sexta-feira, 31 de março de 2017

As parábolas de Jesus.

Estamos iniciando um novo trimestre de estudo das Sagradas Escrituras, e nessa oportunidade, abordaremos o tema as PARÁBOLAS de Jesus. As parábolas tinham um lugar especial nos ensinos de Jesus (Mc 4.33,34). Ele usou de muitas ilustrações para nos falar sobre o reino de Deus. Nesta primeira lição, além dos conceitos iniciais necessários ao entendimento das demais lições, abordaremos o porquê de Jesus ensinar fazendo uso de parábolas.

O termo geralmente traduzido por “parábola” significa pôr lado a lado, transmitindo a ideia de comparação, a parábola é literalmente pôr ao lado ou comparar verdades terrenas com verdades celestiais, ou uma semelhança, ou ilustração entre um assunto e outro. As parábolas são narrativas, normalmente curtas, envolvendo elementos do cotidiano, da vida e trabalho das pessoas, usadas para ilustrar uma verdade espiritual ainda desconhecida e que só pode ser alcançada com a cooperação do Espirito Santo para abrir o entendimento do que ouve.

Quando Jesus fez uso de parábolas para ilustrar seus ensinos, não estava introduzindo algo novo. As parábolas são largamente usadas nas Sagradas Escrituras e na cultura judaica. Podemos citar, entre outros exemplos: Balaão (Nm 24.20-23), Jotão (Jz 9.7-15), o profeta Natã (II Sm 12.1-5) e o profeta Isaías (Is 5.1-7).

O que devemos destacar é que Jesus fez um uso diferente, de tal maneira que até os seus opositores reconheceram que Ele ensinava com autoridade, ou nas palavras de alguns: ninguém jamais falou como este homem (Mt 7. 28,29; Jo 7.46).

As parábolas de Jesus são ricas em ensinos, mas só desfrutaremos dessa riqueza se obtivermos delas o real entendimento originalmente dado pelo autor, o nosso Mestre.  O primeiro requisito nessa jornada é reconhecermos que estamos pisando em terra santa e devemos tirar as sandálias dos nossos pés. Toda ideia preconcebida deve ser lançada fora e a humildade deve ser a vestimenta daquele que quer alcançar o alvo – conhecer o que as Escrituras realmente dizem, para isso é imprescindível o auxílio do Espírito Santo.

Ao responder o questionamento dos discípulos quanto ao uso de parábolas, Jesus fala em cumprimento da profecia: "Abrirei a boca numa parábola, proporei enigmas da eternidade". O propósito das parábolas era revelar as verdades ocultas do reino de Deus, porém não a todos. Ao coração humilde, estas parábolas trariam mais luz, mas aos orgulhosos e rebeldes, elas criariam mais confusão. Esse é o significado da declaração de Jesus que "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado". Isaías fala fortemente disso. "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos" (Is 57:15). "... mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra" (Is 66:2). E quanto ao orgulhoso, Isaías diz que na vinda do messias "Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a sua altivez será humilhada..." (Is 2:11).

A outra passagem que Jesus cita de Isaías fala da degradação espiritual dos israelitas, do orgulho e da teimosia de coração que tornaram impossível para eles continuar a ouvir e entender as palavras de Deus. Jesus diz simplesmente que era uma profecia que tinha sido literalmente cumprida em seus próprios ouvintes. Toda a sabedoria que eles ouviram de sua boca e todas as maravilhas que viram de sua mão nada tinha significado porque "o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com os ouvidos, e fechou os olhos para que não veja;" (Isaías 6:9-10; At 28. 24 a 27).

As parábolas eram uma penetrante espada de dois gumes para determinar se o coração de Seus ouvintes era orgulhoso ou humilde, teimoso ou contrito. Esse é o significado de “Porque aquele que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado" (Mt 13:12). Aqueles que possuíam humildade estavam destinados a ter um entendimento rico e verdadeiro do reino do céu, mas aqueles que não tinham nada, ou pouco desse espírito, estavam destinados a perder até o pouco entendimento que tinham. O evangelho do reino está assim moldado para atrair e informar os humildes, enquanto afasta e confunde os orgulhosos.  O mesmo sol que derrete a cera endurece a argila (Hb 4:12).


