sábado, 14 de dezembro de 2019

Quem tem ouvidos, ouça!






A igreja é semelhante a um castiçal cuja finalidade é produzir luz, ser referência e motivo de orientação, mas necessitam da companhia do Espírito Santo, pois sem azeite não há possibilidade de execução de sua tarefa fim. Assim, ela deve ser colocada em um local privilegiado para poder iluminar melhor e com eficiência, atingindo assim a sua destinação. Desde o início da caminhada do povo de Israel Deus, o Todo-Poderoso (Ap 1.8) orienta que se o seu povo o ouvisse diligentemente e guardasse o seu concerto, ele seria próspero (Ex 19.5). O escritor aos Hebreus relata que o Senhor falou de muitas maneiras e agora nos últimos dias ele fala através do Filho (Hb 1.1) e o apóstolo Tiago orienta para que recebamos com mansidão a Palavra em nós enxertada, pois ela pode salvar a nossa alma (Tg 1.21).


O apóstolo amado, num sábado, pois era judeu, recebe a ordem de escrever num livro a visão e enviá-lo às sete igrejas da Ásia, representada como castiçais, entre os quais Ele, o Senhor, se encontrava, e na sua destra tinha sete estrelas que são os pastores/líderes das igrejas, chamados de anjos, mostrando a responsabilidade que o anjo da igreja tem – tratado como estrela - pois Deus trata diretamente com eles e os vê como referência (Vs.16).


O Eterno se apresenta como aquele que anda no meio dos sete castiçais de ouro” (Vs.16); o número 7 é simbólico e significa plenitude/perfeição e que aquelas igrejas representam, com seus líderes, a totalidade dos salvos em todas as épocas. As considerações do Altíssimo são também para os cristãos atuais, pois são “pedras vivas” (1Pd 2.5). São mensagens relevantes para o melhor entendimento e autorreflexão de cada um em particular.

Nota-se nos capítulos 2 e 3 do livro que há uma diversidade de características nas igrejas. Alguns paradoxos são revelados, como: “pobreza (mas tu és rico)” (Ap 2.9),” Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”, “tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”. Igreja que “deixou a primeira caridade” e outra que “as últimas obras são maiores que as primeiras”. Uma que “aborrece as obras dos nicolaítas” e outra que tem “alguns que seguem a sua doutrina”.

Vê-se que Deus se apresentando a cada uma delas de maneira diferente, mostrando que as conhecia profundamente. Sabia das suas obras (disse para todos os anjos das igrejas), trabalho, paciência, tribulação, blasfêmia, caridade, fé – contudo não encobria os erros, como: “tolerar Jezabel”, “não és frio nem quente”, “seguir a doutrina de Balaão” e outros.

O pastor é um presente de Deus para a Igreja e “ninguém toma para si essa honra”. É muito mais que um doutor/mestre, que um pregador. O vigia do rebanho é considerado pelo Senhor como uma estrela e deve, com a graça de Deus, se posicionar biblicamente sobre todos os assuntos, pois para isso foi chamado, para marcar posição num mundo tenebroso. Desconfie, então, dos líderes que se omitem ou que mantenham posição fora da Bíblia, pois a mais importante função deles é o posicionamento na Bíblia, pois ele é um formador de valores e precisa dar exemplo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário