sábado, 30 de junho de 2018

A igreja de Corinto e suas dissensões.





Paulo escreveu aos coríntios duas epístolas, cujos assuntos são bem diferentes.  Neste trimestre nos ocuparemos apenas do estudo da primeira epístola. Esta é uma carta eclesiástica, endereçada a uma igreja particular para tratar de problemas e questões que haviam surgido entre os irmãos de Corinto. Assim, tanto por iniciativa do apóstolo, como também a pedido dos próprios coríntios, essas dificuldades são aí tratadas sob a inspiração divina, com o propósito de corrigir, instruir e exortar a Igreja de Cristo.

Corinto era uma grande cidade portuária localizada no sul da Grécia, em uma região chamada Acaia. Na época, estava sob domínio romano. Próspera pela sua posição estratégica nas rotas de comércio do Mar Mediterrâneo, era uma cidade tipicamente grega, famosa pelos seus filósofos e mestres de oratória. O culto aos falsos deuses, a idolatria, a imoralidade e o interesse por toda espécie de conhecimento faziam parte do dia a dia deste povo.

O evangelho de Cristo entrou em Corinto através do ministério apostólico de Paulo (cf. At 18.1-4). Ali esteve ele pela primeira vez durante a sua segunda viagem missionária. Permaneceu na cidade por quase dois anos, anunciando a Palavra tanto a judeus como gentios. Foi também nessa oportunidade que escreveu a sua epístola aos Romanos, na qual cita alguns irmãos coríntios pelo nome, bem como cooperadores que estavam ali presentes com ele (Rm 16.21-23).

A presente epístola foi escrita alguns anos depois, enquanto o apóstolo estava em Éfeso, durante sua terceira viagem missionária (16.8-9). Nela encontramos alguns outros detalhes sobre a obra de Deus em Corinto, como a menção aos primeiros convertidos, dentre os quais Estéfanas e sua família, e Crispo, principal da sinagoga (1.14-16; 16.15). Também ficamos sabendo de outros ministros do evangelho que contribuíram com o crescimento da igreja ali, como Cefas e Apolo (3.22; cf. At 18.24-28). Paulo escreveu esta epístola em conjunto com o irmão Sóstenes – provavelmente seu amanuense.

O evangelho prosperou grandemente na cidade de Corinto. Conforme revelação do próprio Senhor, havia ali um grande número de eleitos, os quais, através da pregação de Paulo, foram chamados por Deus “para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo” (1.9). O apóstolo considerava os crentes coríntios seus filhos na fé, e tinha grande afeição por eles (4.14-15; 16.24). Embora vivessem em uma cidade notoriamente depravada, e eles mesmos tivessem anteriormente participado da sua corrupção, agora haviam sido perdoados e purificados, e podiam ser chamados de “santos” (1.2; 6.10-11).

O apóstolo louvava a Deus pela graça que havia sido manifestada aos coríntios, enriquecendo-os com toda sorte de dons espirituais, pelos quais eles eram edificados na palavra e no conhecimento de Cristo Jesus (1.4-7). E, embora na ocasião precisassem ser corrigidos em muitas coisas, ele estava certo de que a graça de Deus não se manifestara em vão para com eles. Certamente Deus os aperfeiçoaria, preparando-os para o dia da vinda de Cristo (1.8).

Poderíamos citar ainda, como atitude louvável dos irmãos coríntios, sua preocupação em indagar da parte do apóstolo como deveriam agir e pensar em questões de moral (7.1); como contribuir com as necessidades dos santos (16.1). E também em levar à sua consideração os problemas que a igreja passava (1.11; 5.1). Quanto à prática da caridade, a liberalidade dos coríntios tornou-se notória, de tal modo que será celebrada por Paulo na segunda epístola (2 Co 9.1-2).

Contudo, a igreja de Corinto estava longe de ser perfeita. Ocorriam sérios problemas que poderiam afetar gravemente o testemunho e a vitalidade da igreja. Ciente da situação, Paulo não hesitou em usar da sua autoridade apostólica para corrigir e repreender os irmãos faltosos, e apresentar o conselho de Deus para a conduta dos crentes, em particular, e da igreja, como um todo.

