terça-feira, 29 de novembro de 2016

José, amado e odiado.

José nasceu de Raquel, mulher amada de Jacó, quando este ainda estava a serviço de Labão em Padã-Arã. É o filho amado gerado a Jacó na sua velhice. Após sonhos dados por Deus, José passa a enfrentar a inveja e investida de seus irmãos que o vendem a mercadores ismaelitas. Por fim, é vendido como escravo a Potifar no Egito. Isso fazia parte dos planos divinos revelados outrora a Abraão.

José aos dezessete anos já demonstrava fidelidade e tinha a confiança de seu pai. Era distinguido pela túnica colorida que seu pai lhe fizera, e o mais amado por Jacó por ser o filho da sua velhice (Jacó tinha cerca de noventa anos quando o gerou de Raquel), e ainda, era escolhido por Deus para um grande e maravilhoso projeto. Enciumados, seus irmãos já não conseguiam esconder a insatisfação e o tratavam com aspereza. José tem dois sonhos parecidos, e neles o rapaz destaca-se e é reverenciado pelos seus familiares. Ao contá-los à sua família, e após certa interpretação, seus irmãos ainda mais o aborreceram e o invejaram. O experiente Jacó, porém, após repreensão a José, sabiamente guarda este negócio no seu coração.

José é enviado por seu pai ao vale de Hebrom, para saber o estado de seus irmãos e do gado. Quando seus irmãos o viram de longe, desprezaram-no e conspiram contra sua vida. Chegando a seus irmãos, despiram-lhe da túnica dada por seu pai e, por interferência do primogênito, Ruben, não foi morto, mas lançado em uma cova vazia. O moço foi então vendido a uma caravana de mercadores, que o revenderam no Egito a Potifar, capitão da guarda de Faraó. Ruben se preocupa e, para dar a notícia do desaparecimento de José, tomam a túnica colorida, mancham de sangue de cabrito e a levam a Jacó. O patriarca rasgou seus vestidos, vestiu-se de sacos, lamentou e chorou a morte de seu filho.

A história da vida de José é interrompida neste capítulo por um relato envolvendo seu irmão Judá. Mas a Bíblia também mostra os demais filhos de Jacó, em outras ocasiões, como homens imperfeitos (cf. Gn 37.2), sobre os quais Deus certamente irá trabalhar para serem os patriarcas das doze tribos de Israel.

Assim temos a apresentação de Simeão e Levi como sanguinários (Gn 34.25); outros mais despojadores (Gn 34.27) e cruéis (Gn 37.31, 32); Ruben e sua falha, perdendo sua primogenitura (Gn 35.22; 1 Cr 5.1), e a longa narrativa sobre Judá, a qual desenvolvemos a seguir.

Judá casa-se com uma mulher cananeia de nome Sua. Dela gera três filhos: o primogênito, Er, que fora morto por Deus por ser mau aos Seus olhos; Onã e o caçula, Selá. Segundo a tradição primitiva, Onã deveria gerar semente a seu irmão Er casando-se com a viúva Tamar. Onã astutamente não lhe dava semente, lançava-a na terra. Isso foi mau aos olhos de Deus, pelo que também o matou. Tamar recolhe-se a casa de seu pai até que Selá cresça e possa dela gerar semente a Er. Após muitos dias, Tamar, vendo que seu sogro não a dava a Selá, despe-se de sua viuvez, disfarça-se de prostituta, e o viúvo Judá, sem saber, entra à própria nora e dá-lhe penhor para posterior pagamento. Tamar engravida e Judá, sentindo-se desonrado, quer justiçar a mulher. Após Tamar mostrar o penhor (o selo, os lenços e o cajado), Judá os reconhece e confessa sua culpa na demora em dar-lhe Selá. Tamar gera de Judá os gêmeos Zerá e o primogênito Perez, os quais perfilarão a genealogia do Senhor Jesus.


Nestas passagens bíblicas vimos a integridade de José, o amor dedicado por seu pai, as perseguições e invejas de seus irmãos por não compreenderem os bons desígnios de Deus para suas próprias vidas. Assim, José é vendido e enviado ao Egito, onde se desenrolarão os planos divinos dantes revelados em sonhos.




Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.

sábado, 26 de novembro de 2016

Aprendendo com Mardoqueu.




No ano aproximado de 470 antes da vinda de Jesus, temos a história de Mardoqueu. Inicialmente relata acontecimentos na corte do rei Assuero que reinou desde a Índia até a Etiópia sobre 127 províncias.Foi realizada uma festa de 180 dias com todas as autoridades do Império e depois foi iniciada outra comemoração com todo o povo de Susã, a capital.

