Na
lição anterior, estudamos o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário como o
meio proposto por Deus para a salvação do mundo. Hoje vamos aprender sobre a
ressurreição de Cristo dentre os mortos e suas implicações doutrinárias e
práticas para a vida cristã. A ressurreição de Cristo é o grande testemunho de
aprovação e aceitação do Seu sacrifício na cruz. Portanto, crer na ressurreição
de Cristo é assunto fundamental para a verdadeira fé cristã.
No
primeiro dia da semana, muito de madrugada, houvera um grande terremoto,
provocado por um anjo do Senhor no momento em que ele removeu a pedra do
sepulcro de Jesus. A aparência reluzente do anjo causou grande espanto aos
soldados responsáveis pela guarda do sepulcro. Mas o anjo dirigiu-se às
mulheres, Maria Madalena, Joana, e Maria, mãe de Tiago, para consolá-las com
estas palavras: “Não tenhais medo; pois eu sei que buscai a Jesus, o foi
crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e
vede o lugar onde o Senhor jazia”. Então, elas receberam orientação do anjo
para anunciarem aos demais discípulos a ressurreição do Salvador e, ao saírem
apressadamente para avisá-los, elas foram surpreendidas por Ele; maravilhadas
com o Salvador ressurreto, elas abraçaram os Seus pés e O adoraram (Lc 24.9-12;
Rm 1.1-4). Em seguida, os guardas que presenciaram estes fatos foram à cidade e
anunciaram tudo aos príncipes dos sacerdotes. Estes e os anciãos se reuniram
para tomar conselho acerca de como lidar com esta situação dramática. Eles
decidiram subornar os soldados para ocultarem a verdade da ressurreição de
Cristo e propagarem a mentira de que o corpo de Cristo havia sido roubado por
Seus discípulos enquanto os guardas dormiam. Esta mentira contada pelos guardas
perdura até hoje entre os judeus. Com isso, vemos o nível de cegueira
espiritual presente nos sacerdotes, pois, mesmo com o testemunho dos guardas
sobre a ressurreição de Cristo, preferiram negar o fato (Jo 12.37-43).
Chegada a tarde do dia da ressurreição de
Cristo, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham
escondido, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: “Paz seja convosco!”
Para confirmar Sua identidade, Jesus lhes mostrou as marcas em Suas mãos e em
Seu lado direito, o que, vendo os discípulos, se alegraram muito (Jo 20.11-18;
Lc 24.13-35; Jo 20.19-29). Contudo, Tomé, um dos doze, não estava presente
quando Jesus se manifestou aos Seus discípulos; ao tomar conhecimento da
manifestação de Cristo aos demais discípulos, ele duvidou de que estivessem
falando a verdade; por isso exigiu provas convincentes sobre este negócio. E,
oito dias depois, chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no
meio, e disse novamente: “Paz seja convosco!” Então imediatamente se dirigiu a
Tomé para dar-lhe as provas da Sua ressurreição. Tomé, tomado de grande temor,
reconheceu que o Salvador realmente havia ressuscitado. Jesus, nosso bom
Mestre, aproveita o ensejo para nos deixar uma importantíssima lição: são
bem-aventurados aqueles que creem sem ver. Enquanto Tomé precisou de provas
materiais para crer na ressurreição de Cristo, todas as gerações subsequentes
creram apenas por meio do testemunho sobrenatural do Espírito Santo (1 Pe
1.3-9). Jesus operou diante dos Seus discípulos muitos outros sinais, os quais
não foram registrados nas Sagradas Escrituras. No entanto, todos os sinais ali
registrados são mais do que suficientes para crermos que Ele é verdadeiramente
o Filho do Deus Vivo, o Salvador do mundo. Depois disso, manifestou-se Jesus
outra vez aos discípulos, junto ao mar de Tiberíades, onde Ele operou novamente
uma pesca maravilhosa e comeu peixe junto dos Seus discípulos para provar mais
uma vez a Sua ressurreição. E, depois de terem jantado, Jesus aproveitou para
restaurar completamente a Sua comunhão com Pedro, o qual havia negado o Mestre
três vezes quando Ele foi preso pelos judeus. Desta forma, Jesus estende sua
misericórdia sobre Pedro e o reanima a prosseguir em frente, tendo cuidado das
ovelhas do Bom Pastor (Jo 21.15-19; 1 Co 15.1-8). 24
A
morte sempre foi um grande enigma para a humanidade desde os seus primórdios,
por não se saber o que vem depois dela. Em praticamente todas as diferentes
culturas, tanto ocidentais como orientais, o tema da morte é abordado pela
religião ou pela ciência com diferentes perspectivas. Contudo, Jesus é a única
pessoa com legítima autoridade para fornecer o esclarecimento sobre a realidade
da morte e o que virá após ela, porquanto Ele experimentou a morte e a
ressurreição como ninguém experimentou (1 Co 15.20). Ele é o Senhor da vida e
recebeu do Pai poder para ressuscitar todos aqueles que n’Ele creem. Uma das
promessas feita por Jesus aos Seus discípulos durante o Seu ministério terreno
foi a de ressuscitar Seus discípulos a fim de tomarem posse da redenção eterna
(Jo 5.28-29; 6.37-40; 11.25-27; 1 Co 15.45). Temos na ressurreição de Jesus
Cristo o fundamento para nossa esperança acerca da nossa própria ressurreição
no último dia (Ef 1.14-23; Rm 8.10,11). O apóstolo Paulo dedicou muitos dos
seus escritos a este importante tema, em função da sua centralidade na
construção da esperança da igreja. Duvidar da ressurreição de Cristo neutraliza
toda a relevância do Evangelho como meio de graça divina para redenção da
humanidade. A encarnação, o ministério, a morte, ressurreição e ascensão de
Jesus estão todos interligados para cumprir o mesmo propósito: a redenção dos
Seus eleitos (1 Ts 4.13-18; 1 Co 15.19-26).
Toda
a vida e obra de Jesus Cristo foi marcada notoriamente pelo sobrenatural; logo,
a Sua ressurreição não poderia ser diferente. A certeza da ressurreição de
Cristo garante a ressurreição dos Seus discípulos no último Dia. Portanto, a
nossa esperança no Senhor jamais será vã; antes, por certo terá a sua eterna
recompensa.
* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017
ASSEMBLÉIA DE DEUS
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”
Nenhum comentário:
Postar um comentário