quarta-feira, 30 de abril de 2025

Vida saindo do trono

O profeta Ezequiel relata uma visão de um rio que saía por debaixo do umbral da casa para o oriente. As águas descem ao deserto, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, as águas tornar-se-ão saudáveis. Essas águas não podem ser medidas, pois a cada mil côvados ela aprofundava gradativamente porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar e à margem do rio havia uma grande abundância de árvores, de um e de outro lado. E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

O que são as bestas do Apocalipse?

Após a sétima trombeta, dá-se seguimento a uma sequência de eventos: duas bestas aparecem no livro do Apocalipse; uma que subiu do mar e a outra que subiu da terra. O apóstolo João estando na areia do mar, viu subir de lá uma besta. Ela tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres dez diademas, e, sobre as cabeças um nome de blasfêmia.Ela era semelhante ao leopardo, e os pés, como de urso, e a sua boca como de leão, fazendo referência a uma junção de restos dos reinos mundiais do passado: o caldeu, medo-persa, o grego e o romano. O dragão deu-lhe o seu poder, o seu trono, e grande poderio. Nota-se que esta besta aqui descrita é a junção de todas as culturas e poderes dos reinos deste mundo que conduzidos/seduzidos pelo dragão a serem todos concordes em oposição a Deus, caracterizado pela unificação através da religiosidade comum (ecumenismo), pela mesma moeda, língua, enfim, um governo único. Notemos que eles são contra Deus e blasfemam do seu nome, proferem blasfêmias contra o Senhor e foi permitido a ela fazer guerra aos santos e os vencerem, significando uma oposição declarada aos que são de Deus na terra (Ap 13.1-10). A segunda besta, a que João viu subindo da terra, tinha em sua descrição, dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. Ela exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, sendo ela o falso profeta, uma clara alusão à religião vinculada por interesses diversos, ao poder político, seguidor do dragão (Ap 13.11-12). É certo que o interesse político de religiosos é um indício de que este clérigo é seguidor de Dragão!

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Aquele que sai vitorioso e para vencer

O profeta Daniel no capítulo 2 e verso 44 de seu livro, já relatava que durante os reinados transitórios desse mundo (Egito, Assíria, Babilônia, etc), já havia um reino, especificado pela pedra (um reino coeso e sem aparência) que não passaria jamais. Isso é ratificado de igual modo no início do Apocalipse, no verso 6 do primeiro capítulo. O livro da Revelação traz uma célebre revelação do reinado eterno de Cristo, uma realidade já cantada também no Salmo 93: "O Senhor reina; está vestido de majestade". É certo que, literalmente, o Senhor reina desde sempre e o seu reino é espiritual e eterno, não passará jamais. Os reinos desse mundo (Egito, Assíria, Babilônia, etc), já passaram e a multiplicidade de reis do momento, também passará. No segundo livro da Bíblia, no capítulo 19 e verso 6, o Senhor deixa claro a Moisés que o plano dEle para o seu povo é que eles seriam um “reino sacerdotal”: “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel”. O escritor aos Romanos igualmente explica que as pessoas nascem mortas em trevas, isto é, afastadas do Criador e por isso pecam, mas, quando aceitam a Cristo como salvador de suas almas, segundo o apóstolo Paulo aos Colossenses, passam da “potestade das trevas e o Senhor às transporta para o reino do filho do seu amor” (Rm 5.12, Cl 1.13). Assim como os homens (SL 103.15, 1 Pd 1.24, Jo 14.2), os domínios deste mundo passam rapidamente como a erva do campo, mas há um reinado em Cristo Jesus, a fiel testemunha (Ap.1.5) que nunca passará, pois o apóstolo viu a mensagem do primeiro selo do Apocalipse que diz: “[...] foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer”.

A maior luta espiritual

Ao se tocar a sétima trombeta, inicia-se uma sequência de visões. Dois sinais são vistos no céu, sendo o primeiro uma mulher grávida prestes a dar a luz e o outro sinal é um grande dragão vermelho. No capítulo 12, há um sinal no céu, a casada (não há sinais de noivado aqui!) do Senhor dos Exércitos, sendo representada por uma mulher, grávida e com ânsias de dar à luz (Is 54.1-5, Ap 12.2). Ela anuncia o nascimento do Deus Homem, Jesus Cristo, o Emanuel. Pode ter sido uma longa gestação aos olhos humanos (antes mesmo da criação deste mundo!), mas para o Altíssimo, é o tempo projetado para a salvação da humanidade através da redenção. O outro sinal no céu, um grande dragão vermelho, sete cabeças e dez chifres. As sete cabeças, se apresenta de inúmeras formas. Não se deve iludir, o grande Dragão é uma das mais poderosas criaturas de Deus. É um ser muito glorioso, tanto que o profeta Ezequiel disse que ele andava no meio das pedras afogueadas e que toda pedra preciosa era a sua cobertura, até que se achou iniquidade nele (Ez 28.12-14). Mas, o sacrifício de Jesus purificou até os céus, e os anjos rebelados foram derribados e lançados sobre a terra.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

O que são as trombetas do Apocalipse?

