sábado, 17 de dezembro de 2016

As tradições e suas armadilhas.




Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Esse foi o questionamento dos escribas e fariseus de Jerusalém a Jesus de não lavar a mão quando comem...

Os costumes que recebemos, sejam eles, na família, igreja e sociedade, são norteadores e nos influenciam muito? Certamente.

A tradição é demais persuasiva e repassamos formas de viver e ideias sem questioná-las, como sendo uma verdade incontestável. Somos influenciados por ela, seja de forma ideológica, linhas de pensamento (famosas cartilhas que se negam ser contrariadas), costumes diversos.

Ela muitas vezes, de modo sutil ou filosófico, pode nos prender segundo as coisas humanas desse mundo e não de acordo com a Palavra? Sim.

Pela tradição podemos desprezar o mandamento? É.

Entretanto, ela também mostra-se forte para nos livrar de inovações perigosas e astutas? Obviamente.

A modernidade nos aponta caminhos de liberdade, que muitas vezes são na verdade libertinagens, nos confundindo...

 A quebra de “prisões dogmáticas”, que muitas essencialmente são limites para nosso próprio bem...

A tradição é muito poderosa e devemos sempre discernir o Mandamento dentro dela, pois ele é eterno...

Por outro lado, quando ela contrariar a doutrina bíblica que é nossa regra de fé, sim, aí devemos com cuidado zelar pelo mandamento e rejeitarmos as suas insinuações.

Bem, nesse contexto entra pecado original, como uma suposta herança maldita, divórcio, como algo moderno e avançado, segundo e terceiro casamento, agora são formas de ajustes, pregar o evangelho onde tem igreja é uma forma de “disputa santa”, consagração de obreiros para fins eleitorais e outros, é normal, o suco de uva da ceia, na época de Jesus era sem álcool por causa do termo “fruto da vide” e o vinho com álcool seria então “fruto da oliveira”, ou seja, se transforma conselhos bíblicos em doutrinas? Por acaso a doutrina bíblica precisa de complementos ou remendos? Somos nós agora melhores do que a doutrina Santa?

Pois é...

A tradição é muito forte e temos que analisar com cuidado se vale a pena desmontá-la totalmente, pois ela pode estar servindo de “limite antigo” como no caso dos usos e costumes. Ao “liberá-lo” estaremos sem dúvidas, incorrendo em extremos próprios da natureza humana. Mesmo não sendo totalmente doutrina, tem bases fortes e contrariá-la levaríamos a riscos maiores.

Entretanto, divórcio que agora é um costume imposto pela sociedade não deveria ser aceito, de forma nenhuma, pois acarretaria o que já estamos vendo, uma exacerbada debandada dos bons costumes, contrariando a doutrina.

Outro casamento, sem a “benção da viuvez” para alguns, é adultério e nesse caminho muitos famosos, infelizmente, tem entrado cegamente ou vendo apenas seus interesses, e levam muitos a isso também. Contudo, não devemos ser convenientes, tolerantes...

Bem, pecado original, me desculpe Agostinho (Confissões), que muito contribuiu para o entendimento bíblico e interpretação da Palavra, e ainda contribui, mas o que passa para o ser humano é a morte, morte espiritual, afastamento de Deus, e aí sim, pecamos. Sem Ele ainda continuamos sem poder fazer nada!


Concluindo, os feudos evangélicos, que são grupos extremamente organizados para se manterem no/com o poder, sem limites de ações, tradicionalmente conhecidos, eles e os seus métodos de continuidade nada bíblicos, piores que outros grupos reprimidos pela sociedade, de maneira sutil e enganadora, ostensivamente/publicamente mansa e nos bastidores, quando não estão mascarados de filantropos, agem sorrateiramente sem escrúpulos.


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