O rei já alegre mandou que introduzissem a rainha Vasti porque era formosa à vista e diante de sua recusa os sábios aconselharam o rei a destituí-la e escolher outra rainha para tomar o lugar 

Mardoqueu, primo de Ester e pai adotivo dela, a incentivou a participar desta seleção. Deus interfere nesse julgamento e ela achou graça aos olhos de todos.

Uma ascensão muito rápida de uma moça judia que se torna rainha...

No livro das crônicas é escrito uma intervenção de Mardoqueu livrando a vida do rei de uma cilada.

Um homem é elevado dentro do reino e mostra-se orgulhoso e fazia conta que todos se prostrassem diante dele. Incomodado questionou a causa e ele falou que era judeu.

Hamã propõe matar todos os judeus e quando vai pedir uma petição especial ao rei, pediu a morte de todos os judeus, um povo diferente dentro do reinado.

Mardoqueu se humilha e clama a Deus. A rainha manda mensageiros para saber a razão e ele a informa do decreto de morte e sugere que ela intercedesse pelo seu povo.

Ela entra na presença do rei e ele lhe aponta o cetro de ouro a livrando da morte.

Quando o perseguidor faz uma forca e planeja dá o bote final contra Mardoqueu, o rei não dorme e lê às crônicas e vê que nada foi feito para recompensá-lo. Já de manhã pergunta a Hamã o que se faria a súdito muito agradável e ele sugere algo muito honroso pensando que era para ele mesmo. 

Ester denuncia o opressor e ele se perturbou e tenta suplicar a rainha e ao retornar e ver ele no leito real tentando mudar a sua situação, o rei dá uma sentença de morte para Hamã.

Foi dada ao povo israelita, através de um novo decreto, a possibilidade de defesa e com a elevação de Mardoqueu para a posição do inimigo de seu povo, os governadores temeram e também ajudaram na defesa do povo judeu.


Uma grande evangelização, pois muitos se fizeram judeus!     








  


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Fala-se tanto de uma grande tribulação, como é isto?




Um período de grande tribulação foi anunciado pela Palavra de Deus, desde os dias antigos. Deus sempre assim avisou aos seus servos, para crermos e confiarmos mais nEle, pelo entendimento de que nada poderá escapar ao seu controle. E a Igreja nisso acha paz e se fortalece, na esperança da vitória e da consolação também prometidas (Jo 16.33; 2 Co1.7; 1 Pd 4.12-14).

A ideia apresentada é a de aflição, sofrimento, pressão, perseguição e injustiças que o crente padece por causa da Verdade, por causa do Senhor Jesus (Mt 5.11). Acrescenta-se a pressão, a aflição ou angústia da vida cotidiana, pois o mundo jaz no maligno e o salvo é Luz. (Jo 16.20) (At 14.22).

Há citações diversas apontando para grandes aflições que sobrevêm ao mundo ou sobre os crentes (Mt 24.21; Dn 12.1). Mas esta expressão “grande tribulação” é encontrada em Ap 7.14, referindo-se à aflição que sobreviria aos de Deus - aos justificados pelo seu sangue - em um tempo conforme veremos a seguir.

Salientemos antes que o tempo de Deus não é igual à contagem humana. Um Dia para Deus não só pode significar Mil Anos ou Um Ano ou, melhor ainda, um Período Para Nós Indeterminado e só do conhecimento divino (2 Pd 3.8). 

Tendo transcorrido Sete e sessenta e duas Semanas (Dn 9.25) restou tão somente uma Semana, espaço da chegada do messias à consumação, quando o Messias seria rejeitado e morto. Esta semana projeta-se até o fim. (Dn 9.26) Agora, atenção, pois há uma repartição desta Semana Final em novos dois períodos De Meia Semana (3,5 Dias ou os 3,5 Períodos De Deus). A separação se dá pela citação de que no Meio da Semana, Ele, o Messias, “Faria Cessar O Sacrifício E Oferta De Manjares” (Vs. 27). Cumpriu-se isto quando Cristo morto pelos Judeus, tornava desnecessário ou inútil Os Sacrifícios E Ofertas determinadas pela Lei.(Hb 10.1, 8 a 11). Para que cessasse de fato toda religiosidade inútil definida pela Lei, foi, então, destruído o Templo, pelo “Povo Do Príncipe Que Havia De Vir”, os romanos; desde então nunca mais se realizou tais rituais. (Mt 24.2) 