As trombetas são acontecimentos conjuntos que se sucedem até o fim do mundo. Ao toque das trombetas existe uma deliberação do Altíssimo quanto à queima de uma parte das árvores, do mar, rios, fontes de águas, atingindo até a terça parte dos homens para que eles se arrependessem de suas más obras, mas isso não acontece pois o homem desviado do Criador não tem entendimento. Com a abertura do sétimo selo (Ap 8.1), há a apresentação de sete anjos na presença dEle, prontos para tocar sete trombetas (Ap 8.2) que são determinações divinas, episódios que acontecem desde a criação do mundo e irão até os derradeiros dias. No verso sete do capítulo oito, registra-se o toque da primeira trombeta (Ap 8.7) sendo lançados na terra saraiva e fogo misturado com sangue, queimando a terça parte das árvores. Diante do toque do segundo metal foi atirado no mar como que um monte no fogo e com isso, faz-se em sangue a terça parte do mar, sendo atingida a terça parte do transporte marítimo e da vida do mar (Ap 8.8 e 9). O terceiro arauto toca o seu instrumento e caiu do céu como que uma tocha de fogo atingindo a terça parte dos rios e fontes de águas (Ap 8.10) e a terça parte das águas torna-se amarga e muitos homens são mortos por causa de seu amargor (Ap 8.11). O quarto querubim assopra o seu aparelho musical e foi ferida a terça parte do sol, da lua e estrelas (Ap 8.12). Uma diretriz divina já sendo ordenada, dessarte que um terço deles será queimado e isso se dá progressivamente desde o início do mundo (Rm 1.18). Antes de o quinto mensageiro utilizar o seu artefato, no qual foi visto um anjo cair do céu, um emissário divino diz com grande voz: Ai! Ai! Ai! Dos que habitam sobre a terra por causa das outras vozes das trombetas dos três anunciadores que hão de ainda tocar (Ap 8.13) e vieram gafanhotos sobre a terra para afligir por cinco meses os homens que não tinham o “selo de Deus” (Ap 9.4). Essa dor é como a agonia da picada de um escorpião e as criaturas atingidas buscariam a morte, mas não a encontrariam (Ap 9.6). Após o sexto ruído comandado do céu (Ap 9.13), decorre três pragas na qual morrem a terça parte dos homens pelo fogo, fumaça e pelo enxofre (Ap 9.18). Tudo isso para os homens se arrependerem de suas más obras. Mas eles não deixaram de adorar os ídolos, demônios, nem de seus homicídios, feitiçarias, prostituição, ladroices (Ap 9.20). Por fim, ao toque da sétima trombeta, inicia-se um ciclo de novas revelações, segredos de Deus a serem, agora, revelados e nos sãos contados por João, nosso irmão e conservo dEle.

A igreja , esposa do Cordeiro

Deus sempre investe no aperfeiçoamento dos seus servos principalmente aqueles que Ele colocou como referência em sua obra. De modo contínuo o Senhor exorta "as estrelas" a vencer as dificuldades deste mundo e as suas próprias imperfeições e fraquezas (Ap 1.14). O Eterno trata com a igreja em sua totalidade. Vê-se que a comunidade religiosa em Éfeso deixou o primeiro amor (Ap 2.4), que pode caracterizar a presença de “crentes antigos” que não tinham mais aquele vigor espiritual do início de sua conversão. Os irmãos que congregavam em Esmirna recebem elogios do Altíssimo, apesar de pobre materialmente e sofria blasfêmias, “[...] dos que se dizem judeus, mas não são”, chamando-os de sinagoga de Satanás. A fiel Pérgamo era uma congregação que apesar de estar num local espiritualmente difícil, tinha poucas coisas desfavoráveis. O Dono da obra não tolera Jezabel e repreende os cristãos de Tiatira (Ap 2.20), e relata que passariam por uma grande tribulação caso não se arrependessem. Em Sardes havia uma comunidade que se auto justificava, mas estava morta com suas obras não perfeitas diante de Deus (Ap 3.1-2). A imaculada e fiel Filadélfia – apesar de ter pouca força, mostra que muita pujança não é necessariamente garantia de fidelidade (Ap 3.8). Enfim, a Laodicéia que se achava rica e Ele se apresenta como a testemunha verdadeira, mostrando a sua realidade, repreendendo-a porque a amava. Enganosamente pensava estar aprovada pela sua prosperidade material. Ele disse para ela que: “não és frio nem quente”. Precisava, sim, ser bem sucedida espiritualmente: (comprar dEle ouro, vestes brancas e colírio), para ser verdadeiramente rica, terem as suas vergonhas cobertas e visão. Enfim trata com os pastores sobre os pormenores de cada igreja, apontando méritos e problemas, fazendo alertas e promessas, pois Ele “tem na sua destra as sete estrelas” (Ap 1.16). Aos que ouvirem a admoestação e se converterem dos maus caminhos, certamente vencerão na fé em Cristo e alcançarão as bênçãos prometidas.

terça-feira, 22 de abril de 2025

A glória de Deus

No livro do Apocalipse, é um dos lugares na Bíblia, entre outros, que há relatada uma visão da glória de Deus. Alí é apresentado o Senhor Jesus como o único vencedor, [...] “aquele que tem o rosto como o sol” [...] (Ap 1.16). No primeiro verso do capitulo quatro, relata-se a existência de um arco celeste (Gn 9.9) e vinte e quatro tronos, com vinte e quatro anciãos ao redor do trono. As suposições são várias, mas a Palavra não esclarece, mostrando unicamente que ao redor há muitos de milhares de milhares que o assistem e milhões de milhões que o reconhecem como Senhor (Ap 4.2-4). O apóstolo João também viu quatro seres vivente “cheios de olhos”, capacidade de verem tudo em volta na sua função de assistir a Deus. Estavam no meio e ao redor do trono e tinham respectivamente seis asas e não descansavam, nem de dia ou nem de noite e proclamavam a santidade do Senhor: “Santo, Santo, Santo”. Já no capítulo 5 do livro da Revelação, o servo de Deus chora muito, pois não havia ninguém no céu ou na terra merecedor de abrir os segredos do Altíssimo, representado em um livro. Mas Cristo Jesus, que venceu, é exaltado como o único digno de tomar o livro da “destra do que estava assentado no trono” (Ap 5.4-7). E os anciãos que atribuem ao Cordeiro vencedor, toda a glória e honra, prostram-se e lançam suas coroas diante dEle quando os seres viventes glorificam a Deus (Ap 5.8-10). A visão do séquito é expandida com a revelação de grandes multidões de seres celestiais que O reverenciam (Ap 5.11-14). Satanás não se encontra mais lá e acabou a divisão nos céus e a plenitude se prostram diante do Cordeiro e o adoram. Com todo resplendor de glória, Deus e o Filho Jesus estão rodeados de querubins que continuamente louvam e adoram. É certo que as visões aqui apresentadas são apenas uma parte daquilo que há lá no céu, pois mal compreendemos as coisas terrenas, como, então, poderíamos entender a totalidade das coisas espirituais (Jo 17.17)

