segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Jesus, um Deus pobre para os pobres

A ergunta ecoa o questionamento feito pelos fariseus em João: "Por acaso, alguém das autoridades ou algum dos fariseus creu nele? Não!". Essa citação mostra que, para o establishment religioso da época, era inconcebível que Jesus fosse o Messias, pois a maioria dos seus seguidores vinha das camadas mais simples da sociedade, a quem eles desprezavam (Jo 7.48). Mas respondendo a pergunta? Sim, algumas pessoas da elite da época de Jesus creram Nele e se tornaram seus seguidores, embora a maioria da oposição viesse justamente dos líderes religiosos e das autoridades. Dois exemplos notáveis mencionados nos Evangelhos são: Nicodemos - fariseu e membro do Sinédrio, a mais alta autoridade judaica. Nicodemos procurou Jesus secretamente, à noite, para aprender mais sobre seus ensinamentos. Ele chegou a defender Jesus perante o conselho, argumentando que a lei exigia que um acusado fosse ouvido antes de ser julgado. Mais tarde, ele ajudou José de Arimateia a sepultar o corpo de Jesus. E, José de Arimateia - homem rico, membro respeitado do Sinédrio e, secretamente, um discípulo de Jesus. Após a crucificação, foi ele quem corajosamente pediu o corpo de Jesus a Pilatos e providenciou um sepulcro novo para o enterro. Apesar desses casos, a maioria dos seguidores de Jesus era composta por pessoas comuns, muitas vezes referidas pelos líderes religiosos com desprezo como "ralé" ou "essa plebe que nada sabe da lei". A mensagem de Jesus muitas vezes confrontava o orgulho e as tradições da elite religiosa, o que gerava grande resistência por parte deles. Respondendo a argumentação inicial: "Não! Mas essa ralé que nada entende da lei é maldita" (Jo 7.49).

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