sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

As últimas instruções e a ascensão de Jesus.






Na aula anterior buscamos compreender a ressurreição de Cristo e suas implicações doutrinárias e práticas. Nesta lição vamos estudar as últimas instruções de Jesus aos Seus discípulos e Sua maravilhosa ascensão ao céu. As últimas instruções de Jesus aos Seus discípulos são altamente relevantes, porquanto norteiam a influência da igreja sobre as nações. Já a Sua ascensão é a prova cabal da divindade de Cristo, bem como do Seu triunfo.

Após Jesus se manifestar para mais de quinhentas pessoas ao longo de quarenta dias após Sua ressurreição, agora chega o momento de voltar para o Pai. No entanto, antes de ascender ao céu, o Mestre compartilha com Seus discípulos instruções fundamentais para a propagação do Evangelho da graça a todos os povos e gerações. Os discípulos teriam que colocar em prática tudo o que haviam aprendido com o Mestre. Basicamente, as instruções do Mestre envolviam três assuntos principais: a confirmação das Escrituras no tocante a sua morte e ressurreição; a declaração da missão de evangelismo global; e o revestimento de poder do Espírito Santo para cumprir a missão. O Senhor abriu o entendimento dos Seus discípulos para compreenderem o que a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos profetizaram acerca da morte e ressurreição do Messias. Com base no cumprimento das profecias acerca de Cristo, os discípulos deveriam pregar o arrependimento e a remissão de pecados pela fé no Seu sangue em todas as nações, começando por Jerusalém. 

Esta missão só poderia ser cumprida pelos discípulos através do revestimento do poder do Espírito Santo. Logo, o Mestre conclui suas instruções enfatizando o indispensável revestimento de poder (At 1.4-8). Os primeiros discípulos atentaram para estas instruções e foram bem-sucedidos no cumprimento da tarefa de evangelizar sua própria geração. A igreja contemporânea necessita, urgentemente, de acatar estas instruções se quiser ser também bem-sucedida no cumprimento da tarefa de evangelizar esta nossa geração. A mensagem do Evangelho é de caráter absolutamente sobrenatural, portanto, deve ser anunciada de forma sobrenatural, segundo a eficácia do Espírito Santo (1 Co 2.1-5; 1 Ts 1.2-7).

Agora temos em vista o triunfante momento da ascensão de Jesus Cristo ao céu bem diante dos olhos dos Seus amados discípulos. Este evento jamais poderia ter acontecido de forma secreta por causa da grandeza da sua importância para o prosseguimento do testemunho do Evangelho. Para os discípulos, contemplar o Salvador com o corpo ressuscitado ascendendo ao céu significou a consumação do testemunho do Evangelho da graça de Deus e o marco para a espera pelo Seu regresso para buscar a Sua igreja (At 1.9-11; Mc 16.19, 20). 

A convicção dos discípulos acerca da identidade e do propósito de Jesus foi selada com este sobrenatural evento. Com isso, entendemos a determinação dos discípulos em testemunhar sobre o Evangelho a toda criatura, em todo lugar e em todo tempo; bem como a disposição deles para morrer pelo Evangelho (At 4.19-20; 5.29-32). A solidez da convicção dos primeiros discípulos foi o elemento chave para a saúde e o progresso contínuo da igreja em seus primeiros anos. Eles não conheciam Jesus meramente de ouvir falar ou por simplesmente ler a respeito d’Ele, pois foram marcados por experiências pessoais com o Salvador. O grau de conhecimento pessoal que possuímos do Salvador determinará o grau da nossa consagração a Ele, portanto, é preciso ter em mente o nosso contínuo progresso no conhecimento d’Ele (Os 6.1-3; Fp 3.8-11; 2 Pe 3.17-18).

Logo após Jesus ser elevado às alturas e ocultado aos olhos dos discípulos, estes foram exortados por dois anjos a fim de não permanecerem estáticos com olhos fitos no céu. Então, os discípulos se dirigiram a Jerusalém a fim de aguardarem o cumprimento da promessa de 26 revestimento de poder. Permaneceram no cenáculo orando e louvando a Deus até ao dia de Pentecostes, quando a tão desejada promessa foi poderosamente cumprida e todos os discípulos presentes no cenáculo foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At 2.1-13). A partir da descida do Espírito Santo sobre os primeiros discípulos começa o grande movimento de evangelização de todo o mundo. 

Capacitados pelo poder do Espírito Santo, os discípulos com muita ousadia e sabedoria propagaram as boas-novas de Salvação ao ponto de causarem tremendos alvoroços na sociedade daquela época (At 19.23). O poder do Espírito Santo foi o fator preponderante para o crescimento pujante e contínuo da igreja em seus primeiros anos. Por certo, este fator ainda é válido para a igreja contemporânea que leva a sério a sua missão de evangelizar o mundo (At 2.46-47; 4.4; 9.31).

As últimas instruções de Jesus aos Seus discípulos foram cruciais para nortearem o progresso da igreja no cumprimento da sua missão de evangelizar o mundo. A ascensão de Cristo ao céu selou poderosamente a convicção dos primeiros discípulos, os quais, em função da convicção do Evangelho, se dedicaram a pregar o Evangelho e até a morrer por ele. A igreja contemporânea deve imitar a fidelidade dos primeiros discípulos se quiser ser fiel no cumprimento da sua vocação.




* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP

“VIDA E OBRA DE JESUS”

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