Vimos nessa lição introdutória a definição de parábola, algumas referências de seu uso, os cuidados ao analisarmos e o porquê Jesus utilizava parábolas. Cabe a nós nos dedicarmos incansavelmente ao estudo e aprendizado das Sagradas Escrituras e quando somos confrontados com alguma declaração desafiadora da Escritura, não devemos sair em desespero e confusão, mas ficar ali pacientemente aos pés do Mestre para aprender mais. Nossa atitude revelará se nos é dado saber os mistérios do reino de Deus e o tipo de coração que temos. Seremos bem-aventurados se escolhermos a melhor parte, afinal, para onde iremos nós, só Ele tem palavras de vida eterna.

* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“PARÁBOLAS”

quarta-feira, 29 de março de 2017

Bíblia: o livro de Deus.

Diversas religiões possuem seus próprios livros sagrados, mas apenas a Bíblia contém a verdade que direciona a vida do homem conforme a vontade de Deus.

Sabe se que a Palavra de Deus, ao longo dos séculos, tem transformado a vida de muitos homens. Você sabia que D. Pedro II, um dos imperadores do Brasil, estudava sistematicamente a Bíblia? Em certa ocasião, ele afirmou: “Eu amo a Bíblia, eu leio-a todos os dias e, quanto mais a leio tanto mais a amo”.

Nesta aula, veremos como a Palavra de Deus pode servir de guia para pautar nossa vida de acordo com os princípios que o próprio Deus ordenou.

Regozijemos como o salmista, “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!”

A palavra Bíblia, como plural de biblion, que no grego significa “livro”, sugere a ideia de “coleção de livros pequenos” ou “biblioteca”.
Para os cristãos a Bíblia é a Palavra de Deus (Rm 10.17; Hb 4.12). Ela revela a perfeita vontade de Deus para toda humanidade (Rm 12.2).

A Lei de Deus nos orienta e ensina a forma adequada para vivermos bem com Ele, com o nosso próximo e conosco mesmos (Sl 119.101,105) e é por meio dela que conhecemos que Jesus Cristo é o caminho que nos leva à Deus (Jo 14.6).

Pela Bíblia, Deus fala em linguagem humana para que o homem possa entendê-lo. É por isso, que a palavra de Deus se torna viva e produz o efeito esperado, penetrando nos lugares mais profundos da alma e do espírito, indo até o íntimo das pessoas e julgando os desejos e pensamentos do coração delas (Hb 4.12; 2 Pe 1.19).

A Bíblia foi escrita por cerca de 40 escritores de diferentes posições sociais, em um período de 1600 anos e em lugares e situações diversas. Samuel era profeta e juiz (At 13.20; 1 Sm 7.15); Moisés, um legislador (Dt 34.10-12); Daniel, um administrador público (Dn 2.49); Mateus, cobrador de impostos (Lc 5.27; Mt 10.3); Lucas era médico (Cl 4.24); e Amós era um boieiro e cultivador de sicômoros (Am 7.14).

Todos esses homens foram capacitados por Deus e procuraram registrar a história de seu povo - Israel e as mensagens e revelações que receberam de Deus.

Esses registros tinham grande significado e importância na vida daquele povo e, por isso, foram copiados muitas vezes, passados de geração em geração e reunidos, posteriormente, formando o que conhecemos por cânon bíblico.

Os cristãos creem que a Bíblia foi inspirada por Deus. A expressão grega para “inspirada por Deus” é uma palavra theopneustos, que significa “por Deus soprado”. O apóstolo Pedro afirma que “a profecia (Palavra de Deus) nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21), por isso é que afirmamos a origem divina das Escrituras, que o mesmo Espírito de Deus inspirou cada um desses autores de tal forma que as Escrituras são unânimes em seus assuntos e coerentes em sua mensagem.

Quanto à estrutura, a Bíblia usada pelos protestantes possui 66 livros, agrupados em duas seções, o Antigo Testamento (AT), escrito originalmente em hebraico e com algumas porções em aramaico e o Novo Testamento (NT) escrito em grego koiné e com frases em aramaico. A palavra Testamento significa aliança, contrato, pacto.

