A Bíblia pela Bíblia
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sexta-feira, 14 de novembro de 2025
A morte de João Batista
A atuação do governante Herodes, violento no exercício do poder e escandaloso em sua vida pessoal, produziu morte na história do seu povo: exploração, fome, perseguição política.
Em todos os tempos, os profetas são perseguidos. Jesus disse que, em contraponto, os falsos profetas são aplaudidos.
O próprio Herodes mandara prender João e o acorrentar no cárcere, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com a qual ele se tinha casado.
João tinha dito a Herodes: "Não te é permitido ter a mulher de teu irmão".
Por isso, Herodíades odiava-o e queria matá-lo, não o conseguindo, porém. Porque Herodes respeitava João, sabendo que era um justo e Santo homem. Protegia-o e, quando o ouvia, sentia-se embaraçado. Mas, mesmo assim, de boa mente ouvia-o.
Chegou, no entanto, um favorável dia em que Herodes, por ocasião de seu natalício, deu um banquete aos grandes de sua corte, a seus oficiais e aos principais de Galileia. A filha de Herodíades apresentou-se e pôs-se a dançar, com grande satisfação de Herodes e de seus convivas.
Disse o rei à moça:"Pede-me o que quiseres, e eu dá-te-ei" (Mc 6.17-29).
O que ela pediu? A cabeça do profeta que denuncio o pecado com firmeza!
Intenção e obras
A crítica aos “fariseus” é recorrente nas palavras na Palavra.
Há o risco de alguém se considerar reto, ou, pior, melhor do que os outros, pelo simples fato de observar regras, os costumes, mesmo se não ama o próximo, se é duro de coração, se é soberbo, orgulhoso.
O ministério de Jesus contrapôs a atitude dos escribas e dos fariseus, fundadas na “exclusão”, à de Jesus, fundado na “inclusão”.
Jesus condenou os fariseus porque conhecia-lhes o coração: eram pecadores, mas se consideravam santos.
O Senhor queria ensinar aos seus discípulos que não basta o cumprimento exterior de boas obras; o que torna boa uma ação não é apenas o seu objeto, mas a intenção.
No entanto, se é verdade que não bastam as boas obras se falta a boa intenção, é igualmente verdade que não basta a boa intenção se faltam as boas obras.
Palavra e ação
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:"Acautelai-vos dos falsos profetas, que andam vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes. Pelos frutos os conhecereis. Poderão colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Assim, toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos.
E continua: "Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos. Toda a árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis" (Mt 7.15-20).
O assunto é sobre os falsos profetas pois são enganadores, parecem mansas ovelhas, mas são lobos ferozes; falam com suavidade mas escondem um coração egoísta e manipulador.
João Batista os denunciou: "Acorriam até Ele mas não tinham nenhuma vontade de se emendarem".
A esses dizia asperamente:“Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira iminente? Dai o fruto que a conversão exige. O machado já está posto à raiz das árvores, e a árvore que não dá bom fruto será cortada e lançada ao fogo” (Mt 3.7).
Não basta pois dizer, torna-se necessário praticar.
O profeta bom e autêntico deve ser coerente na Palavra e na ação!
Acobertando pecados
Há uma linha tênue ao lidar com o pecado alheio que só o Espírito pode esclarecer em cada caso em particular.
"Acobertação de pecados" pode se referir tanto a cobrir os erros de alguém com amor e misericórdia, como no exemplo bíblico de cobrir a nudez de Noé com respeito, em vez de expô-lo, quanto ao ato de esconder ou ocultar intencionalmente um pecado, o que a Bíblia descreve como algo prejudicial, ao comparar com o episódio do Rei Davi tentando encobrir o adultério com Bate-Seba.
A primeira interpretação sugere que amar o pecador implica em não expor suas falhas, mas sim em oferecer suporte com perdão e restauração.
A segunda, a da ocultação intencional, é vista como uma atitude que traz mal para quem a pratica e que impede a confissão e o perdão divinos.
Cobrir um pecado não significa concordar com ele ou encobrir o que é errado, e sim demonstrar amor e misericórdia, uma atitude de proteção e honra para com a pessoa que errou, reconhecendo sua humanidade e fragilidade, contribuindo para a sua recuperação espiritual.
Os filhos de Noé que o cobriram andaram de costas para ele e o protegeram com respeito, em vez de expô-lo, como fez Cam.
Contudo, ela pode ser mal conduzida quando é usada para ocultar pecados, levando a pessoa a ruína e desgraça, ao contrário do que a Bíblia ensina sobre a necessidade de confissão, correção e arrependimento para ser perdoado.
Combatendo contra Deus
A frase "se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus" está na Palavra, no livro dos Atos dos apóstolos onde Gamaliel aconselha o Sinédrio a não perseguir os apóstolos.
O conselho é para que, se a obra deles não for de Deus, ela fracassará sozinha, mas se for de Deus, tentar impedi-la significa lutar contra o próprio Deus (At 5.39).
Os líderes judaicos queriam matar Pedro e os apóstolos por pregarem sobre Jesus.
O mestre da lei interveio para acalmar os ânimos, sugerindo que não agissem contra eles.
A ideia é que os líderes não deveriam se opor ao que estava acontecendo. Se a obra fosse humana, ela acabaria sozinha; mas se fosse divina, seria fútil tentar impedi-la e seria perigoso se posicionar contra Deus.
O conselho do fariseu foi aceito, e os apóstolos foram libertados após serem açoitados, tendo sido considerados dignos de sofrer pelo nome de Jesus.
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