. 15-23; Mt 18.18 e 23.13; Jo 20.23). Outrora, separados de Deus em razão dos nossos pecados, estávamos em trevas e sombras de morte, mas, agora, como novas criaturas regeneradas por Cristo, podemos conhecer a Sua vontade a fim de realiza-la aqui na terra como ela é feita no céu (Jo 14.13, 14; 15.16; Rm 12.1, 2). Essa revelação e a conexão com Deus por meio da oração compõem a força motriz essencial para o avanço da Igreja rumo ao seu triunfo final, por isso, o Mestre jamais poderia deixar de compartilhar essas verdades com os Seus discípulos antes de partir.

Para Jesus, preparar os Seus discípulos para a Sua morte certamente foi uma das Suas tarefas mais difíceis. O motivo da dificuldade desta tarefa estava ligado à mentalidade vigente em Seus discípulos e a expectativa equivocada que eles tinham em relação ao Messias de Deus. Eles esperavam do Messias o uso da força militar para libertar Israel do jugo estrangeiro e dos seus infortúnios. No entanto, a libertação trazida por Cristo não tinha caráter político-econômico, mas sim espiritual, pois o jugo do pecado e do diabo sobre os israelitas eram os verdadeiros responsáveis pela escravidão deles. Pode parecer contraditório, no entanto, o fato é que a vitória de Cristo sobre os Seus inimigos seria consumada somente com a Sua própria morte. Enquanto os grandes imperadores do mundo lutavam para aniquilar seus adversários no campo de batalha, o nosso Rei Jesus triunfou na cruz sobre os Seus inimigos e os expôs publicamente (Mt 16.21; Cl 2.13-15; 1 Co 1.21-24). Era inconcebível para Pedro a ideia de Jesus morrer, pois ele provavelmente enxergava na Sua morte a interrupção da Sua obra, porém, era justamente na morte e ressurreição de Cristo que se encontrava o ápice e consumação da Sua grande obra (1 Jo 2.1, 2; Rm 3.21-26). É interessante notar a abrupta oscilação espiritual experimentada por Pedro, pois num minuto ele recebeu a tremenda revelação sobre a identidade e o propósito de Cristo e, logo em seguida, ele deu lugar para Satanás ao se opor à necessidade de Jesus morrer (Mt 16.20-23). Precisamos ser vigilantes em todo o tempo porque somos suscetíveis a esta mesma horrível oscilação espiritual.

Era muito perturbador para os discípulos, após tudo o que aprenderam e todos sinais vistos por eles, pensar na ausência do Filho de Deus. Ora, e não só isso, os discípulos nunca haviam experimentado um amor mais puro e incondicional do que o de Jesus, portanto, a ausência d’Ele representava também a privação do Seu magnífico bem (Mt 9.14, 15; Lc 5.33-35). A fim de pacificar os corações atordoados dos Seus amados discípulos, Jesus os instruiu acerca do sublime propósito da Sua ascensão: preparar as moradas celestiais para os Seus escolhidos e enviar o Consolador, conforme citado nos textos bíblicos acima. A obra principal de Jesus tem por foco a redenção eterna do Seu povo e não a garantia de comodidades terrenas, como alguns equivocadamente pensam. Por enquanto, é um grande mistério como Jesus está preparando as moradas celestiais, todavia, confiamos em Sua fidelidade para cumprir as Suas promessas (Jo 14.1-3). O Consolador seria enviado somente após a ascensão de Cristo para ser o ajudador em tempo integral dos Seus discípulos. Jesus, segundo a Sua bondade, assegura aos Seus discípulos a fiel companhia do Consolador, cujo objetivo era assisti-los ao longo de toda a peregrinação (Jo 7.38, 39; Jo 14.16-18; 16.7-15). Ainda contamos com a presença do Consolador para nos conduzir com segurança ao triunfo final da Igreja na terra.


Era de suma importância que Jesus preparasse os Seus discípulos para a Sua morte, ressurreição e ascensão para eles crerem n’Ele quando tudo fosse cumprido, bem como para eles não serem surpreendidos ou desapontados. Jesus estava preparando os Seus discípulos para os eventos que transformariam radicalmente o mundo para sempre.




* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”

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