Assim que, logo de início, o apóstolo passa a considerar o primeiro e talvez mais grave problema da igreja em Corinto, a saber, o sentimento faccioso, o partidarismo, que eles haviam criado em torno dos seus principais obreiros: Paulo, Cefas e Apolo e mesmo Cristo (vv. 11-12). As dissensões e contendas que esse comportamento reprovável estava suscitando entre os irmãos levaram o apóstolo a fazer um apelo: “Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões” (v. 10).

O partidarismo dos coríntios baseava-se em orgulho e vanglória carnais, como se a graça que haviam recebido e que os fazia serem cristãos dependesse da capacidade peculiar daqueles homens de Deus. Para remover esse sentimento, Paulo os lembra de que lhes havia pregado simplesmente a Cristo e a Sua Cruz, na qual Ele consumou a nossa salvação (vv. 13, 17). A cruz representava uma contradição humilhante para o mundo (vv. 21-23). Somente pela fé o homem poderia contemplar a cruz como o poder de Deus para sua salvação (vv. 24-25) e gloriar-se em Cristo, como a fonte de toda a sabedoria, justiça, santificação e redenção (vv. 27-31).

O apóstolo considerou ainda outros particulares dessa questão nos capítulos seguintes, os quais estudaremos nas próximas lições: a natureza espiritual do evangelho (cap. 2), a consideração em que deviam ser tidos os ministros de Cristo como cooperadores de Deus para benefício da igreja (cap. 3), e particularmente o papel de Paulo no desenvolvimento espiritual dos coríntios (cap. 4).

A igreja em Corinto era uma igreja como a nossa: formada por aqueles que têm sido chamados pelo evangelho para a comunhão de Cristo, e assistida pelo Espírito Santo com todas as riquezas da graça de Deus necessárias para o desenvolvimento e aperfeiçoamento espiritual de seus membros. Problemas, desentendimentos e pecados podem ocorrer, mas devem ser tratados e solucionados por meio do sábio conselho de Deus revelado nas Escrituras, para que assim provemos a Sua fidelidade em nos preservar irrepreensíveis até o fim.





Texto cedido por: EBD –  3º. Trimestre de 2018




1ª CARTA AOS CORÍNTIOS

ASSEMBLÉIA DE DEUS 

MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Os dons espirituais.






Paulo, o apóstolo dos gentios, com preocupação de responder aos questionamentos dos irmãos de Corinto, agora, no capítulo 12 da primeira carta, doutrina a igreja acerca dos dons espirituais.

Explica que quando o homem deixa os ídolos e converte-se ao Altíssimo, o espírito dEle dá dons, capacidades da parte do Senhor para agirmos em sua obra, para aquilo que for útil ao corpo.

Deve-se sempre ser lembrado que os propósitos do Eterno é que estão priorizados na distribuição das habilidades espirituais para edificação da igreja de Cristo.

Enfim, o Espírito reparte como quer, algo da soberania dEle, para uma atuação em união, sendo todos os dons como ferramentas (partes) de um corpo, atuando sob a orientação divina, em amor.




* Este texto compreende apenas um recorte sobre um estudo sobre a primeira carta de Paulo aos Coríntios a partir do capítulo 12, com respostas aos coríntios sobre vários assuntos, começando com os dons espirituais. Acompanhe-o de forma mais completa e detalhada no link abaixo.






Respostas acerca do casamento.






No capítulo 7, em resposta acerca do casamento, o apóstolo Paulo responde que bom seria que o homem não tocasse em mulher, entretanto por causa da prostituição, cada um tenha a sua mulher.

Coloca a não obrigatoriedade do casamento, contudo, após o enlace, o marido não deve deixá-la, apenas por consentimento mútuo e para se dedicar à oração.

Cada um tem de Deus o seu dom, segundo o apóstolo e há eunucos desde o ventre, outros se tornaram. Enfim, ainda há outros que se tornam eunucos por causa do reino.

Aos casados, mando não eu e sim o Senhor, diz o apóstolo, que o marido não deixe a mulher. Se houver separação, que se reconcilie e se não der para se reconciliar, que não case novamente, pois isso é adultério e prostituição.

Traz ainda orientações quanto ao jugo desigual, já formado, para o irmão/ã não deixar o descrente, pois os filhos seriam puros (vasos limpos), que é diferente de salvação, naturalmente. Se o descrente se apartar, que se aparte, isso (separação) não deve partir do crente, nunca.