Para fins de estudo, os livros do Antigo Testamento (39 livros) estão agrupados segundo o estilo literário que foram escritos, nas seguintes categorias:
&  Lei: chamados também de Pentateuco, por ser composto pelos 5 primeiros livros (Gênesis a Deuteronômio), tratam da criação e da Lei de Deus;
&  Históricos: contêm as narrativas históricas do povo de Israel, o povo da Aliança e vão de Josué a Ester;
&  Poéticos: são chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo, compreendem os livros de Jó a Cantares; e
&  Proféticos: são compostos por 17 livros, de Isaías a Malaquias, e estão subdivididos em dois grupos, que são classificados quanto o tamanho da obra e não na relevância ou importância de seus escritos:
& Profetas Maiores: de Isaías a Daniel (5 livros); e
& Profetas Menores: de Oséias a Malaquias (12 livros).

Já os livros do Novo Testamento (27 livros) estão agrupados em quatro categorias:
&  Biografia: são os quatro Evangelhos e descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o seu glorioso ministério entre os homens, sendo que os três primeiros são chamados de Sinóticos devido ao paralelismo que apresentam;
&  Histórico: é o livro de Atos dos Apóstolos que registra a história da igreja primitiva impulsionada pela atuação do Espírito Santo;
&  Epístolas ou Cartas: são compostas de 21 livros que vão de Romanos a Judas.
& Cartas Paulinas: são compostas de 13 cartas escritas pelo apóstolo Paulo e dirigidas às igrejas locais (Romanos à Filemon); e
& Universais ou Gerais: são chamadas gerais por terem sido escritas diversos autores, elas vão de Hebreus a Judas.
&  Profecia: É o livro de Apocalipse, que significa revelação.

A Bíblia também é conhecida como: livro da Lei (Dt 31.26), livro da Lei de Deus (Js 24.26; Ne 8.18), Lei do Senhor (Sl 19.7), as Santas Escrituras (Rm 1.2; 2 Tm 3.15) ou apenas Escrituras (Lc 24.27,45), ou ainda Escritura (Jó 10.35; 2 Tm 3.16), a Palavra da Verdade (2 Tm 2.15; Jo 17:17), a Escritura da Verdade (Dn 10.21), Livro do Senhor (Is 34.16), Evangelho de Cristo (Rm 1.16), Palavras de Vida (At 7.38), A Palavra de Cristo (Cl 3.16), O Rolo (Sl 40.7), Espada do Espírito (Ef 6.17), Palavra de Deus (Lc 11.28), Palavra da Vida(Fp 2.16), Palavras do Senhor (Sl 12.6), entre outros.


Hoje aprendemos que a Bíblia é o Livro dos Livros, a Palavra de Deus. Ela é viva, infalível, eterna – é totalmente fidedigna, norteia as decisões e preenche as lacunas da alma. Ela revela quem é o Criador, quem é Satanás, exibe o plano de Deus para salvação dos perdidos e expõe os erros que vão surgindo, frutos dos pecados e imperfeições humanas. O louco zomba das palavras de Deus (Sl 14.1), mas nós cristãos afirmamos: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” 

* Texto cedido por: EBD – 2º. Trimestre de 2017 
ADOLESCENTES E JUVENIS

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“CRESCENDO NA GRAÇA E NO CONHECIMENTO”




segunda-feira, 27 de março de 2017

A transfiguração.


Os evangelhos segundo escreveram Mateus, Marcos e Lucas relatam o episódio no qual o Mestre aparta três de seus discípulos e os leva a um alto monte.

O médico amado conta que o Senhor estava orando e mudou a aparência de seu rosto. Também suas vestes ficaram brancas e muito resplandecentes.

Dois homens falavam com Ele a cerca de sua morte, os quais foram lhe revelados serem Moisés e Elias.

Uma voz do céu fez com que os discípulos caíssem: Este é o meu amado Filho, em quem me comprazo; escutai-o.

Primeiramente poderíamos admitir que Jesus não quis dar essa revelação aos outros enviados? Sim, até advertiu-os para que não contassem.

Talvez não suportariam? Certamente.