A revelação

A revelação contida no Apocalipse é para os cristãos (Ap 1.4). Muitos não compreendem o desenrolar dos acontecimentos contidos na Bíblia (antes mesmo da criação deste mundo). No Apocalipse há referências desde o desejo de um querubim ser igual ao Altíssimo, antes mesmo da criação da terra e do ser humano até os eventos finais como a destruição do adversário e seus seguidores espirituais. Há um entendimento equivocado que o seu significado é um mistério e que não deve ser estudado. Contudo, logo nos primeiros versos, há a orientação de bem-aventurança: “É muito feliz aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo” (Ap 1.3) contradizendo literalmente essa ideia. Nos escritos da Revelação verifica-se, como em toda a Bíblia, a centralidade em Jesus, pois nEle estão todas as coisas, quando se diz que: “eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8). Sobre a temporalidade, no verso 19 do primeiro capítulo do livro, O Senhor fala claramente para o apóstolo João, as ocorrências são: “[...] coisas que tem visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer" (Ap 1.19). Os episódios vividos e/ou contemplados por João durante a sua vida, tanto no presente dele quanto no seu passado: [...] “coisas que tem visto, e as que são”[...] são eventos pretéritos para a geração que alcançou os avanços da ciência e dos meios tecnológicos. Já os acontecimentos futuros na qual o Eterno fala com o apóstolo, alguns já são presente e outros são passados para esta época. É certo que há alguns que ainda não aconteceram, mas é um número muito diminuto, pois estamos no fim dos tempos. Enfim, o Apocalipse é para os dias de hoje!

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Maldição sem causa não encontra pouso

Conheço cristãos que são supersticiosos. Conheço cristãos que tem medo de macumba. E que acreditam mais no poder do diabo que no poder de Deus. E se bem é verdade que o diabo tem poder, também é verdade que ele não pode fazer NADA contra aqueles que são servos de Deus. O apóstolo Pedro ensina em sua primeira epístola que o diabo, nosso adversário, está ao nosso derredor (1 Pd 5.8). Não há forma do diabo tocar a vida de um filho de Deus. Vemos claramente no livro de Jó, que sem a permissão de Deus, nada o diabo poderia ter feito. E vemos hoje no versículo de Provérbios, que a “maldição sem causa não se cumpre“. O que significa isso? Que uma maldição somente alcançara a sua vida se você abrir portas e dar permissão a ela. Do contrário, não haverá “causa” para que ela possa alcança-lo. Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará (Sl 91). Por isso, toda superstição é uma porta aberta ao inimigo. Toda consulta a horoscopo, leitura da mão ou das cartas, jogo da tabla ouija e outras práticas, são portas abertas que podem dar causa a uma maldição na sua vida. Feche as portas, renuncie toda prática que possa ter sido feita no passado ou que é feita agora e livre hoje mesmo sua vida de qualquer maldição. Quando o cristão sai da presença de Deus, sim é uma forma de entrada de maldições, como diz o apóstolo Paulo: "... não deis lugar ao diabo..." (Ef 4.27). https://horadeorar.com/a-maldicao-sem-causa-nao-se-cumpre/

domingo, 20 de abril de 2025

A alma é mortal

“Acautelai-vos: talvez haja alguém que vos leve embora como presa sua, por intermédio de filosofia e de vão engano, segundo a tradição de homens" (Cl 2.8). “Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas" (Mc 7.13). Dizem os estudiosos que a palavra “alma” na Bíblia é uma tradução da palavra hebraica néfesh que significa"criatura que respira", e da palavra grega psykhé, "um ser vivente". Quando o Criador assoprou o fôlego de vida no primeiro homem ele se tornou alma vivente e não um ser que tinha alma. A Palavra mostra em muitos casos que a alma pode comer, trabalhar, sentir fome e obedecer a leis. Assim, a alma é a criatura inteira, não algo dentro do corpo que sobrevive à morte podendo assim responder outra questão diferentemente da filosofia grega: a alma é imortal? Não. Já profetizou Ezequiel, a mando do Senhor, que a alma que pecasse morreria e em várias punições no antigo testamento vemos que a pena é que a alma seria cortada, isto é, a pessoa morreria. Em outras passagens bíblicas o termo cadáver aparece como alma mortal? Sim. Está claro aqui também que no Livro está registrado o sinônimo de vida para alma, como por exemplo a alma sair de alguém.

sábado, 19 de abril de 2025

Deus guerreando no livro de Juízes

No capítulo 15 do livro dos Juízes, há o relato de Sansão sendo entregue aos filisteus, amarrado por cordas, pelos seus próprios irmãos. Os israelitas estavam com medo de represarias dos dominadores daquele momento e entregaram o seu compatriota. O quadro à vista de todos era que o juiz de Israel estava buscando por sua mulher e fica muito desapontado quando soube que ela tinha sido dada a outra pessoa e põe fogo às searas dos filisteus, tudo isso "armado" pelo Senhor. No quadro de fundo, sem muitos ainda hoje perceberem, Deus estava continuando sua obra de libertar o seu povo da escravidão. O Eterno procurava ocasião contra eles através do nazireu. Na verdade, a estratégia de amarrá-lo com cordas, era porque Ele queria fazer um “estrago” maior entre os opressores Deus de guerra é Jeová, como diz o hino conhecido! Assim, naquele dia foram destruídos mil homens com uma queixada de jumento. Na verdade, Ele estava fazendo de Sansão uma ferramenta mais útil em suas mãos. Quando o Espírito de Deus se apossou dele, as cordas que ele tinha nos braços se tornaram como fios de linho.

Jugo desigual no aconselhamento

No segundo livros das Crônicas de Israel, capítulo 10 e verso 4, o povo cansado da opressão faz um pedido ao novo rei: “Teu pai colocou sobre nós um jugo pesado, mas agora diminui o trabalho árduo e este jugo pesado, e nós te serviremos”. O noviço pede tempo para pensar e consulta os anciãos e os seus jovens amigos, mas infelizmente dá ouvido aos colegas inesperientes. A consequência foi nada menos que a divisão do Reino do Sul e do Norte.

Jugo desigual ou quadrilha?

Conforme Natã havia profetizado a Davi (2 Sm 12), pelo seu pecado diante de Deus, além de ter perdido o filho gerado com Bateseba (2 Sm 12.19), como a espada não se apartaria de sua casa (2 Sm 12.10). Amnom amava sua irmã, Tamar, irmã de Absalão, todos filhos de Davi (v.1-2). Má aconselhado por Jonadabe, seu primo, se fez de doente, e enganou a Davi, para que Tamar viesse cuidar dele (v.3-7). Eis aqui um caso de jugo desigual, pois se Amnom tivesse se associado com boas companhias teria tido outro conselho. Ou será que era mesmo uma quadrilha?