Desde esse acontecimento (a morte e subida de Jesus ao céu) transcorre A Metade da Última Semana conforme está no texto de Dn 9.27.  “Sob As Asas Das Abominações Virá O Assolador E Isso Até A Consumação”, - Aqui Está O Período Da Grande Tribulação – observe que vai se desenrolar Até o Fim, incluindo a destruição do Assolador. Esse período de três e meio dias, ou meses, ou anos, são todos figurados na expressão “Tempo, Tempos E Metade De Um Tempo”). (Dn 12.7; Ap 12.6 e 14; 13.5 a 7)

A Tribulação será Grande por vários motivos, citamos: a presença do anticristo, que já está presente no mundo (1 Jo 2.18 e 4.3); e sua oposição ao Evangelho (2 Co 1.8); pela grande fúria do Mal, quando foi derribado do céu com a glorificação de Jesus, após sua ascensão (Ap 12.5, 9,12, 17); por causa da multiplicação da iniquidade ou avanço das trevas (1 Tm 4.1,2; 2 Tm 3. 1 a 4). No nosso texto bíblico de Daniel ela é localizada antes da ressurreição dos mortos, ou seja, antes da vinda de Jesus. (Dn 12.1,2)

Por Jesus fica bem identificada esta tribulação como “A Grande” quando Ele diz: “haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora” e bem localizada no tempo – antes de sua vinda, ao dizer: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem” e, ainda, antes do arrebatamento da Igreja: “ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos” (Mt 24.21, 29-31). O que também é confirmado nas palavras de Marcos. (Mc 13. 19,24)


A Grande Tribulação, como um dos Juízos de Deus profetizados, prosseguirá até o seu cumprimento total. Paulo nos exorta (1 Ts 3.3; Fp 1.28 e 29). Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja, findando as setenta semanas, mas sabemos que é a nossa missão pregar o evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens.  Quando Jesus voltar terminará a tribulação e passaremos a desfrutar com ele da paz e glória celestiais. (2 Ts 1.7)


* Texto cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.

4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A prudência, tempo e modo certos no falar.




A prudência, tempo e modo certos no falar são virtudes que mostram a aplicação na prática do desenvolvimento dos frutos do Espírito na vida cotidiana. 

No caso difícil que enfrentou Ester, tendo o seu povo sido condenado injustamente à morte por uma alta autoridade do reino da Média e Pérsia, Hamã, ela demonstrou muita sabedoria para defender seus parentes daquela perseguição, e ao mesmo tempo, apontar o verdadeiro opressor e inimigo.

Ela se arriscou ao entrar na presença do rei sem ser chamada, mas não teve o ímpeto de já falar o que lhe afligia, convidando o rei e o oponente para dois banquetes e só depois relatou seu desgosto ao monarca.

Neste ínterim, Deus também trabalhava pelo povo de Israel fazendo o soberano perder o sono e se informar quanto como Mardoqueu tinha salvado a sua vida e sempre estava à porta do reinado com humildade, enquanto que o adversário, muito soberbo e presunçoso.

Há muitos conselhos para sermos sábios no uso de nossas palavras, da dificuldade de se controlar nossa língua, usá-las corretamente e no tempo apropriado.


Quando usamos as certas palavras no momento impróprio, não surgirá o efeito que poderia ser alcançado na hora certa...

O modo de se expressar agrupado ao tempo complementa o conjunto de características necessárias para a eficácia no uso da comunicação. Se queremos falar de paz e expressarmos de maneira truculenta e intransigente, não seria isso um paradoxo? Então, o modo como nos expressamos, no tom da voz, na feição do rosto, articulação dos membros também são importantes.


Pois é...

terça-feira, 22 de novembro de 2016

O retorno de Israel a Canaã.

Obedecendo à ordem de Deus, Jacó parte de Padã-Arã para retornar à terra da sua parentela. Abençoado pelo Senhor em tudo, ele que chegara a Padã-Arã somente com um cajado, agora volta levando uma grande família, servos, servas, rebanho e muitos outros bens.

Nessa jornada de volta a Canaã, Jacó irá crescer um pouco mais no conhecimento do Deus de seus pais.

Jacó, tendo decidido voltar para a casa de seus pais, receoso de ser impedido por Labão, sai escondido levando a sua família e todos os seus bens. Labão o persegue com o intento de usar de força contra ele, alcança-o depois de sete dias, mas o Senhor Deus fala com Labão, impedindo-o de fazer mal a Jacó.