A morte dEle era o tema daquela conversa e é o ponto mais alto da Palavra? É.

Desse momento em diante estava sendo colocado um novo concerto, no sangue do Cordeiro e os profetas e a lei concordam em Cristo? Obviamente.

Os profetas ansiavam por ver esse dia e a lei testificou do Messias na sua totalidade.

O Eterno desce do monte e revela a eles que Elias já tinha vindo e fizeram com ele o que quiseram, então entenderam que Ele falava de João Batista.


Uma experiência e tanto para firmar a fé dos apóstolos e prepará-los para os acontecimentos vindouros!


domingo, 26 de março de 2017

Mica e a cegueira espiritual.




A frase "cada um fazia o que bem parecia a seus olhos" é sempre citada no livro dos juízes, devido ao desvio espiritual do povo de Israel e afastamento de Deus.

Mica devolve o dinheiro de sua mãe e ela faz uma imagem de escultura e fundição.

Entretanto, fez um éfode (roupa sacerdotal) e terafins (imagens) e consagrou a um de seus filhos para que lhe fosse por sacerdote.

Um mancebo, levita de Belém de Judá peregrinava por ali, buscando comodidade e aceita o convite para ministrar naquela residência por salário.

Mica o abençoa e entende que a partir daquele momento Deus lhe faria bem.

Pobre homem, desorientado, cego espiritualmente, fazendo tudo errado e esperando ainda ser galardoado pelo Altíssimo! Como poderia?






* Com a sua Bíblia, confira mais sobre o assunto da cegueira espiritual e Mica no estudo completo abaixo.







Aproveitemos pois os ciscos!


Lendo e refletindo sobre os textos "quando Deus decide usar o cisco" do pastor Carlos Roberto e "os ciscos..." de Murillo Vinagre, (links dos artigos de ambos abaixo dessa publicação) vemos que o colírio foi recomendado em Apocalipse a uma igreja que se achava rica, que não tinha falta de nada, entretanto, na verdade, na visão do Eterno era: desgraçada, miserável, pobre, cega e nua.

Achava que estava fazendo a obra dEle, daquele jeito? Coitada! A correção é realmente resultado ainda da misericórdia divina? Certamente.

O Senhor corrige e repreende aquele a quem ama? Obviamente. Ele bate à porta e se abrirmos, Ele entrará e ceiará conosco! E se não dermos crédito a sua mensagem?

O conselho dEle era que ela comprasse ouro provado no fogo, vestidos brancos e ungisse os olhos com colírio para que realmente pudesse ver e não apenas pensar que via! Militar o bom combate deve ser legitimamente? Claro.

Realmente o cisco é algo insignificante, e seu incômodo temporário. Deus é grande e soberano, usa quem e o que Ele quer, para fazer o que decide, "Ele não se deixa escarnecer".

O homem, ao andar em seus próprios caminhos, com suas próprias ambições terrenas e levianas, tornando-se cego espiritualmente, em todo o seu orgulho e soberba tem de arcar-se a voz da mula, sim... a simples mula.

No livro sagrado, em I Co 1.27 - 29 diz que "(...) e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes, e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante ele".

O insignificante cisco também pode vir de um mover de Deus, para cumprir em propósito divino e isso não devia ser motivo para tristeza e brigas, mas para louvor e agradecimento do seu nome? Sim.

Visto que o nosso Pai Eterno corrige a aquele a quem ama, e no caso de um líder, é o cuidado de Deus com o seu povo!

Atentemos pois para a longanimidade dEle, pois Ele não se deixa escarnecer!

Tomemos nós cuidado, para escutar a voz do Senhor enquanto Ele está usando o cisco, ou a jumenta, pois para Geazi (2Rs 5.20) a sua desobediência lhe rendeu a lepra!

E qual seria o próximo passo do Altíssimo? Bem, não é inteligente, nem prudente não ouvir o Onipotente quando fala, ouçamos então!

Pois é...


http://murillovinagre.blogspot.com.br/2017/02/o-cisco.html

sexta-feira, 24 de março de 2017

Maria, a cheia de graça.

Nas Escrituras a introdução do primeiro encontro com o mensageiro divino é aclamada assim: salve agraciada, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres!