Não há namoro evangelístico

Um jugo é uma peça de madeira que une dois bois para trabalharem juntos, traz o raciocínio de assossiação. Jugo desigual significa uma união espiritual errada entre um crente e um descrente. Como nosso corpo é al, o crente é templo do Espírito Santo e o outro contém outro espírito que não é nada santo. Por isso, deve-se ser estendido o entendimento sobre jugo desigual para más companhias, não no sentido de conviver bem com as pessoas deste mundo e sim não participar dos seus pecados. Assim, quando um crente se associa com um descrentes, o apóstolo Paulo assim se pronuncia: "Com efeito, como seria possível conciliar a justiça com a iniquidade? E que haverá de comum entre a luz e as trevas? 15 Que harmonia poderia haver entre Cristo e o Diabo? Que parte têm em comum um crente e um descrente? 16 Que aliança poderia estabelecer-se entre o templo de Deus e os ídolos? Porque vocês são o templo do Deus vivo. Tal como Deus disse:Neles habitarei e andarei no meio deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo" (2Co 6.10-16). Por fim, não há namoro evangelístico!

Jugo desigual é pecado

A ira do Senhor contra tal pecado é tamanha que Ele prometeu extirpar do meio do Seu povo os culpados. No passado o Senhor não permitiu que uniões abomináveis arruinassem Sua comunhão com os israelitas, o povo eleito para a glória do Seu Santo Nome (Is 42.8; Is 43.6-7). Privar os israelitas de casarem-se com mulheres estrangeiras era uma verdadeira vacina contra a idolatria e os cultos pagãos. O descontentamento do Senhor com as ofertas oferecidas pelos israelitas que se uniram com mulheres estrangeiras é mais uma prova consistente de como Ele considera a condição do coração do adorador antes de atentar para sua adoração. Deveria ser considerado o seguinte fato: Deus se importa mais com nossa santidade do que com nossa felicidade.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Juízo sobre lideres infieis

Há um juízo de Deus sobre os líderes infiéis principalmente relacionado a influência profana da deslealdade matrimonial, pois a aliança matrimonial é tratada pelo Senhor com a máxima seriedade e zelo. Isto posto, é certo que a lealdade no matrimônio é o maior culto que um líder cristão pode prestar ao Altíssimo. O plano original do Senhor para com o povo de Israel era formar uma nação constituída por pessoas que compartilhassem de uma mesma cultura e espiritualidade, segundo a Lei de Moisés, a fim de revelar a glória do Senhor às demais nações do mundo. Por isso, uma das medidas adotadas pelo Senhor para garantir a unidade cultural e espiritual de Seu povo foi proibir terminantemente o casamento de israelitas com pessoas oriundas de nações estrangeiras. Isto é devido ao fato de que a cultura e a espiritualidade das nações estrangeiras divergiam totalmente do que o Eterno estava desenvolvendo em Israel (Ex 34.12; Js 23.12-13). Entretanto, os israelitas não obedeceram este mandamento e estabelecerem aliança conjugal com mulheres estrangeiras. Aos olhos do Senhor, a união de israelitas com as “filhas de deuses estranhos” era uma tremenda profanação da Sua santidade, porque, além de ser transgressão do mandamento de Deus, era também o primeiro passo para retornarem à idolatria, o que acabou acontecendo. Assim, todas as vezes que os israelitas estabeleceram aliança conjugal com mulheres estrangeiras a idolatria invadiu Israel e arruinou o relacionamento deles com o Deus de Abraão (Ed 9.1-15; Ne 13.23-31).

terça-feira, 15 de abril de 2025

Jugo desigual no casamento

Quando o fiel se une com o infiel, o resultado certamente será devastador, porque tal união será marcada por frequentes discórdias. O Senhor invariavelmente reprova a aliança matrimonial de um fiel com um infiel por tratar-se de uma forma de jugo desigual capaz de gerar muitos transtornos. O casamento é um projeto de Deus para garantir o bem-estar da humanidade, logo, a violação dos seus princípios causará a ruina de qualquer sociedade. Assim como Deus reprovou os israelitas por firmarem aliança com mulheres estrangeiras, Ele reprova a aliança feita entre um fiel e uma infiel, ou viceversa. Casamentos marcados pela graça divina são verdadeiros faróis para alumiar esta geração marcada pelo crescente número de divórcios e segundos casamentos. Os casais cristãos têm uma dupla responsabilidade, porque suas vidas precisam honrar a Deus e ser exemplo de piedade para o mundo. Portanto, precisamos atentar mais diligentemente para as admoestações do Senhor concernentes ao casamento para experimentarmos a plenitude de suas bênçãos. Do contrário, vamos assimilar os valores defendidos e propagados por uma geração incrédula e perversa (Pv 30.5).

Na nova Aliança o casamento é indissolúvel

Embora Moisés tenha dado carta de divórcio aos israelitas, em função da dureza do coração dos mesmos, na Nova Aliança o casamento é indissolúvel até a morte (Mc 10.1-12; Lc 16. 16-18). Os participantes da Nova Aliança receberam um coração de carne no lugar do antigo coração de pedra, o qual era insensível, indiferente e irreconciliável com relação a Deus e aos Seus mandamentos. De posse de um novo coração cheio do Espírito Santo e de disposição em obedecer ao Senhor, o cristão pode desfrutar de uma relação conjugal marcada pelo amor e pela harmonia.

Casamento é coisa de crente

Conforme Paulo escreveu aos Efésios, a aliança matrimonial firmada entre um homem e uma mulher serve como alegoria para a relação entre Cristo e a igreja. A graça divina manifestada por meio de Jesus Cristo proporciona ao cristão a competência necessária para ele vivenciar um padrão tão excelente para aliança matrimonial (Tt 2.11-14; Tt 3.3-8). Por isso, o casamento cristão deve ser estabelecido por casais verdadeiramente regenerados pelo poder do Evangelho da Graça. Não é lícito ao cristão estabelecer uma aliança com alguém não regenerado, pois isso constitui-se numa forma de jugo desigual semelhante ao que foi combatido por Malaquias (2 Co 6.14-18).

domingo, 13 de abril de 2025

Andar com Deus

No primeiro livro da bíblia, no capítulo 5 e versículo 24, há um relato de um homem e o escritor, possivelmente Moisés, diz que ele "andou com Deus". Não se tem muitas referências a respeito dele, a não ser sua descendência – de Sete. Mas o que seria andar com Deus? “E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.” No salmo de número 15 há a mesma conotação: “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” E, abaixo, nos versículos seguintes, assim está respondido: “aquele que anda em sinceridade”,” justiça”, “verdade” (Vs. 1), “não difamador” (Vs. 2), “não avarento” (Vs. 5),” aquele que não muda a sua palavra por interesses diversos “(Vs. 4), etc. No salmo de número 24, outra interrogação correlata: “Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo?” Logo após a resposta do salmista é bem enfática com mais características como: “limpo de mãos”, “puro de coração”, “não jura com engano”, “não vaidoso”, etc. (Vs. 4). O profeta Isaías também profetizou a respeito deste assunto no capítulo 33 e versículo 14, com resposta também detalhada de características que com certeza Enoque possuía, bem como Noé que também recebeu o mesmo testemunho e Elias que foi trasladado.