* Este texto compreende apenas um recorte sobre um estudo sobre a primeira carta de Paulo aos Coríntios a partir do capítulo 7, com respostas acerca do casamento. Acompanhe-o de forma mais completa e detalhada no link abaixo.




Problemas na igreja de Corinto.





O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios esta carta eclesiástica para tratar de dilemas que haviam surgido entre os irmãos de Corinto.

Corinto era uma grande cidade portuária localizada no sul da Grécia, em uma região chamada Acaia, muito famosa pelos seus filósofos, idolatria,  imoralidade e o interesse por toda espécie de conhecimento.

Nesta carta encontram-se detalhes sobre os primeiros convertidos e ministros que contribuíram com o crescimento da igreja e inicialmente trata de uma divisão na igreja entre grupos que se diziam de Paulo, Cefas e de Apolo, cooperadores que trabalharam na igreja local.

Enfim, outros problemas também tratados foram de um caso de incesto, litígio entre os irmãos e prostituição, trazendo disciplina e ensinamento sobre o tema.




* Este texto compreende apenas um recorte sobre um estudo sobre a primeira carta aos Coríntios. Acompanhe-o de forma mais completa no link abaixo.






sexta-feira, 22 de junho de 2018

As bodas do Cordeiro.






As Bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. É a figura do casamento, do esposo e da esposa, que aparece na Bíblia em várias passagens, e que ilustra o relacionamento de amor e união que há entre o Senhor Jesus e o Seu povo, e que se estreitará ainda mais na eternidade, quando estaremos para sempre junto de nosso Salvador, desfrutando da plenitude da glória e alegria desta aliança firmada na cruz do Calvário.

No antigo testamento, as Escrituras Sagradas usam a linguagem figurada do casamento para ilustrar o relacionamento entre Deus e Israel. Nos profetas, essa figura é empregada para mostrar a gravidade das infidelidades de Israel, por terem se voltado para falsos deuses e se esquecido de Jeová, que os criara, e fizera com eles uma aliança, e os enriquecera sobremaneira, enchendo-os de bênçãos – tal como um bondoso e amoroso esposo teria feito por uma mulher desamparada, pobre e desprezada, ao desposá-la (Is 54.1-6; Jr 3.1-2, 20; Ez 16.8-14). Por causa dos “adultérios” de Israel, Deus os castigou severamente, rejeitando os impenitentes, e recebendo de volta, como sua esposa, os que se arrependeram (Os 2.2-4, 13-20).

No novo testamento permanece a linguagem do casamento para descrever a relação vital entre o Senhor Jesus e a Sua Igreja. A começar com João Batista, que identifica o Cristo com o esposo, aquele que “tem a esposa” (Jo 3.28-29). Em seguida, o reino de Deus, anunciado como uma realidade presente, é descrito, em várias parábolas, como uma festa ou bodas de casamento. Sobre alguns aspectos dessas parábolas falaremos ainda no próximo tópico. Mas, no momento, consideremos ainda que essa união se concretizou quando Cristo se entregou em sacrifício pela Igreja, na cruz do Calvário, expressando da maneira mais sublime e gloriosa o Seu amor por nós (Ef 5.25-27; Ap 1.5; Rm 5.8). É através do Seu sangue que Jesus comprou a Igreja, a purificou e a enriqueceu com todas as bênçãos espirituais (1 Jo 1.7; Ap 7.13-15).

De acordo com o costume oriental, depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do casamento, as bodas. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidades do pai da esposa. Os textos de Mateus 22 e 25 apresentam duas parábolas de Jesus que retratam a história de um casamento, as bodas.

Quem são os convidados e as virgens? Em Mateus 22, as Escrituras nos apresentam a grande misericórdia de Deus e a Sua intenção de que os céus se encham. A ordem, portanto, é buscar e forçar muitos a entrarem – uma alusão clara à persistência na evangelização e no discipulado de todos os homens (1 Tm 2.1-4; Mt 28.18-20; Mc 16.15). Já na parábola das dez virgens, temos uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas nominais. Não são dez pretendentes ao esposo, nem dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo. São todos os crentes que compõem a Igreja de Cristo. O número dez apenas se refere, simbolicamente, à multiplicidade dos que confessam o nome de Jesus e se identificam com o Evangelho, seja em verdade ou apenas na aparência (cf. Is 4.1).