Ao repreender Labão pela sua conduta, Jacó relembra-o de como fiel e dedicadamente o serviu durante vinte anos, e que só não saiu vazio porque o Deus de Abraão e Isaque atentou para a sua aflição e para o trabalho de suas mãos.

 Jacó e Labão fazem um pacto com juramento de que um não faria mal ao outro, e levantam uma coluna de pedras como testemunho; Jacó oferece sacrifício ao Senhor e Labão despede-se voltando para Padã-Arã.

O temor de Jacó é grande em relação ao seu irmão Esaú, e aumenta ainda mais quando os mensageiros enviados por ele retornam, informando que Esaú vinham ao seu encontro com quatrocentos homens.

Para aplacar a ira de seu irmão, Jacó divide o que tem em três grupos e envia cada grupo separado com presentes para ele (Pv 21.14).

Jacó percebe a gravidade da situação e passa a noite lutando com Deus em oração. Decidido a ser abençoado, a expressão de Jacó ao Anjo é: “Não te deixarei ir, se me não abençoares”.

Chega a alva e com ela a bênção para Jacó: o seu nome a partir daquele momento seria Israel, e ele recebe uma marca onde o anjo o tocara, marca que o faria lembrar daquele encontro pelo resto da vida.

Jacó vai ao encontro de Esaú, que o recebe prazerosamente e sem animosidade alguma.

 O Deus que mudou o seu nome também já mudara o coração de Esaú em relação à sua pessoa.

Chegando em Canaã, Jacó estabelece-se inicialmente em Siquém; ali levanta um altar ao Senhor e o chama de Deus, o Deus de Israel.

Vemos um crescimento de Jacó no conhecimento de Deus: Deus agora não é somente o Deus de Abraão e o Deus de Isaque – Ele é também o seu Deus.

Posteriormente, Jacó se estabelece em Betel onde, a exemplo de seus pais, levanta mais um altar ao Senhor.

Em Betel, Deus se manifesta mais uma vez a Jacó e renova a Sua promessa para ele: “Frutifica e multiplica-te, uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti” (35.11).

Jacó parte de Betel para Manre, onde encontrará seu pai; nas proximidades de Efrata, Raquel morre ao dar à luz Benjamim, o décimo segundo filho de Jacó, completando-se assim os doze patriarcas que darão origem às doze tribos de Israel.


Jacó cresceu muito em comunhão e conhecimento de Deus; na verdade, quando chega de volta a Canaã, ele está completamente mudado, não somente por ter uma grande família e muitos bens, mas por não ser mais Jacó, e sim Israel – aquele que luta com Deus e prevalece.


* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.

domingo, 20 de novembro de 2016

Os inconformados.

O entendimento geral existente sobre os autodenominados desigrejados é que são irmãos sem igreja? Sim. Entendendo que igreja não são templos e sim a comunhão com outros que comunguem a mesma fé, tudo bem? Não se pode desprezar a comunhão, né? Esta representatividade do templo em si é muito forte e talvez essa seja uma forma de chocar e chamar atenção? Sim.

Acreditando que a crítica maior é contra o sistema eclesiástico, talvez também seja de bom alvitre comentar um pouco sobre a morada do divino, a figura do templo como morada divina.

A Bíblia mostra desde seu início que Ele sempre quis habitar entre os homens. Não foi? Mandou Moisés construir o Tabernáculo, que seria a sua morada...

O profeta Isaías em um de seus oráculos disse que o seu nome seria Emanuel – Deus conosco. O alto e sublime que habita na eternidade também demonstra o seu interesse de habitar entre os humanos.

O pai das alturas também seria pai de multidões, não é Abraão?
  
Salomão, a quem Ele deu sabedoria, riqueza e paz para construir um templo para adoração, disse “... habitará Deus com homens na terra? Eis que os céus dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado”.

Na volta do cativeiro Ele disse por Ageu, um profeta daquele tempo, que apesar daquele templo ser simples, naquele lugar viria o “Desejado das Nações”.

O Criador que se fez carne foi ali apresentado por Simeão, que ainda disse que ele era posto para sinal contraditado.

O salmista diz, no Salmo 84, que são amáveis os seus tabernáculos.  A alma dele anelava pelos seus átrios. Até os pássaros encontram abrigo lá – Deus as alimenta e protege como diz o evangelista Mateus?

Diante de tudo isso exposto, descortina-se um dos maiores segredos da humanidade: Ele quer habitar em nós, no nosso coração, ser o centro de nossa vida, quer o nosso melhor, a nossa companhia.