Seria pequena coisa achar graça diante de Deus? Não, ela certamente tinha muitas qualidades extremamente positivas.

Ela engrandece ao Altíssimo que atentou na sua humildade e foi dócil na sua missão.

Soube entender a chamada do filho ao ficar algum tempo a mais com os doutores no templo, ainda com doze anos.

Quando o Mestre lhe questionou não ousou impor sua autoridade materna e discerniu o Emanuel: mulher, que tenho eu contigo?

Entretanto disse aos servente: fazei tudo quanto ele vos disser!


Pois é...

José, o escolhido.

O evangelista declara a enorme grandiosidade do escolhido para ser pai do homem Jesus ao tentar deixar Maria secretamente, para não infamá-la depois de identificada a sua gravidez.

Mas era honesto e submisso ao Senhor e obedeceu ao mandado: não a deixes e o nome será Jesus!

Também muito humilde a ponto de não questionar a orientação de fugir para Egito e demores por lá!

Voltou do Egito na direção do Altíssimo e avisado em sonhos por revelação foi para Galiléia.

Que homem qualificado! 

Bem, e alguns pensam que o Eterno opta por qualquer um que aparece!


Pois é...

quinta-feira, 23 de março de 2017

A prática da palavra de Deus.

Chegamos à conclusão deste tão instrutivo Sermão proferido por nosso Senhor, no qual é desvendada a verdadeira essência de uma vida que glorifica a Deus por estar em harmonia com a Sua vontade e orientada para o Seu reino. E, após exortar os discípulos a uma total dependência da graça para que pudessem cumprir com as exigências da justiça e piedade divina, Jesus os incita à obediência sincera, constante e sem reservas da palavra de Deus, mostrando que de nada serve uma confissão de fé ou conhecimento que não se revele na prática; e, ainda que possam surgir aqueles que confessarão falsamente o Evangelho, só poderão ter a certeza de vida eterna e aprovação divina aqueles que estão resolvidos a seguir os passos do Mestre até ao fim e a todo o custo.

A exortação ilustrada nestes versos revela que todo o ensinamento transmitido por Cristo, particularmente neste Sermão, não é importante apenas por representar um padrão de justiça e piedade apropriado para os Seus discípulos, para aqueles que já foram salvos pela graça; é antes uma “porta” e um “caminho” para a sua própria salvação e vida eterna. Isto se harmoniza com o fato de que Jesus veio salvar o Seu povo da condenação tanto através do Seu sacrifício na cruz, sendo Ele mesmo a porta e o caminho (Mt 20.28; Jo 10.7; 14.6). E, seguindo o método da graça e misericórdia divina, Ele insta com os Seus ouvintes para que não rejeitem essa provisão (cf. Dt. 30.19; Ez 18.23, 30-32; Jo 14.6). “Entrai” – ou, em um texto paralelo, “porfiai por entrar” (Lc 13.24) – implica que a vida eterna só pode ser alcançada através de um esforço – um grande esforço. É uma passagem que deve ser forçada (cf. Mt 11.12), porque a porta é “estreita” e o caminho, “apertado”, ou seja, o elevado padrão do reino dos céus aponta em uma direção contrária àquela que a natureza carnal e pecaminosa do homem o inclina, confrontando suas obras e perscrutando os sentimentos e motivações mais ocultas do seu coração e impondo uma atitude de renúncia a coisas e pessoas que ele ama, e inclusive ao seu próprio eu (Mt 10.34-39; 16.24-26; Lc 14.28-33). E quão difícil é para o homem se dobrar ao conselho de Deus – de fato, isto é impossível ao homem, mas não a Deus – por isso tão poucos encontram este caminho (Mt 19.24- 26; Lc 13.23-24). Por outro lado, a “porta” e o “caminho” que levam à destruição não requer nenhum esforço para ser encontrado e trilhado, pois todos os homens já nascem nele e, se não for pela intervenção da graça salvadora de Deus, só perceberão o seu fim destrutivo naquele dia (cf. Pv 14.12; Lc 13.25). O fato de ser “largo” e “espaçoso” significa que é fácil, ou seja, permite a satisfação de todos os desejos e vaidades do homem, não há confrontação com o caráter, e seus pensamentos ocultos podem ser facilmente acobertados sob a aparência de uma falsa confissão – é o curso deste mundo, da multidão, da maioria (cf. Ef 2.1-3).