Por que as palavras “esposo” e “esposa”? No Oriente, o noivado era tão sério quanto o casamento. A mulher prometida a um homem era chamada esposa e, apesar de ainda não estar unida fisicamente ao marido, era obrigada à mesma fidelidade, como se estivesse casada (cf. Mt 1.18-19). A Igreja é a Esposa de Cristo porque: 1) está comprometida com o Senhor Jesus (2 Tm 2.19); foi comprada e pertence ao que pagou o preço (Ap 5.9; 1 Co 6.20); 2) em espírito forma um corpo com Cristo (1 Co 12.12-13, 27; Rm 12.5), assim como um casal se une pelo casamento e forma um só corpo em carne; 3) gera filhos (Is 54.1-3; Gl 4.19, 26-31), sendo comparada a uma mãe pela qual vêem à luz os que se convertem a Cristo.

De acordo com a parábola das dez virgens, as bodas se dão “à meia-noite”. Esta expressão representa o clímax da esperança da igreja. É quando o esposo vem ao encontro das virgens, ou o rei entra para ver os convidados (Mt 25.6, 10; 22.11). Em outras palavras, é quando Deus terá julgado o mundo dos ímpios, e a Igreja estará pronta para se encontrar com Cristo (cf. Ap 19.1-8). Esse evento acontecerá no Céu, pois é o lugar mais adequado para o encontro de Cristo com a Sua Igreja glorificada (Ap 21.2, 9-11; 1 Ts 4.16-17). Por outro lado, observemos que as bodas já estão prontas (Mt 22.8, 9), mesmo agora quando evangelizamos (Is 55.1, 6; Ap 22.17). Falta a casa se encher (Ap 6.11) e os que vieram se prepararem (Mt 22.11-12; 2 Co 11.2; Fp 1.6). Consideremos também que aqueles que estão em Cristo Jesus já estão assentados em lugares celestiais (Ef 1.3; 2.6).

As bodas representam a celebração da união entre Cristo e a Igreja. Tanto os convidados como as virgens se referem à mesma classe de pessoas: os que são convidados a participar do reino de Deus. Contudo, aí também vemos uma distinção clara entre aqueles que respondem sinceramente, pela graça de Deus, ao chamado do evangelho, e os falsos crentes (Mt 22.14). 

Essas duas classes são uma realidade espiritual na igreja de Cristo. Na parábola das virgens, as loucas representam os cristãos que não agem racionalmente em sua vida de fé, sendo descuidados com a vigilância e a espiritualidade (cf. Lc 12.34-35). Corresponde àquele que, na parábola dos convidados, foi surpreendido não vestindo traje nupcial ou sem o azeite que é o símbolo do Espírito Santo.

As virgens prudentes tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25.7-9) e o principal elemento: o azeite, o símbolo do Espírito Santo (Ef 5.18; 2 Tm 1.14). Os convidados tinham de estar trajando vestes nupciais, que representam as justiças dos santos, adquiridas pelo sangue de Cristo (Ap 3.18; 7.14; 19.8).

Pela pregação do Evangelho somos convidados a participar do mais glorioso evento e da maior e mais duradoura festa que possa existir – as Bodas de Jesus e a Igreja. Não subiu ao pensamento do homem o que Ele tem preparado para os fiéis. Compensa toda sorte de esforço ou renúncia para alcançar esta glória.




Texto cedido por: EBD –  2º. Trimestre de 2018





ESCATOLOGIA 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Acabe: um rei desviado.






A disputa para ser o rei nas dez tribos do norte, devido ao cisma ocorrido após a morte de Salomão, quase sempre resolvida pela força, sem direção do Altíssimo.

Um desses monarcas foi Acabe que começa a sua história dizendo que fizera pior do que seus pais e ainda para piorar casou-se com Jezabel, mulher muito ímpia.

Nessa época os sacerdotes e profetas eram mortos pela mulher do rei, e Elias, determinou pela palavra divina que não choveria por causa do desvio do povo do Senhor.