Considerando que a história do cristianismo que está envolta em reformas e inconformismos, então, diante disso tudo já exposto, proponho a mudança de nome de desigrejados para inconformados, que tal essa sugestão? Assim resguardamos um nome muito importante e de peso: igreja.


Pois é...

sábado, 19 de novembro de 2016

Qual o tempo das setenta semanas?





     O anjo Gabriel vem instruir a Daniel sobre um novo período de tempo, nunca antes citado, tempo em que vários objetivos seriam alcançados: “setenta semanas estavam determinadas sobre o povo e a santa cidade” e são eles: extinguir a transgressão; dar fim aos pecados; expiar a iniquidade; trazer a justiça eterna; selar a visão e a profecia; ungir o Santo dos Santos.

Nosso propósito é sobre espaços e limites de tempo pelo que isto, aqui, não será estendido mais, senão a observação de que estes objetivos estabelecem ou indicam que as setenta semanas avançam até a vinda de Jesus e a entrada da eternidade, pois só lá e naquele tempo, por exemplo, se terá dado fim aos pecados (Ap 21.27) e terão sido cumpridas toda visão e profecia (I Co 13. 8-10).

E não esqueçamos uma semana ou seus sete dias interpretam-se como um período de tempo pleno no ver e na realização dos propósitos de Deus. Assim, entendamos, nas setenta semanas (setenta vezes sete) conclui-se em absoluto todo o tempo dado aos homens e particularmente aos chamados, o povo de Deus.

Das setentas semanas, um primeiro período de sete semanas e 62 semanas tiveram o seu início no reinado de Ciro, quando foi dada a “ordem para restaurar e reedificar Jerusalém” e que iria até a chegada do Messias, Jesus.

 Aconteceu nesse tempo de sessenta e nove semanas que as ruas e edifícios foram reedificados em Jerusalém, mas em dias “angustiosos”, no pós-cativeiro babilônico, conforme vemos registrado nos livros de Esdras e Neemias.

Ou seja, o anjo Gabriel revelou que Jerusalém seria restaurada com dificuldade e num período de cerca de 445 anos, ainda que na contagem de Deus era um espaço de tempo de apenas 69 semanas (483 dias), concluído isto, seria já o tempo do Messias.

E ao mesmo tempo, atenção, fica definido que da vinda do Messias Jesus até o fim, até a conclusão de tudo resta uma semana, na qual já estamos por quase dois mil anos.

     Nesse período final de uma semana/sete dias é já a semana de número setenta; precisamos analisar o verso 26 e depois o 27 separadamente. No verso vinte e seis é dito que nesta última semana o Messias Jesus seria tirado e, mais, “o povo do príncipe que há de vir, destruirá a cidade e o santuário” e “até o fim haverá guerra; estão determinadas assolações”.

     Isto é o que aconteceu – Jesus foi tirado (rejeitado e morto) e Jerusalém e o Santuário foram destruídos pelo povo romano; e é também o que está acontecendo - o mundo sendo assolado e as guerras continuam e existirão até do fim, não existirá tempos de paz, nem tempos melhores.

O verso 27 traz mais detalhes desta mesma última semana: o Messias “firmará um concerto com muitos por uma semana”. E, agora, há uma repartição desta semana final ao dizer: “na metade da semana fará cessar o sacrifício e a ofertas de manjares” e, ainda acontecerá que “sobre a asa das abominações virá o assolador e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”.

Atentemos que o verso 27 primeiro refere-se ao concerto eterno (sete dias) que Jesus faz pela morte na cruz e “com muitos”, com os creem em seu nome (Mt 26.26 a 28; Hb 10.12 a 18), é o concerto da salvação eterna (sete tempos), no perdão dos pecados pelo seu sangue. 

O detalhamento final é a partir da metade da última semana, os três e meio dias finais, quando, então, o Messias “faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares” cumpriu-se isto  quando Cristo morto pelos judeus tornava inútil os sacrifícios e ofertas determinadas pela lei (Hb 9. 11-12; 10.1, 8 a 12; Jo 1.17); em Jesus está o sacrifício e a oferta que satisfazem perfeitamente a justiça de Deus. Para que cessasse de fato toda religiosidade vã definida pela lei  foi destruído o templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir”- os romanos, que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixou pedra sobre pedra (Mt 24.2; Lc 21. 20 a 24). Desde então nunca mais se realizou tais rituais levíticos.