Correntes de água numa terra seca

No deserto

Devido aos censos e a muita numeração presente em seus textos, o quarto livro do Pentateuco e da Bíblia é chamado de Números, apesar de que os antigos mantém o nome de “no deserto”, talvez mais apropriado. Os assuntos tratados são, dentre outras possíveis divisões do livro realizada pelos estudiosos: a preparação para as jornadas no deserto, acréscimos doutrinários e alguns acontecimentos. A primeira contagem nele foi a numeração do povo ordenada por Deus, de vinte anos para cima, preparados para a guerra, sendo contados em torno de 603 mil, excetuando-se a tribo de Levi. Há a distribuição das disposições e funções de cada tribo, mostrando que o povo de Deus é sempre muito organizado e disposto segundo a orientação divina

Quando Jeová é deixado de lado

A notícia da derrota espalhou-se larga e extensamente, levando o terror a todo o Israel. O povo fugia das cidades, e os filisteus tomavam posse destas, sem serem incomodados nisso. O reino de Saul, independente e desprezado por Deus, se tinha quase mostrado a ruína de seu povo. No dia seguinte ao da luta, os filisteus, examinando o campo da batalha para roubar aos mortos, descobriram os corpos de Saul e de seus três filhos. Para completarem seu triunfo, deceparam a cabeça de Saul e o despojaram de suas armas; então a cabeça e a armadura, exalando o cheiro de sangue, foram enviadas ao país dos filisteus como troféu de vitória, “a anunciá-lo no templo dos seus ídolos e entre o povo”. A armadura finalmente foi posta no “templo de Astarote”, enquanto a cabeça foi fixa no templo de Dagom. Assim a glória da vitória foi atribuída ao poder desses falsos deuses, e o nome de Jeová foi desonrado.

O sábado

"E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro.” Gn 1.5B "... e foi a tarde e a manhã: o dia segundo.” Gn 1.8B "E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.” Gn 1.13 "E foi a tarde e a manhã: o dia quarto.” Gn 1.19 "E foi a tarde e a manhã: o dia quinto.” Gn 1.23 "... e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.” Gn 1.31B "ASSIM os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera. "Gn 2. 1 a 3 Nestes versículos do primeiro livro da bíblia temos a descrição dos primeiros dias da criação. Nota-se que, nos versículos acima citados, Deus delimita o período de todos os dias, com início e fim, tarde e manhã - respectivamente, mas quando relata o dia do sábado, nós não identificamos esta limitação. Então, por que não é dito "e foi a tarde e a manhã o dia sétimo, como nos outros seis dias primeiros? Deus relata o sábado só com um início e não com um fim, mostrando-nos também que ele é um dia de descanso. O que seria este descanso? No capítulo 20 do livro do Êxodo, versículo 8, Deus ao entregar os dez mandamentos também ressalta a lembrança do dia do sábado para que o santifiquemos – então sábado além de descanso é um dia santo. Já no livro do profeta Isaías, no capítulo 58 e versículo 13, descreve o sábado como o dia no qual não podemos fazer a “nossa vontade”, nem de falar as “nossas próprias palavras” e lembra-nos que ele é um dia que devemos “honrar”. O evangelista Marcos, no capítulo 2, no versículo 23 ao 28, relata um episódio no qual os fariseus estavam criticando os discípulos de Jesus por estarem colhendo espigas para comer, tendo como entendimento que no sábado não se podia trabalhar, inclusive este pensamento ainda tem alguns seguidores. Mas Jesus concordou com essa ideia? Não! Ele respondeu que o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado. Então, o entendimento não é desta forma. Como seria então? Na epístola de Paulo aos colossenses, no texto abaixo descrito, o apóstolo exorta-nos a não julgarmos as pessoas pelo comer, beber... e por fim citou o sábado e no versículo após, ele nos ensina que o sábado é uma “sombra” das coisas futuras. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Cl 2.16-17 Relembrando: o sábado então é sombra, descanso, dia santo, não devemos fazer a nossa vontade e devemos honrá-lo. Em Hebreus no capítulo 4 e versículo 3, o escritor aos hebreus relata que quem crê em Deus, entra no seu repouso, e no versículo após, o versículo 4 deste mesmo texto, ele faz referência ao dia do sábado e nos seguintes exorta-nos para que entremos nele. Igualmente, cita outros que não entraram por causa da desobediência. Então, qual é o dia do Senhor, santo, dia de descanso. Seria a segunda, a terça ou a quarta-feira? Seria até mesmo o sábado? Não. É o dia no qual aceitamos as boas novas de salvação através de Jesus Cristo e assim entramos no seu repouso, que tem início, mas não tem fim. Ele não é delimitado, pois é um dia eterno...

sábado, 12 de abril de 2025

Quem é Deus?