O profeta Elias faz um desafio e demonstra quem era o Deus verdadeiro Senhor, desagradando a Jezabel, que irritada manda matá-lo naquele mesmo dia.

Samaria foi cercada por uma grande multidão e um profeta trouxe a mensagem para Acabe dizendo que Ele daria livramento para eles, mas deveriam estar preparados, pois no próximo ano os sírios voltariam a atacar, agora em planície, porém foi advertido por ter poupado a vida do rei inimigo.

Cobiçou a vinha de Nabote que não queria vender a herança do Senhor, Jezabel, entretanto, interfere na questão matando o dono da vinha e se apossando dela.




* Este texto compreende um recorte sobre um estudo sobre a vida de Acabe. Acompanhe-o de forma mais completa no link abaixo.






sábado, 16 de junho de 2018

Israel será salvo.






Deus determinou salvar um povo desde a eternidade e jurou por Si mesmo que executaria a Sua Palavra, porém, naquele momento, era difícil de entender essa mensagem, pois ao olhar a situação de desvio do povo escolhido, mas, o Senhor diz que Ele não tinha abandonado a Israel e ainda consolaria os filhos da casada.

A estéril pode alongar a sua tenda, diz o profeta, pois ainda teria muito filhos, multiplicaria à direita e esquerda, significando a multidão dos escolhidos dEle espalhados em toda a terra.


A salvação estaria aberta a todos os povos, sem dinheiro/preço e todos que viessem/buscassem ao Altíssimo teriam as suas almas saciadas com a salvação, mesmo fora daquele que não era chamado povo de Deus, apenas deveriam continuar a caminhada e esperar de forma quieta no seu Salvador, pois haverá um povo incontável como as estrelas no céu de Deus!


* Este texto compreende um recorte sobre um estudo da salvação no livro do profeta Isaías, a partir do capítulo 40. Acompanhe-o de forma mais completa no link abaixo.






quinta-feira, 14 de junho de 2018

O tribunal de Cristo.






Nesta lição, trataremos especialmente sobre o Tribunal de Cristo, evento também identificado na escatologia bíblica como o Juízo Final. Será um período de julgamento das nações, tanto dos povos em geral como de cada pessoa em particular. A certeza desse acontecimento é claramente expressa nas Escrituras.

Chamamos de “Tribunal de Cristo” a manifestação futura do juízo de Deus, o julgamento de todos os povos e indivíduos, que ocorrerá no fim do mundo. Mas observemos que, no caso de alguns indivíduos e nações, isto já é manifesto (cf. 1 Tm 5.24). Abraão já chamava a Deus de “o Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). Assim são exemplos de casos particulares: Caim (Gn 4.10-12), Nabucodonosor (Dn 4.24-25) e Belsazar (Dn 5.25-31); Ananias e Safira (At 5.3-5, 9) e Herodes (At 12.23). No caso de povos ou nações, podemos destacar a destruição do mundo antigo pelo dilúvio; os habitantes de Sodoma e Gomorra (Jd 7); os povos que foram destruídos e expelidos da terra de Canaã por terem enchido a sua medida de injustiça (Gn 15.16); em Jonas temos um acontecimento especial, pois, neste particular os ninivitas pediram e alcançaram misericórdia, pois mudaram o seu comportamento (Jn 1.1-2; 3.4-10; Pv 28.13); os próprios judeus que rejeitaram a Cristo e ao Evangelho podem ser citados como um povo que encheu a medida de iniquidade de seus pais, e por isso “a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim” (Mt 23.32, 34-35; 1 Ts 2.15-16).

Queremos agora destacar um julgamento final, total, a ser manifesto no tempo do fim, no futuro, assim chamado de Tribunal de Cristo, e do qual os exemplos antigos são para confirmação desta realidade futura. Este julgamento certamente virá – é a afirmativa de Judas (Jd 14-15), e de Paulo (At 17.30-31). Diante desta realidade, Félix estremeceu (At 24.24-25). 