Destaquemos que, de Jesus morto ou o santuário destruído até o fim de tudo, para Deus transcorreria somente 3 e ½ dias, e, por causa das abominações viria o assolador (o diabo) (Mt 24.12) e isto até o fim, a consumação, nisto incluindo a destruição de todo poder das trevas e de Satanás (II Ts 2. 8; Ap 20.10).

 Sempre houve citações de tempos pela Palavra de Deus como os quatrocentos anos de cativeiro no Egito (Gn 15.13 ), os quarenta anos no Deserto (Nm 14.33) e os setenta anos de cativeiro em Babilônia (Jr 25.11 ).

Assim, sendo as setenta semanas tão precisas, outros tempos determinados na bíblia como o milênio e as “2.300 tardes e manhãs” e outros, só terão lugar dentro dos limites deste espaço, o que norteará, dentre tantas opiniões, a que possa ser verdadeira ou correta.

* Texto cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.
4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Jacó, vivendo pela fé, tem a bênção de Deus.


Jacó, fugindo da possível vingança de Esaú, vai para a terra da parentela de sua mãe; lá ele vai trabalhar servindo ao seu tio, vai constituir família e prosperar com a bênção de Deus.

Em tudo sendo abençoado, Jacó vai dar testemunho que o Deus de seu pai tem estado com ele.

Dirigido e abençoado por Deus, Jacó chega à casa de Labão, irmão de sua mãe. Para casar com Raquel, filha de Labão, propõe-se a servi-lo durante sete anos, que lhe pareceram poucos dias pelo muito que a amava.

Enganado pelo tio, que lhe concede Léia ao invés de Raquel, é obrigado a servir ainda outros sete anos.

Sucessivamente, vão lhe nascendo filhos, de Léia, de Zilpa, serva de Léia, de Bila, serva de Raquel, e até mesmo de Raquel, que antes era estéril.

O que para alguns pode ser visto como uma simples disputa entre esposas querendo ganhar a atenção do marido, dando-lhe filhos, na verdade era a operação de Deus na vida de Jacó, concedendo-lhe uma grande descendência, visto que dele procederiam as doze tribos de Israel.

Jacó é um exemplo de trabalhador dedicado e fiel. Ainda que seu tio se mostrava injusto, ele mantinha a sua fidelidade e dedicação, servindo-o de forma zelosa e irrepreensível, de tal maneira que este vem a reconhecer que foi abençoado por Deus por amor de Jacó (v. 27).

Ao estipular o seu salário para continuar a trabalhar para seu tio, Jacó pratica um verdadeiro ato de fé: a confiança no Deus de Betel e no seguimento da revelação que veio, conforme narra, só mais tarde (Gn 31.11, 12).

Separando o rebanho por características específicas, sendo o seu salário as crias com características diferentes daquelas do rebanho, ele dependeria de uma atuação direta de Deus.

A confiança de Jacó em um Deus justo o levou a crer que Ele não o deixaria sem salário. Deus honrou a fé de Jacó e abençoou-o de tal maneira que ele cresceu, e teve muitos rebanhos e servas, e servos, e camelos e jumentos.

A prosperidade de Jacó cria uma situação de desconforto entre ele os filhos de Labão, e até mesmo com o seu tio; é quando Deus fala para Jacó voltar para a terra da sua parentela (“torna-te a terra de teus pais, e a tua parentela, e eu serei contigo”, v. 13).

Jacó chama Raquel e Léia para conversar a respeito da viagem de volta para sua casa, e explica às duas como Deus o tinha abençoado de tal maneira que o rebanho do pai delas tinha sido dado a ele, apesar de Labão tentar enganá-lo, mudando o seu salário por dez vezes.

Jacó testemunhou como o Deus que lhe aparecera em Betel, e ao qual ele fizera um voto, revelou-lhe através de um anjo como seria grandemente abençoado.

Diante de tudo que acontece a Jacó, fica claro que a sua bênção maior não é o rebanho, não são os seus bens, nem mesmo sua grande descendência. A bênção maior de Jacó é o próprio Deus, como ele mesmo disse: “o Deus de meu pai tem estado comigo” (v. 5).

Lembremos que a sua proposta inicial de sair da casa de Labão era sem levar fazenda alguma, somente confiando que Deus o supriria em tudo.


Na continuação da jornada de Jacó, vimos que ele vai crescendo em fé, confiança e conhecimento de Deus. Jacó é dedicado e trabalhador, e reconhece que a bênção na sua vida não é mérito do seu esforço, mas é resultado da atuação do Deus de seu pai que tem estado sempre com ele.




* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“Os Patriarcas, de Abraão a José”.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Rute, a jovem moabita da descendência de Davi.



Próximo ao ano 1.000 AC temos esta história de uma jovem moabita que entrou na descendência de Davi.

Uma mensagem clara de que Deus atrairia para si outros povos e nações? Sim. Uma conversão de tragédia em vitória? Claramente. Um exemplo de evangelização eficiente? Normalmente.

Elimeleque, cujo nome significa “de quem Deus é rei”, de homem de Belém de Judá, saiu a peregrinar nos campos de Moabe com sua esposa (Noemi, agradável) e seus dois filhos.

Com a morte do pai da família e seus filhos, sobraram apenas três viúvas? Exatamente.

Com a notícia que em Judá havia pão novamente, a agradável sogra, Noemi sugere às noras que elas voltassem à casa de suas mães, mas Rute se apega nela, virando sua companheira.

Agora, autodenominada Mara, amarga, devido a sua perda tão grande, não entendia que Deus estava trabalhando na sua consolação, primeiramente lhe dando uma amiga.

Na lei divina estava determinada que na colheita devesse deixar as sobras, rabiscos para os órfãos e viúvas, então Rute se apoia nesta palavra e vai trabalhar nos campos de Boaz, entre outras moças, apanhando no seu primeiro dia, um efa de cevada, cerca de vinte e dois litros.

Apesar de que neste tempo dos juízes, cada um fazia o que bem parecia aos seus olhos, temos um povo bem direito em relação à Lei de Moisés. Com isso, o remidor Boaz tinha o dever de remir seu parente, devolvendo suas terras? Sim.


A rosa virtuosa casa-se com o remidor e dá luz à Obede, avô de Davi, sendo assim da descendência de Jesus.

Os animais e os dez chifres revelados.




Pode-se ver esta sequência de impérios mundiais, no capítulo 7 do mesmo livro de Daniel, quando estes, na revelação, são representados por quatro animais e os chifres do quarto animal.  

Os animais são o Leão, o Urso, o Leopardo e o quarto sem uma fera que o representasse adequadamente e diferente de todos os animais e finalmente os dez chifres ou pontas. (vv. 2 a 7)

Os quatro animais e os dez chifres, respectivamente, são os cinco reinos representados nas cinco partes da estátua do capítulo dois de Daniel (vv. 17 e 24). 

O leão é o Império Caldeu de Nabucodonosor; os dez chifres resumem conclusivamente o quinto reino – os pés, mais precisamente, os dez dedos, as extremidades.

Os chifres, em número de dez, é um sistema final de governo de uma multiplicidade de reinos menores, soberanias desunidas – nações, algumas sendo destruídas, realidades do mundo atual, falsamente denominado globalização e que irá à destruição, pois se opõem a Deus (24 e 25), e o reino eterno é o de Deus (26,27).

Apesar de toda hostilidade e contrariedade o Domínio será entregue ao Filho do homem, JESUS, mostrado isto na gloriosa e poderosa visão (vv. 13, 14), e passará aos servos do Senhor, e este é o Reino Eterno de Deus.

Novamente quis Deus dar a Daniel mais detalhes sobre os reinos que estavam por vir e lhe mostra os segundo e terceiro reinos, agora representados, respectivamente, por um carneiro e um bode (cap. 8).  

O carneiro com duas pontas (chifres) investe contra animais do ocidente e do norte e do sul (4). Até que, em sequencia, vem do ocidente um bode com grande chifre, “como que voando” e prevalece sobre o carneiro (7).

A Daniel é enviado o anjo Gabriel com explicação de tudo. Não entrando em outros detalhes para não sairmos do objetivo, a explicação é que o carneiro é o reino Medo-Persa e o bode é a Grécia com seu primeiro rei (20 e 21). 

Definidos os segundo e terceiro reinos (Medo-Persa e Grego), e, por citação bíblica nos evangelhos e livros seguintes, o quarto reino ou Império é o Romano.

Há exposições em que se diz que o quinto reino será o Romano restaurado; a palavra nega isto, primeiramente ao colocar que é um reino dividido por causa do barro e ainda quando no verso Dn 7. 11 lemos: “Então, estive olhando... até que o animal - o 4º - foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo”, enquanto que os três reinos têm continuidade de vida (Dn 7.12); ainda permanecem através da influência de suas culturas: a cultura da Mesopotâmia, a medo-persa e a grega.

Reafirmamos o já dito: sendo a Palavra dada em revelação figurada é natural muitos questionamentos; aconselhamos nos determos, numa primeira aproximação, à mensagem principal que é dada. 