Tendo definido claramente que só há duas opções possíveis – e a que representa a vida não é fácil, embora o seu fim justifique e faça valer todo o empenho e sofrimento – o Senhor alerta Seus discípulos contra aqueles que certamente se levantariam para tentar desvirtuá-los do caminho, trocando a severidade do Evangelho pelas facilidades da conformação com o mundo, dando-lhes a falsa esperança de que, mesmo assim, ainda poderiam esperar alcançar a vida. O falso profeta, neste contexto, é todo aquele que presume ser enviado por Deus e ter o que ensinar a outros, recomendando-se por uma falsa confissão e identidade com o povo de Deus (“vestido de ovelha”), mas que, tanto pela sua própria conduta como pelo efeito dos seus ensinamentos libertinos, revela seu verdadeiro caráter réprobo (cf. 2 Pe 2.1-3, 18-22). Acerca dos tais, não somente o próprio Senhor Jesus, mas Seus apóstolos também deixaram várias advertências (cf. 1 Tm 4.1, 2; 2 Tm 3.1-5; 4.3-5). A comparação com a árvore e seu fruto nos orienta sobre como podemos reconhecer esses lobos devoradores, destrutivos para o rebanho de Deus: considerando, em primeiro lugar, a sua própria conduta no Evangelho; pois Cristo não requer menos obediência daquele que se diz mestre do que daquele que é ensinado como discípulo – antes, requer ainda mais do mestre (cf. Mt 24.45-51; Lc 12.47- 48). Depois, devemos considerar a qualidade de suas palavras – se inspiram temor, confiança e amor a 26 Deus e amor ao próximo; ou se disseminam liberalismo e permissividade nos que os ouvem, levando-os à negligência da santidade. A sentença contra os tais já está dada – se não há tolerância para a hipocrisia naqueles que ouvem as palavras de Cristo, tampouco haverá para aqueles que a ensinam.

(MT 7.21-27) Nestes versos fica ainda mais patente que o Senhor Jesus está tratando com a atitude de hipocrisia que muitos ouvintes da Sua Palavra poderiam ter, e isto Ele faz para mostrar o quanto é perigosa e destrutiva essa atitude. Se, por um lado, a confissão do nome de Cristo faz parte do nosso testemunho cristão (Mt 10.32-33), por outro, de nada valem os lábios que confessam o Senhor quando isto não é fruto de um coração sincero e fiel (Rm 10.8-10; Hb 13.15; cf. Mt 15.7-8), ou de uma vida pautada pela obediência ao Evangelho. Neste caso, Jesus não faz uma comparação, mas nos dá um vislumbre de como realmente será aquele grande dia de juízo, quando muitos se decepcionarão com a confissão hipócrita que fizeram do Seu nome e com a aparente identidade que mantiveram com a Sua causa – a vida eterna sendo de uma excelência muito superior (Lc 10.17-20). Jesus só reconhecerá aqueles que de fato foram Seus discípulos, ou seja, aprendendo dEle e imitando-O, na obediência à vontade de Deus (Lc 6.46; Jo 15.21; 2 Tm 2.19- 21). Observemos ainda que toda a confissão aparente, feita para iludir e ocultar aos homens um coração infiel, será desfeita do mesmo modo diante dos homens, para que os segredos fiquem descobertos não somente para aquele que viveu hipocritamente, mas para os que foram enganados pela sua falsa identidade. A parte conclusiva deste longo e rico discurso de Cristo traz, sob a forma de uma nova comparação, um alerta final, que chama a nossa atenção para um dia em que nossa vida será examinada e posta à prova e, de acordo com a qualidade de nossas ações, seremos aprovados ou reprovados. É uma exortação dirigida particularmente àqueles que ouvem a Cristo, e não aos homens em geral (“todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras”), onde vemos, em primeiro lugar, o rigor do escrutínio de Deus sobre a vida daqueles que são confrontados com a Sua Palavra, comparado às forças tempestivas e poderosas da natureza. Em segundo lugar, evidencia-se a eficácia da palavra de Cristo, uma vez aplicada ao nosso coração e posta por prática, pode firmar nossa alma e assegurá-la eternamente, a fim de que não pereçamos em juízo. E, por último, mais uma vez aparece nesta comparação a necessidade de um esforço para a obediência dos ensinos de nosso Senhor, assim como para construir uma casa firme contra as adversidades é necessário buscar o solo apropriado, cavar em busca da rocha firme que servirá de fundamento para o edifício (cf. Lc 6.47, 48).