Quando se dará o Tribunal de Cristo? A resposta é precisa pela simples análise das palavras de Jesus. Por exemplo: “Quando o Filho do homem vier em sua glória” (Mt 25.31), que é o mesmo tempo referido como “na regeneração” (Mt 19.28). Ou seja, mais precisamente, no fim do mundo, na vinda de Jesus (Ap 20.11; 22.12). Ou também no chamado “Dia do Senhor”; ou, ainda, após a morte e ressurreição (Hb 9.27; Dn 12.1-3). Esse tempo é ensinado pelas epístolas e exemplificado pelas parábolas. Pelos apóstolos, temos exemplos em 2 Tm 4.1, 8 e 2 Pe 3.10-12. Quanto às parábolas, são figuras claras a dos mordomos (Mt 24.29-51) e a dos talentos (Mt 25.19- 30).

Certamente o juízo é de Deus, através de Seu Filho Jesus, a quem foi delegado o poder de julgar a todos (Jo 5.22-29; Ap 6.16-17; 14.7; At 10.42). Faz parte da exaltação de Cristo, depois de Sua conquista no Calvário, receber do Pai toda a autoridade e poder para julgar. Por isso é chamado de Tribunal “de Cristo”, pois as obras de todos serão examinadas perante o Filho de Deus (2 Co 5.10).

Indubitavelmente, todas as pessoas serão julgadas nesse tribunal – os santos remidos por Cristo e os que rejeitaram o evangelho. Não há acepção de pessoas. Todos serão julgados, tanto vivos como mortos (2 Tm 4.1); inclusive os anjos (2 Pe 2.1-9). Vide ainda Rm 14.10- 12; Ap 20.10-15. Outra vez, as parábolas mostram em figuras: a colheita do trigo e do joio, e a da rede de pescar (Mt 13.40-43, 47-50).

As Escrituras nos ensinam o temor que se deve a Deus (Rm 2.1-3; Ec 12.13-14). Somos advertidos a não julgarmos o nosso irmão (Tg 5.9) – isto pertence a Deus. A nossa medida será um referencial (Mt 7.2). Nada poderá se esconder daquele que tem olhos como chama de fogo (Ap 2.18-19; Hb 4.12-13). Tudo será analisado (Is 28.17). De tudo se pedirá conta, até das palavras ociosas que saírem de nossas bocas (Mt 12.36). Não devemos endurecer nossos corações. Não escaparemos ao aviso de Deus (Rm 2.5). É necessário buscar condições para alcançar misericórdia (Rm 8.1; Hb 4.16). Deus é justo e bom; se vivermos guardando a fé e o testemunho n’Ele, não seremos confundidos. O tribunal de Cristo é como fogo ou luz que queima as impurezas ou revela o que está em trevas (Mt 3.10-12; 2 Ts 1.4-9; Ef 5.13). Portanto, as obras feitas por impulso carnal e para ostentação da carne não suportarão o calor do fogo de Deus – por mais bonitas que sejam, serão desaprovadas (1 Co 3.10-13).

A maior lição que aprendemos sobre o Tribunal de Cristo consiste na necessidade de atentarmos diligentemente para a nossa responsabilidade perante o Senhor nosso Deus. Deus não terá o culpado por inocente, mas também não condenará o justo com o ímpio.


Texto cedido por: EBD –  2º. Trimestre de 2018




ESCATOLOGIA 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP

sábado, 9 de junho de 2018

Igreja, o Israel de Deus.







O tema desta lição geralmente é proposto no estudo da escatologia bíblica em razão dos propósitos de Deus relacionados com o futuro do Seu povo. Existe a opinião equivocada de que o povo de Israel atual ainda tem um lugar especial e distinto nos planos de Deus, em distinção da igreja cristã, formada a partir da pregação do Evangelho. Precisamos entender como a Igreja, neste tempo presente, unindo tanto judeus e gentios em um só povo, representa a plenitude de Cristo, aqu’Ele que cumpre tudo em todos.

Desde Gênesis podemos acompanhar a obra de Deus na formação de uma grande nação que seria para Ele um povo peculiar, um reino sacerdotal. Inicialmente chamando a Abraão, o Senhor lhe fez a promessa de levantar a partir dele uma grande nação. O cumprimento se deu nas gerações seguintes, com Isaque, Jacó – cujo nome foi trocado por Deus para Israel (Gn 32.27-28) – e seus doze filhos. A partir destes, foram constituídas as doze tribos de Israel (Gn 49). A consagração deste povo para servirem a Deus se deu no deserto, aos pés do monte Sinai, através do juramento e concerto entre ambos (Ex 19.5-8; 24.7).

