sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O toque da sétima trombeta e o testemunho de Deus









No capítulo 10 do livro das revelações, um anjo desce do céu com um livrinho aberto na mão e clamou com grande voz, mas João foi proibido de revelar. Contudo pegou o livrinho da mão do anjo e o comeu, sendo doce em sua boca e amargo em seu ventre. Também lhe foi dito que importava que profetizasse outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis.

Na sequência da visão, João recebe ordens quanto ao templo e a cidade santa: o primeiro devia ser medido (“mede o templo de Deus”), enquanto o átrio e a cidade deviam ser entregues a uma profanação (“deixa o átrio... foi dado às nações... pisarão a cidade santa”). 

Ou seja, o reino de Deus está presente entre os homens, Sua presença tornou-se acessível por meio de Cristo; de modo que muitos têm ingressado no lugar santo, participando da verdadeira adoração a Deus (“o altar, e os que nele adoram”, cf. Hb 10.19). Mas, por outro lado, outros muitos se têm feito ouvintes indiferentes, e não participantes sinceros das coisas de Deus (Mt 7.22, 23; 22.11-14; Lc 13.25-27).

O próximo destaque na visão são duas testemunhas, identificadas como “as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (cf. Zc 4.1-6, 14). O fato é que todo aquele que “come do livrinho”, como João, é comissionado por Deus a dar testemunho, logo, é uma testemunha (Is 43.10, 12; 44.8). As testemunhas são duas não apenas pela representatividade do testemunho (Jo 8.17; Mc 6.7), mas também porque a eficácia do seu testemunho depende da obra e virtude do Espírito de Deus, que testifica juntamente com elas (Jo 15.26, 27; At 1.8; 5.32; Ap 22.17).

As testemunhas estão em humilhação (“vestidas de saco”), pois não desfrutam do mundo, antes sua missão é profetizar ao mundo. Não podem ser impedidas na sua obra, pois têm autoridade e proteção de Deus para cumprirem o mandato divino (“se alguém lhes quiser fazer mal...”). Porém, terminado o seu testemunho, serão combatidas e vencidas por uma “besta que sobe do abismo” – sobre a qual teremos muito a dizer em lições posteriores. Assim aqueles que são testemunhas de Deus não podem ser impedidos em sua obra, enquanto não a completarem – a exemplo do próprio Senhor Jesus (“onde o seu Senhor também foi crucificado”, cfJo 19.11, 16; 10.18). Mas, depois de mortas, elas ressuscitarão, e serão levadas para junto do Senhor, enquanto o mundo sofrerá o juízo de Deus (“no terremoto foram mortos sete mil homens”).

Quanto às diversas referências de tempo em que transcorrem esses acontecimentos, há uma notória correspondência entre 42 meses (Ap 11.2), 1260 dias, e 3 dias (anos?) e meio (v. 3, 9) e um tempo e tempos e metade de um tempo (Dn 9.27; 12.7; Ap 12.14), de modo que tudo ocorre durante o mesmo período, de modo paralelo (cf. Lc 24.47,49).

De modo semelhante ao que ocorreu na abertura do sétimo selo, o toque da sétima trombeta tanto completa o quadro das repreensões de Deus sobre o mundo, como também prepara o cenário de uma nova visão (“abriu-se no céu o templo de Deus”), ou melhor, novas visões, que se estenderão até a apresentação das sete taças da ira de Deus (Ap 15 e 16).
  

Deus tem falado ao mundo de muitas maneiras, trazido repreensões aos homens, mas estes não se arrependem (Ap 9.20, 21). Contudo, ainda há uma ordem da parte de Deus: pregar o Evangelho a todos.

* Esse texto é apenas um pequeno recorte de uma mensagem mais ampla sobre o toque da sétima trombeta e o testemunho de Deus. Segue abaixo o link para acesso ao vídeo que contém o estudo completo sobre o tema. 





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