Ao iniciar estas primeiras linhas, por cuidado e conveniência, faz-se necessária uma breve elucidação de um dos temas mais discutidos e cujos teólogos são interpelados cotidianamente que é saber quem é Deus na Bíblia pois concorda-se com a tese de Gehman (1957, p.12) na qual ele diz que a Bíblia tem autoridade pois espelha a revelação do Altíssimo, isto é, Ele se revela aos homens através dela, e, é, a única pela qual os dogmas devem ser julgados, “a verdade infalível” para os cristãos. Para Boff (2004, p.2) experimentar o transcendental é “sentir Deus com a totalidade de nosso ser”, não sendo pensar nEle, nem falar dEle para os outros, destacando a oportunidade/dever de toda a criatura usufruir do direito de relacionamento com o Altíssimo pois “ele arde em nossos corações e em nossa vida”, isto é, provar a Deus (DE FREITAS DA SILVA, CLAUDINEI APARECIDO, 2017), e, uma das formas é através da Palavra e ela destaca o ser superior como “Único” (Dt 6.4; 1 Co 8.6), o Todo-Poderoso (Gn 17.1; Ex 6.3), o Criador do céu e da terra (Gn 1.1), que se autodenomina “Eu Sou o Que Sou” (Gn 20.14). Alguns não se equivocam quando ao tentar entender o caráter eterno do Senhor e que a morte física do homem-Jesus, não altera a sua divindade, pois ressuscitou e vive para sempre? (CAVES,1996, p.96) e Mota (2012, p.897) destaca que o pensamento ocidental sempre acreditou em Deus como o ser original, uma definição que precisa ser alcançada pela inteligência humana, e, contrapõe a essa “imposição” de forma a negar e assim tentar compreender a questão maior que é: “como advém Deus para nós?” (MOTA, 2012, p.914). Há muitos estudiosos que não conseguem conceber a ideia de um Deus amoroso, como a sua imagem construída no mundo, principalmente ocidental, que classifica Deus como sujeito, sábio, único, a razão de toda a ciência, eterno (TASSINARI 2015, p.331), mas também precisam ser respeitados em suas visões particulares. Por exemplo, o ceticismo aflora em Hilda Hilst, como destaca Coelho (2005) que, ao tentar entender Deus, indo contra os atributos divinos da onisciência, onipotência, etc. Para ela o Criador, que é explanado de forma poética, configura-se em contrariedade ao entendimento cristão, como um ser que “descansa”, não acompanha o desenrolar dos fatos históricos. Contudo, Jeremias assim se expressou: “o Senhor Deus é a verdade”, “o Deus Vivo”, “o Rei eterno” e “o Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10.10;16). À Moisés, Ele disse: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Ex 3.6). Os serafins louvaram a Deus por sua perfeita santidade proclamando: “Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3). Outra forma de percepção de Deus é quanto à nossa consciência? A lei dEle está escrita nos corações humanos como proclama o autor do livro aos Romanos e aos Hebreus (Rm 2.15; Hb 10.16) e em outra partes bíblicas com assuntos correlacionados (Jr 31.33), por isso Artaud (1983) questiona como acabar com a cobrança de nossa consciência quanto a um julgamento divino por nossas ações? No livro “Deus existe” de Flew (2008) há o relato de um filósofo ateu contando as suas experiências particulares com Deus, destaca-se que ele era um homem, segundo ele próprio dizia, que não acreditava em nada. O povo de Israel aprendeu a “duras penas” (exílios) que não se pode colocar outros deuses para adoração, mas os teólogos criam deuses imaginários? Porém, o homem tendo conhecido a grandeza de Deus, não o glorificaram como Deus e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis (Rm 1.21,23), criando “outros deuses ou ídolos” que “são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta” (Sl 115.4-7). Jeremias afirmou que esses deuses são vaidade, obras de enganos, uma mentira e não há espírito neles (Jr 10.14-15) e o apóstolo Paulo aos Romanos diz que a “as coisas criadas” testifica de Deus (Rm 1.20). Por fim, acata-se a sugestão de Pfandl (2005) diz que ao se deparar com uma dificuldade de compreensão bíblica de qualquer assunto, faz-se necessário dispor de uma análise mais harmoniosa possível com todo o conteúdo da Palavra.

Mas nós perseveraremos na Palavra e na Oração

Diante de um grande desafio, a primeira coisa que Neemias fez foi orar a Deus. Oração diária e por longas horas (Sl 55.17; Dn 6.10; Mt 14.23; Lc 22.40-41). Oração em particular, em família, em igreja. Precisamos orar, orar, e orar. Orar muito (Lc 18.1; Rm 12.12); oração e jejum, para confissão dos pecados cometidos (Ne 1.5-11); pois precisamos de força diante do imenso desafio que temos à frente (v. 10). Além da oração, faz-se necessário voltar à leitura e estudo da Bíblia. As Escrituras Sagradas não podem ser consideradas somente como um livro de leis e regras, para ficarem em cima da estante ou fechadas sobre a mesa. Ela é o Pão da Vida para nossas almas (Jo 6.68), e como a força motriz (Jo 6.63). É necessário consumir diariamente a Palavra de Deus como verdadeiro alimento (1 Pe 2.2-3), e indagar zelosamente pela vontade de Deus ali revelada para nossas vidas.

Covil de ladrões?

É muito difícil imaginar que o lugar utilizados para ali falar com Deus, prestar-lhe culto é transformado em um esconderijo de criminosos espirituais. O criminoso espiritual é pior dos criminosos pois se transvestem de santidade. A casa de oração é um dos locais escolhidos pelos ladrões para se esconderem?

Aquele que fizer uma cova, cairá nela

Quando falta referência religiosa

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Um Deus que trabalha para aquele que nEle espera

Assim, “...após a morte de Josué, uma geração se levanta que não conhecia ao Senhor, tampouco a obra que fizera a Israel” (Jz 2.10 B). A geração que entrou em Canaã durante a liderança de Josué tinha ocupado terras de acordo com as divisões já determinadas das tribos de Israel, mas estava longe do seu término devido a fortes grupos de resistência sobreviveram, era necessário, porém, que os israelitas ocupassem o território que lhes fora destinado. Pelo desvio do Altíssimo, o povo sofre com a ira divina que os entrega nas mãos dos seus inimigos, pelos quais eram agora oprimidos, roubados e vilipendiados, mas quando em arrependimento clamavam ao Deus do Céu, a respostas divina vinha através de um juiz. O livro de Juízes é de autoria anônima e pode ser descrito como “... cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos” (Jz 17.6 B, 21.25 B). Mostra que as pessoas sem a direção divina tornam-se miseráveis praticando todo o tipo de torpeza como qualquer história de cristão desviado do Eterno não é diferente da dos Juízes, com poucos momentos de felicidade (fidelidade) e muitas decepções, constrangimentos, fútil e atribulada. Fica ainda um alerta para que possamos nos desviar dos maus caminhos escolhidos por algum deles e está associado ainda ao caráter de Deus, Sua misericórdia e paciência, “...que trabalha para aquele que nEle espera” (Is 64.4 B) de forma contínua e peremptória.