As palavras de Cristo não devem ser apenas ouvidas e admiradas, para depois serem esquecidas. Não é discípulo de Cristo aquele que o é apenas na aparência, e que negligencia e pouco se importa com a prática da justiça e da piedade. Que possamos nos confrontar diariamente com a transparência dos ensinos ministrados por nosso Senhor neste Sermão e, com humildade e resignação, nos submetermos ao bondoso e misericordioso governo que Cristo tem, por direito, sobre nossas vidas.

* Texto cedido por: EBD – 1º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTERIO GUARATINGUETÁ-SP
“AS BEM-AVENTURANÇAS DO REINO”

terça-feira, 21 de março de 2017

A morte de Salomão.

O sábio reinou em Jerusalém sobre todo o Israel por quarenta anos.

No final de sua vida Deus se irou com ele devido a idolatria. Teve muitas mulheres estrangeiras e elas lhe perverteram o coração, pois desobedecera ao Senhor e se uniu a elas em casamento.

Um final de existência muito delicado e difícil do amado de Deus, contudo o Criador o tratou como príncipe todos os dias de sua vida, por amor a Davi.

A vida do pregador nos ensina a importância do final da carreira do cristão? Certamente.

Devemos percorrer nossa trajetória de forma que consigamos terminá-la bem com o Altíssimo? Sim.

A última batalha do discípulo é a morte e nesses instantes derradeiros pode-se definir o seu destino eterno? Obviamente.

Existe uma grande luta espiritual, céu e inferno, luz e trevas, vida ou morte, qual rumo tomaremos?

É fundamental a ajuda de parentes, amigos e principalmente irmãos que possam salvar alguns do fogo, evangelizando-os, fortalecendo-os.

A arena dessa guerra muitas vezes é num hospital, podendo ser numa cela ou em um beco abandonado da periferia, e quem tem acesso a esses lugares nessa hora?

Precisamos nos despertar para ajudarmos as pessoas que estão “passando o Jordão”, muitas vezes enfraquecidas na fé e reconduzi-las a Cristo.


Pois é...

sábado, 18 de março de 2017

“Quer ouçam quer deixem de ouvir”.

O profeta cujo nome significa “Deus fortalece”, descreve, no capítulo introdutório, a glória divina. Os seres viventes, que assistem diante do Eterno, mais a frente são identificados pelo vidente, como querubins, no capítulo décimo, figura relatada pelos coatitas quando levavam a arca da aliança no Velho Testamento e o salmista também recita que o Senhor voa em cima dos querubins.

No começo de seu ministério, mudo, mas o Criador abria sua boca no momento certo e com orientações precisas do que falar.

Deitou de seu lado esquerdo trezentos e noventa dias (Israel) e depois quarenta dias do lado direito (Judá), significando os anos que Ele esteve falando com o seu povo para se arrependerem. Com comida e água regrada, sendo que, a alimentação misturada com esterco humano, mudado para esterco de vacas, diante dos olhos do povo, significando o que aconteceria a eles como juízo divino.

Outra encenação foi a raspagem de todo cabelo de seu corpo e colocando numa balança e divisão em três partes. Morreriam em Jerusalém muitos pela espada e fogo. Outros tantos seriam espalhados pelo mundo, com espada atrás deles.

Um pouquinho, porém, ficaria na borda de seu vestido, mas com juízo.

A obediência de Ezequiel em cumprir suas tarefas, mesmo aquelas mais extravagantes, foi a característica marcante de seu ministério, um exemplo para mantermos submissos a Ele, mesmo com o tempo já decorrido e as experiência aumentando.

Pois é...