Procurando por todo o Antigo Testamento, não encontraremos a palavra igreja, pois é um termo grego – língua esta que, nos escritos sagrados, só foi usada no Novo Testamento. Contudo, a palavra “igreja” significa ajuntamento, congregação, reunião e assembleia convocada; e estas palavras, sim, encontramos em toda a Bíblia, em particular no Antigo Testamento, de modo que, ao dizer “santa convocação”, ou “ajuntamento de Israel”, as Escrituras estão se referindo à “igreja” de Israel. Do mesmo modo, sob o Novo Testamento, o povo de Deus continua a se chamar “congregação”, “ajuntamento”, “assembleia” – isto é, igreja – onde quer que o evangelho seja pregado e ali haja almas que o recebam de bom grado (At 2.41-42, 47).

Muito antes do chamado de Abraão já podemos encontrar a separação de um povo especial de homens “piedosos”, isto é, fieis a Deus (cf. Ml 2.15; At 17.26-27). Nos dias anteriores ao dilúvio, esses fieis são distinguidos dos demais filhos dos homens como “filhos de Deus” (Gn 6.1-2), e entre as suas fileiras destacaram-se primeiramente Abel (1 Jo 3.10-12) e, depois deste, os descendentes de Sete (Gn 4.25-26), notoriamente Enoque e Noé (cf. Hb 11.4, 5, 7). Depois do dilúvio, encontramos Noé bendizendo ao Senhor como o Deus de seu filho Sem (Gn 9.26), e a partir daí as Escrituras relatam a sua descendência até chegarmos a Abraão.

A partir da dispersão das nações em Babel, nossa atenção se volta para o chamado de Abraão. Enquanto Deus deixou que todos os povos andassem “em seus próprios caminhos” (At 14.16), Ele estabeleceu com este homem e a sua descendência um concerto, para que fosse o Seu povo (Gn 12.1-3; 17.4-7). Nos dias de Moisés, esta aliança foi selada por Deus sob os termos de que, se o povo cumprisse os Seus mandamentos, seriam um povo especial, um reino sacerdotal (Ex 19.4-6). Israel tornou-se uma nação muito chegada ao Senhor, conhecendo-o mais do que qualquer outro povo, e tornando-se depositária dos oráculos divinos (Dt 4.5-9; cf. Jo 4.22; Rm 3.1-2) e, finalmente, recebendo a promessa acerca da vinda do próprio Cristo (Rm 9.3-5; Dt 18.15).

O povo de Deus no passado era formado pela descendência de Abraão, Isaque e Jacó (Ex 3.15), mas também incluía todo gentio que se aproximasse de Deus. O estrangeiro que quisesse servir a Deus devia ser admitido como um natural da terra (Lv 19.33). E, por sua vez, o natural que transgredisse o concerto de Deus era cortado, excluído do povo (Ex 12.19). Além disso, Deus não se deixou sem testemunho entre as nações (At 14.17), e podemos contar, entre esses povos, inclusive sacerdotes, como Melquisedeque e Jetro (Gn 14.18; Ex 18.8-12), e profetas, como Balaão (Nm 24.15-17). E observemos que Deus mostra um cuidado especial pelos gentios que se aproximavam d’Ele e queriam servi-lO (Is 56.3-8).

Quando prometeu fazer de Abraão uma grande nação, o propósito de Deus já era o de abençoar todas as famílias da terra através da sua descendência, o que Ele cumpriu em Jesus Cristo, a verdadeira descendência de Abraão (cf. Gl 3.8, 16). A salvação dos gentios era um grande mistério oculto desde a antiguidade (Ef 3.6; Cl 1.26-27; Rm 10.11-13), embora isto já tivesse sido profetizado – por Isaías, por exemplo (Is 49.1-6; 42.6; At 13.46-48). Em Cristo, este mistério foi revelado, na referência à salvação de “outras ovelhas, que não são deste aprisco”, ao “mundo” que Deus amou e pelo qual enviou Seu Filho unigênito, e a todos que seriam atraídos quando Ele fosse levantado da terra (cf. Jo 3.16; 10.16; 11.51-52; 12.32). Depois, quando o próprio Senhor abriu a porta do evangelho, tanto aos samaritanos, quanto aos gentios de toda a parte (At 1.8; 8.5; At 10; 11.17-18; 15.7-11).

