Na
lição anterior estudamos sobre a agonia de Jesus no Getsêmani e o seu injusto
julgamento. Nesta lição, vamos examinar as Escrituras Sagradas para conhecermos
os registros sobre a crucificação de Cristo. A crucificação era a pena capital
aplicada pelo Império Romano somente para os criminosos mais cruéis; e na Lei
era “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”, no entanto, o inocente
Cordeiro de Deus foi submetido a esta horrenda pena.
Saindo
Jesus levando a cruz para o calvário, três dos evangelistas narram que, constrangeram um certo Simão, cireneu, a
carregar a cruz. O translado de Jesus até o lugar da execução foi acompanhado
de uma multidão e havia um número de mulheres que lamentavam dramaticamente a
condenação d’Ele. Jesus as aconselhou a não se lamentarem por Ele, mas sim por
elas mesmas e por seus descendentes, prenunciando Ele os dias difíceis que
viriam e em que elas iriam dizer: “Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres
que não geraram, e os peitos que não amamentaram!”. A rejeição ao Messias por
grande parte dos judeus acarretaria o severo juízo de Deus sobre esse povo
rebelde e incrédulo (Lc 21.20-24).
Ao
chegarem ao Monte Caveira, vários procedimentos se executam segundo o que já
nas Escrituras se previa para testemunho e são eles: deram-lhe fel para beber,
repartiram suas vestes e lançaram sorte sobre sua túnica, rodearam lhe com
provocações e zombarias, deram-lhe vinagre na sua sede, levantaram a Ele
crucificado tendo um malfeitor a sua direita e outro a sua esquerda,
traspassaram-lhe com cravos e uma lança, mas não lhe quebraram osso algum (Jo
19.17-24, 30-34; Sl 22.1, 7-8, 11-13 e 16-18; Mt 27.33,34,45-48; Sl 69.21).
Também são testemunhos os sinais da natureza e a declaração favorável por Jesus
como: “E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as
coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente,
este era o Filho de Deus” (Mt 27.50-51). Com o corpo dilacerado pelos
ferimentos, o piedoso Salvador roga ao Pai o perdão para os seus cruéis
algozes, não revidou com injúrias ou maldições. Comumente, os condenados à
crucificação injuriavam seus algozes até o último fôlego, tal era o sofrimento
provocado pela cruz. No entanto, nosso Salvador portou-se como uma ovelha muda
levada ao matadouro (1Pe 2.21b-25).
Afinal
qual a razão de todo esse indescritível sofrimento? Segue-se a resposta: Jesus,
pendurado no maldito madeiro, levou sobre si os nossos pecados a fim de nos
conceder a sua justiça mediante a fé (Rm 3.21-26); Jesus, pendurado no maldito
madeiro, se fez maldito por nós para sermos resgatados da maldição da Lei (Gl
3.13-14); Jesus, pendurado no maldito madeiro, morreu a nossa morte para
podermos viver a sua vida (Rm 6.5-11); Jesus, pendurado no maldito madeiro,
experimentou a separação do Pai, para sermos eternamente reconciliados com Ele
(2Co 5.14-19). Jesus recebeu na cruz do Calvário o salário dos nossos pecados
para nos conceder gratuitamente o dom da vida eterna (Rm 6.23).
Simultaneamente,
na cruz de Cristo temos a revelação da severidade e da bondade de Deus. A
severidade de Deus é demonstrada pelo alto preço pago por Cristo a fim de nos
redimir de todos os nossos pecados. Nosso pecado foi severamente tratado sobre
o corpo de Cristo em função da gravidade com que ele se apresenta ante os
santos olhos de Deus. Agora, a bondade de Deus é demonstrada na cruz de Cristo
porque aprouve a Ele nos amar de tal maneira que se dispôs a enviar seu
Primogênito a fim de nos salvar dos nossos pecados (Jo 3.13-18).
Os
corpos dos criminosos crucificados geralmente eram deixados pendurados e,
depois, lançados em uma sepultura comum, entretanto, no caso, sendo véspera do
sábado e grande dia da Páscoa, os judeus foram e pediram a Pilatos que se
abreviasse a morte dos condenados. Assim foram quebradas as pernas dos dois ao
lado de Jesus, mas este já estava morto e para se confirmar traspassaram-lhe
com uma lança (Jo 19.31-37). José de
Arimatéia e Nicodemos encarregaram-se de assegurar um sepultamento digno para o
Salvador. Visto que José era um homem rico e influente, ele foi até Pilatos
solicitar o corpo de Jesus para ser sepultado em seu sepulcro escavado na penha, onde ninguém
ainda havia sido sepultado. Nicodemos utilizou quase cem libras de um composto
de mirra e aloés para preparar o corpo do Salvador para o seu sepultamento,
conforme o costume dos judeus (Jo 19.38-42).
Por outro lado os principais do povo em sua obstinação puseram guardas
no sepulcro e selaram a pedra (Mt 27.62-66).
Compreender
a crucificação de Cristo nos oferece o entendimento claro da sua identidade
como “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, bem como o entendimento
de toda herança de vida concedida por Ele aos seus escolhidos. A plenitude da
vida cristã será vivenciada somente por quem compreender o glorioso mistério da
cruz de Cristo.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”
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