A ideia apresentada é a de aflição, sofrimento, pressão, perseguição e injustiças que o crente padece por causa do Senhor Jesus e ainda pode ser acrescentada a pressão, a aflição ou angústia da vida cotidiana.
É um período anunciado por Deus, mas é para termos
paz Nele e bom ânimo, como está escrito no evangelho segundo escreveu João, no
capítulo 16 e verso 33.
O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios, no capítulo 1
e verso 5 diz que elas são abundantes e Pedro na segunda epístola, verso 13 do
quarto capítulo nos orienta a alegrarmos pelo fato de sermos participantes das
aflições de Cristo.
Contudo, a expressão “grande tribulação” é encontrada no
capítulo 7 do livro do Apocalipse, verso14, referindo-se a um período de três
dias e meio, conforme veremos a seguir.
Não podemos deixar de lembrar que “um dia” para Deus pode
significar mil anos ou um período só do conhecimento divino (2Pd 3.8) e que em
vários textos bíblicos encontramos referência a este tempo ou período de grande
tribulação.
Citamos o profeta Daniel 9.24-27 (acerca das setenta
semanas) e em Apocalipse 12 e 13 (um período de dias ou meses iguais há 3,5
anos ou figurados na expressão: “tempo, tempos e metade de um tempo”).
A identificação começa com Dn 9.24: ”setenta semanas
estão determinadas”. Uma semana ou seus sete dias interpreta-se como um período
de tempo pleno do conhecimento de Deus. O primeiro período de sete semanas teve
o seu início no reinado de Ciro, quando em cerca de 445 a.C., foi dada a ordem
“para restaurar e reedificar Jerusalém” (Dn 9.25).
Segue-se o segundo período de 62 semanas, até a chegada
do Messias, Jesus. Neste ponto das setenta, o tempo avançou a 69 semanas.
Resta tão somente uma semana - o terceiro período.
Nesse período final (uma semana), o ungido seria rejeitado pelo seu povo, e
morto (Dn 9.26). Esta semana projeta-se até o fim (vs 26b).
Nesta mesma semana (7 dias, sete tempos de Deus) – e sete
é plenitude - ele, Jesus, tem firmado “um concerto com muitos”, com os creem em
seu nome. Este concerto é o da salvação eterna (sete tempos), na remissão
dos pecados pelo seu sangue (Mt 26.26 a 28; Hb 10.12 a 18). Agora há uma
repartição desta semana final em novos dois períodos de meia semana (3,5 dias
ou 3,5 períodos de Deus). A separação se dá pela citação de que no meio da
semana, ele, o Messias, “faria cessar o sacrifício e oferta de manjares” (vs
27). Cumpriu-se isto quando Cristo morto pelos judeus tornava inúteis os
sacrifícios e ofertas determinadas pela lei (Hb 10.1, 8 a 11; Jo 1.17). Para
que cessasse de fato toda religiosidade vã definida pela lei foi, então
destruído o templo e a cidade de Jerusalém pelo “povo do príncipe que havia de vir”. Desde
então nunca mais se realizou tais rituais. O povo citado refere-se ao romano
que, no ano 70 aD, com seus exércitos, não deixaram pedra sobre pedra (Mt 24.2;
Lc 21. 20 a 24).
Desde esse acontecimento transcorre a metade da última
semana conforme está no texto de Dn 9.27: “sob as asas das abominações virá o
assolador e isso até a consumação”. Aqui está o período da grande tribulação
que vai se desenrolar até o fim, incluindo a destruição do assolador. A
tribulação será grande por vários motivos: pela presença do anticristo, que já
está presente no mundo (1 Jo 2.18 e 4.3; 2 Ts 2.7) e sua oposição ao evangelho
(2 Co 1.8); pela grande fúria do mal (Ap 12.9,12); por causa da multiplicação
da iniquidade ou avanço das trevas (Mt 24.9 a 12; 1 Tm 4.1,2; 2 Tm 3. 1 a 4);
pela manifestação e avanço da besta (Ap 13.1,3, 7), que são os domínios deste
mundo não sujeitos a Deus (Ap 17.9 a 12); e por estar chegando o tempo da saída
da Igreja do mundo": ela está em terra estranha (1 Pd 4.12; Jo 17.14 a
16).
Referem-se a este meio período final também as passagens
de Ap 12. 6 e 14; 13.5.
Paulo nos exorta (1 Ts 3.3; Fp 1.28 a 29; 2 Co 1.7).
Ninguém sabe quando se dará o arrebatamento da Igreja, findando as setenta
semanas, mas sabemos que é a nossa missão pregar o evangelho e dar testemunho
de Cristo diante dos homens. Com a volta de Jesus voltar terminará a
tribulação e passaremos a desfrutar com ele da paz e glória celestiais. (2 Ts
1.7)
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