É importante essa compreensão desses reinos para depois se entender a revelação da besta do capítulo 13 e 17 do livro de Apocalipse, o que será estudado oportunamente. 

Mas a certeza, sempre revelada, é a vitória de Deus e de seu Cristo –JESUS – o Rei dos Reis e que o reino de Deus é eterno e não é deste mundo.


* Texto cedido por: EBD – Classe de Juvenis “Escatologia”.
4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Jacó e a procura de uma bênção.






      Estando já avançado em idade, Isaque dá instruções ao seu filho Esaú para abençoá-lo. 

O primogênito sucedia naturalmente ao pai como chefe da família e tinha autoridade patriarcal sobre seus irmãos. A ele era atribuída uma bênção especial da parte do pai.


O direito da primogenitura era mais importante que toda a herança do pai, porque significava assumir a própria autoridade deste.


Tendo ouvido as palavras de Isaque, Rebeca, sua mulher, chamou a Jacó e deu ordens para que este tomasse dois bons cabritos do rebanho, vestisse as roupas de seu irmão Esaú e cobrisse as mãos e o pescoço com a pele dos cabritos como se fosse o próprio Esaú, porque Isaque, por ser muito velho, não podia enxergar.


Obedecendo à sua mãe, Jacó apresentou-se diante do pai, dizendo ser Esaú.


Apesar de apalpar e cheirar o seu filho, Isaque não conseguiu notar que era Jacó, e concedeu-lhe a bênção da primogenitura.


Vale destacar que ele já a havia comprado do seu irmão, que a trocou por um prato de lentilhas. 


Cumpre-se, então, a palavra do Senhor dada a Rebeca quando ainda estava grávida – o maior serviria ao menor. “Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se encurvem a ti”. Quando Esaú retorna ao seu pai, com o guisado que este pedira, ambos descobrem que Jacó, com sutileza, já havia recebido o direito de primogenitura.


Esaú ainda tentou herdar a bênção, mas foi rejeitado (Hb 12.16- 17). Esta é a mensagem que fica: é impossível desfrutar dos apetites da carne e também da bênção celestial.


Acerca da atitude de Jacó podemos considerar: a) ele seguia as ordens de sua mãe (obediência); b) ele valorizava e desejava muito o direito de primogenitura, porque sabia o que isto significava (fé); c) já havia a palavra de Deus, antes que ele nascesse (promessa); d) ele já havia comprado a bênção do seu irmão e tomado posse dela (amar e priorizar o que vem de Deus); e) não há nenhuma reprovação de Deus, nem mesmo de Isaque seu pai (justificação); f) era a vontade soberana de Deus que Jacó fosse abençoado – Deus cumpre suas palavras (Rm 9.11-13).


Rebeca, em última análise, ajudava ao esposo Isaque para que este não errasse; ela, sim, tinha uma palavra dada por Deus (Gn 25.22, 23). 


    Isaque deve ter compreendido tudo, pois não recriminou, nem à sua esposa Rebeca, nem a seu filho Jacó. E ainda, depois de tudo isso, abençoa conscientemente a Jacó com mais palavras (28.1-4).


Agora Esaú percebe o que perdeu e lança a culpa em seu irmão Jacó, como se este o tivesse enganado – nisto se assemelhando a Caim.


Com receio da vingança de Esaú contra Jacó, Rebeca convence Isaque a mandar este a Padã-Arã. A orientação era para que ele tomasse esposa dentre a sua parentela e não se casasse com mulher Cananeia, como Esaú havia feito.


Na viagem para Padã-Arã, Deus começa a se manifestar a Jacó – é mostrada a ele uma escada cujo topo tocava nos céus e anjos de Deus subiam e desciam por ela. A revelação em sonho é tão forte que leva Jacó a ter consciência da presença de Deus – o Senhor estava naquele lugar. A exemplo de seu pai Isaque e de seu avô Abraão, Jacó é levado a adorar ao único Deus verdadeiro e a ter compromisso com Ele (“de tudo quanto me deres certamente de darei o dízimo”).


E observemos que Deus, Deus mesmo, o abençoa confirmando a Sua eleição em Jacó e se compromete de acompanha-lo em toda a sua vida.


O nome Jacó significa suplantador – aquele que terá a preeminência; não podemos censurar a Jacó e nem dizer que é mentiroso, pois isso ele rejeitava (Gn 27.11, 12).





* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2016 ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP


“Os Patriarcas, de Abraão a José”.