Jerubaal

Os filhos de Israel, desviados e oprimidos pelos midianitas que tomavam a colheita e os gados periodicamente, clamaram ao Senhor e Ele levantou a Gideão para livrar o seu povo da escravidão que viviam. O lenhador, que não entendia como Deus poderia estar com eles, diante daquele quadro horroroso, estava malhando trigo e escondia prudentemente no lagar a sua alimentação, com a intenção de escapar dos ladrões, quando o anjo lhe trouxe a mensagem de sua chamada para uma grande obra. Sempre muito humilde, faz várias provas para ter certeza que o Eterno estava realmente o designando para aquela missão. Sua maior preocupação sempre foi ter a presença dEle junto com suas ações, pois assim seria próspero, com poucos ou muitos, não faria diferença. Derribou o altar de Baal de seu pai e cortou o bosque daquele monte, uma forma de idolatria daquela época, Baal e Asera, e levanta um altar ao Altíssimo, correndo risco de vida, sendo mudado o seu nome para Jerubaal, aquele que contende com Baal.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Com a volta de Jesus terminará a tribulação

A ideia apresentada é a de aflição, sofrimento, pressão, perseguição e injustiças que o crente padece por causa do Senhor Jesus e ainda pode ser acrescentada a pressão, a aflição ou angústia da vida cotidiana. É um período anunciado por Deus, mas é para o cristão ter paz nEle(Jo 16.33). O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios, no capítulo 1 e verso 5 diz que elas são abundantes e Pedro na segunda epístola, verso 13 do quarto capítulo nos orienta a alegrarmos pelo fato de sermos participantes das aflições de Cristo. Contudo, a expressão “grande tribulação” é encontrada no capítulo 7 do livro do Apocalipse, verso14, referindo-se a um período de três dias e meio, conforme veremos a seguir. Não podemos deixar de lembrar que “um dia” para Deus pode significar mil anos ou um período só do conhecimento divino (2Pd 3.8) e que em vários textos bíblicos encontramos referência a este tempo ou período de grande tribulação. Já o profeta Daniel (Dn 9.24-27)acerca das setenta semanas e em Apocalipse (Ap 12 e 13) um período de dias ou meses iguais há 3,5 anos ou figurados na expressão: “tempo, tempos e metade de um tempo”. A identificação começa com Dn 9.24: ”setenta semanas estão determinadas”. Uma semana ou seus sete dias interpreta-se como um período de tempo pleno do conhecimento de Deus. O primeiro período de sete semanas teve o seu início no reinado de Ciro, quando em cerca de 445 a.C., foi dada a ordem “para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25). Segue-se o segundo período de 62 semanas, até a chegada do Messias, Jesus. Neste ponto das setenta, o tempo avançou a 69 semanas. Resta tão somente uma semana - o terceiro período. Nesse período final (uma semana), o ungido seria rejeitado pelo seu povo, e morto (Dn 9.26). Esta semana projeta-se até o fim (vs 26b). Nesta mesma semana (7 dias, sete tempos de Deus) – e sete é plenitude - ele, Jesus, tem firmado “um concerto com muitos”, com os creem em seu nome. Este concerto é o da salvação eterna (sete tempos), na remissão dos pecados pelo seu sangue (Mt 26.26 a 28; Hb 10.12 a 18). Agora há uma repartição desta semana final em novos dois períodos de meia semana (3,5 dias ou 3,5 períodos de Deus). A separação se dá pela citação de que no meio da semana, ele, o Messias, “faria cessar o sacrifício e oferta de manjares” (vs 27). Cumpriu-se isto quando Cristo morto pelos judeus tornava inúteis os sacrifícios e ofertas determinadas pela lei (Hb 10.1, 8 a 11; Jo 1.17). Para que cessasse de fato toda religiosidade vã definida pela lei foi, então destruído o templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir”. Desde então nunca mais se realizou tais rituais. O povo citado refere-se ao romano que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixaram pedra sobre pedra (Mt 24.2; Lc 21. 20 a 24). Desde esse acontecimento transcorre a metade da última semana conforme está no texto: “sob as asas das abominações virá o assolador e isso até a consumação”(Dn 9.27). Aqui está o período da grande tribulação que vai se desenrolar até o fim, incluindo a destruição do assolador. A tribulação será grande por vários motivos: pela presença do anticristo, que já está presente no mundo (1 Jo 2.18 e 4.3; 2 Ts 2.7) e sua oposição ao evangelho (2 Co 1.8); pela grande fúria do mal (Ap 12.9,12); por causa da multiplicação da iniquidade ou avanço das trevas (Mt 24.9 a 12; 1 Tm 4.1,2; 2 Tm 3. 1 a 4); pela manifestação e avanço da besta (Ap 13.1,3, 7), que são os domínios deste mundo não sujeitos a Deus (Ap 17.9 a 12); e por estar chegando o tempo da saída da Igreja do mundo: "ela está em terra estranha" (1 Pd 4.12; Jo 17.14 a 16). Referem-se a este meio período final também as passagens de Ap 12. 6 e 14; 13.5. Paulo nos exorta (1 Ts 3.3; Fp 1.28 a 29; 2 Co 1.7). Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja, findando as setenta semanas, mas sabemos que é a nossa missão pregar o evangelho e dar testemunho de Cristo diante dos homens. Com a volta de Jesus voltar terminará a tribulação e passaremos a desfrutar com ele da paz e glória celestiais (2 Ts 1.7).

Fazendo escolhas

Segundo a Bíblia, Deus criou o homem a Sua semelhança. O criou cercado de cuidados, capacidades, liberdade, trabalho e recomendações (limite). Dentro dos cuidados de Deus à sua criatura, o Senhor lhe deu, uma ajudadora, que lhe assistisse todos os dias de sua vida e um de seus trabalhos iniciais foi dar nome aos animais. Já sobre as recomendações (limites), uma delas foi não comer da árvore do conhecimento do bem e mal. O discernimento do que possa ser certo ou errado não foi condição aceita para se ter uma vida eterna, junto com o Criador. Interessante que não há nenhuma recomendação quanto a árvores da vida que estava no meio do jardim!

domingo, 6 de abril de 2025

A anunciação do Verbo a Maria

O anjo Gabriel apareceu a Maria em Nazaré, na Galileia, para anunciar o nascimento de Jesus. Ele disse a Maria que Deus iria abençoá-la, ela seria a mãe do Filho de Deus, Seu nome seria Jesus e Ele seria o Rei de todas as pessoas justas. Maria, então, perguntou ao anjo: “Mas como posso ter um filho se sou virgem?” O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Deus altíssimo cobrir-te-á como uma sombra; por isso, o menino que de ti vai nascer será santo e será chamado Filho de Deus". E Maria respondeu: “Dependo só do Senhor. Que aconteça comigo tudo o que disseste.”