Paulo explicou que o Israel de Deus, na verdade, não é a descendência de Abraão segundo a carne, mas aqueles que o são segundo a promessa (Rm 9.6-8). Ou seja, são verdadeiros israelitas os que mantêm um vínculo de fé com aquele que é o “pai dos crentes” (Rm 4.9-12; Gl 3.5-7). Isto explica porque a nação carnal rejeitou a Cristo. Somente os eleitos segundo a graça creram no evangelho, sendo agregados à igreja (Rm 11.1-7; cf. At 2.37-41). Estes judeus, juntamente com os crentes gentios, se mostraram ser os verdadeiros israelitas, não segundo a carne, mas no coração, segundo o espírito (Rm 2.25-26). Já os demais, foram levados pela idolatria, pelo apego às tradições e toda sorte de quebra do concerto, sendo rejeitados por Deus (Rm 2.17-24; 11.7-10; cf. Os 1.9-10). O reino de Deus lhes foi retirado, e todo o sistema de culto e adoração de que o povo se vangloriava foi subvertido pela destruição do templo e de Jerusalém (cf. Mt 21.42-45; 1 Ts 2.14-16; At 28.25-27). Só poderão ser salvos aqueles que reconhecerem e crerem em Cristo Jesus (Mt 23.38-39; Rm 11.23-24).

É importante observar que há uma continuidade na formação do povo de Deus, e não uma interrupção, nem substituição de um povo por outro. Deus tem levantado o Seu Israel, a Sua Igreja, desde o princípio da história: os patriarcas e profetas do passado foram como a raiz e o tronco da oliveira, como diz Paulo (Rm 11.17). A igreja, sob a dispensação do Evangelho, como prolongamento da mesma árvore, é representada pelos ramos, ou galhos, da oliveira – uns, naturais (judeus crentes em Cristo); outros, enxertados (gentios crentes). Para isto, Deus reconciliou judeus e gentios, tanto consigo mesmo como uns com os outros, pelo sangue de Seu Filho Jesus, formando dos dois um só povo (Ef 2.11-19). Este é o verdadeiro Israel, o Israel de Deus no qual se cumprem todas as promessas feitas no passado a esse povo (Mt 8.11-12; 1 Pe 2.5, 9-10; Ap 7.4-8, 9; Gl 6.15-16).

Precisamos estar atentos, e não nos desviarmos do entendimento de que, para Deus, não há dois povos, duas salvações. Não podemos separar Israel da Igreja. A Igreja é o Israel de Deus, a multidão incontável dos que foram comprados pelo precioso sangue de Jesus.







Texto cedido por: EBD –  2º. Trimestre de 2018



ESCATOLOGIA 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP



domingo, 3 de junho de 2018

Apocalipse: a visão da corte celestial.







O último livro da Bíblia, uma palavra grega que significa Revelação e seu objetivo é mostrar as sete igrejas da Ásia as coisas que são, que já tinham acontecido e outras que viriam a existir na época do apóstolo João, que recomenda a leitura do livro, apesar de muitos hoje em dia desconsiderar tal conselho.

Uma ideia de Apocalipse futurista é realmente uma grande ignorância e equívoco indesculpável, pois é certo que estamos nos tempos finais da igreja no mundo. Certamente temos muito mais revelações já passadas e do presente que futuras.

No primeiro verso do capitulo quatro, objetivo desta análise, temos a revelação da glória de Deus, cercado de pedras preciosas e anciãos que atribuem ao Cordeiro vencedor, toda a glória e honra, e, quando os seres viventes glorificam a Deus, prostram-se e lançam suas coroas diante dEle.

João também viu quatro animais (seres viventes), no meio e ao redor do trono que tinham respectivamente seis asas e não descansavam de dia ou de noite e glorificavam ao Senhor.

Os profetas Ezequiel e Daniel também viram a glória de Deus e concordam com a mesma descrição, cujo seu aspecto era como fogo, a forma gloriosa como foi revelada a eles!



* Este texto compreende um recorte sobre um estudo completo de Apocalipse no capítulo quatro sobre a glória de Deus. Acompanhe-o detalhadamente a seguir no link abaixo.