Através do Verbo tudo se fez

Estas são as primeiras letras do apóstolo amado: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus" (Jo 1.1 e 2) Remete, sem dúvidas, ao príncípio de Gênesis quando a Palavra diz que no princípio criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1). Ainda, no evangelho segundo escreveu João, continua a explanação: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.3).

A chegada do Verbo

O Verbo estava no princípio

"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam". Deus é um e o mundo criado é obra de um Deus!

Grata nova

Jesus: o Verbo que se fez carne

O Verbo era Deus

O Espírito do Senhor Jeová

sábado, 5 de abril de 2025

Fazendo brecha nos inimigos

Saul e a necromante

Sobe, porque certamente entregarei os filisteus nas tuas mãos

Salomão construirá o templo

Subirei contra os filisteus?

No segundo livro do profeta Samuel, capítulo 5 e versículo dezenove, há um exemplo de um homem que temia ao Senhor e era dirigido por Ele. eis aí as perguntas: “Subirei contra os filisteus? Entregar-nos-ás em minhas mãos”? Sim Davi, pode ir que certamente vencerás. O servo de Deus entendia que não é por ser povo inimigo que deveria sair lutando, sem direção ou autorização. Que guerras temos guerreado? Nessa época da vida, o homem segundo o coração de Deus, já tinha ganhado muitas guerras, mas, ainda assim, dependia da direção do Altíssimo. Temos andado com o Eterno tempo suficiente? Já vencemos muitas guerras? Entretanto, temos ainda consultado a Ele sobre os inimigos que nos buscam? Aquele que tudo vê, no versículo 22 o orienta a não subir contra eles, mas, sim, rodeá-los por detrás e ir a eles por defronte das amoreiras. E não só isso, mas deveria primeiro ouvir um estrondo de marcha pelas copas das amoreiras. Bingo!

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Não imponhas precipitadamente as mãos!

Cães têm a boa fama de serem os melhores amigos do homem. Contudo na Bíblia há uma conotação diferente, como de falso obreiro. No livro de Deuteronômio, capítulo 23 e verso 18 está escrito: “Não trarás salário de prostituta nem dinheiro de cão à Casa do SENHOR, teu Deus, afim de pagar algum voto, porquanto o SENHOR, teu Deus, por ambos tem repugnância”. Esta expressão, cão ou cachorro em hebraico, é usada como uma forma depreciativa para se referir a homens que se prostituem, que se vendem, de caráter nada bom ou impróprio. Na tradição judaica do A.T., o termo "cães" era aplicado a todas as pessoas que se envolviam com práticas impuras em rituais religiosos e procedimentos imorais contrários à Lei de Deus. No livro do profeta Isaías, Deus condena o comportamento dos lideres de Israel e os chama de cães devoradores e pastores sem entendimento, descomprometido com Deus e com o povo, que buscam vantagens para si: “ As sentinelas de Israel estão cegas e não tem conhecimento, todas elas são como cães mudos, incapazes de latir. Deitam-se e sonham; só querem dormir. São cães devoradores e insaciáveis. São pastores sem entendimento; todos seguem seu próprio caminho, cada um procura vantagem própria” (Is.56.10,11). No Novo Testamento, o apóstolo Paulo escrevendo aos filipenses, também faz uso do termo "cães" ao se referir aos falsos obreiros. Ele diz: “Tomai cuidado com os "cães", cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa circuncisão” (Fp.3.2). O apóstolo usa a expressão "cães" para demonstrar a irracionalidade e a ferocidade com que os falsos mestres se opunham ao verdadeiro Evangelho. A gravidade das heresias que eles ensinavam, podiam causar resultados comparados ao ataque de um "cão" devorador. A exigência bíblica ao obreiro é clara: "Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? )" (1 Tm 3.2-5). Não imponhas precipitadamente as mãos!

quinta-feira, 3 de abril de 2025

A pedra eleita por Deus

Uma das premissas importantes para entendermos a Palavra de Deus é utilizarmos a própria Palavra para explicar textos às vezes difíceis de entender, algo reconhecido pelo próprio apóstolo Pedro referindo-se aos escritos de Paulo (2 Pd 3.16). É o reino de Deus que, embora presente entre os homens, não é deste mundo e nada tem de terreno (Mt 4.17; Jo 18.36). Nele só entram os que são trazidos por Deus (Cl 1.13; Ap 1.6, 9). Embora sem aparência exterior (Lc 17.20- 21), é um reino cuja grandeza e glória aumentarão mais e mais até a sua plena manifestação na vinda de Cristo e na destruição final dos reinos deste mundo (1 Co 15.24-28). A base deste reino é a pessoa do seu próprio Rei, Cristo Jesus, identificado como a pedra eleita por Deus (1 Pe 2.4-6).

A pedra: o reino de Deus

A pedra, por sua vez, também representa um reino, mas, em contraste com os reinos terrestres e humanos, esse reino jamais será destruído, e não passará a outro povo. Não entra na sucessão dos reinos representados na estátua, mas se estabelece de forma independente “nos dias desses reis”, ou seja, no tempo em que estes governos estão se sucedendo na terra. A glória desse reino começa pequena e de forma simples como uma pedra, mas no fim se torna como um monte que enche toda a terra.

O último na sucessão dos reinos deste mundo

O império representado pelos pés com os dedos de ferro e de barro, que é o último na sucessão dos reinos deste mundo e, portanto, existirá até o fim. Sabe-se que, após a queda do Império Romano (no Ocidente, em 475 d.C. e, no Oriente, em 1453 d.C.), jamais se levantou outro império que dominasse o mundo conhecido de forma indisputada. Ao invés disso, diversos povos ou nações procuraram estabelecer o seu próprio domínio, de acordo com suas identidades étnicas e culturais, dando origem a uma multiplicidade de reinos, denominados de Estados-Nações. Existe algo de forte (ferro) nesses pequenos reinos, porque ainda têm o poder das armas, da violência, da coerção, das leis. Mas, por outro lado, estão grandemente enfraquecidos por se basearem em acordos humanos que podem ser facilmente alterados pelas mais diversas circunstâncias políticas e históricas.