quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A crucificação do salvador Jesus.





Na lição anterior estudamos sobre a agonia de Jesus no Getsêmani e o seu injusto julgamento. Nesta lição, vamos examinar as Escrituras Sagradas para conhecermos os registros sobre a crucificação de Cristo. A crucificação era a pena capital aplicada pelo Império Romano somente para os criminosos mais cruéis; e na Lei era “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”, no entanto, o inocente Cordeiro de Deus foi submetido a esta horrenda pena.

Saindo Jesus levando a cruz para o calvário, três dos evangelistas narram que,  constrangeram um certo Simão, cireneu, a carregar a cruz. O translado de Jesus até o lugar da execução foi acompanhado de uma multidão e havia um número de mulheres que lamentavam dramaticamente a condenação d’Ele. Jesus as aconselhou a não se lamentarem por Ele, mas sim por elas mesmas e por seus descendentes, prenunciando Ele os dias difíceis que viriam e em que elas iriam dizer: “Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!”. A rejeição ao Messias por grande parte dos judeus acarretaria o severo juízo de Deus sobre esse povo rebelde e incrédulo (Lc 21.20-24).

Ao chegarem ao Monte Caveira, vários procedimentos se executam segundo o que já nas Escrituras se previa para testemunho e são eles: deram-lhe fel para beber, repartiram suas vestes e lançaram sorte sobre sua túnica, rodearam lhe com provocações e zombarias, deram-lhe vinagre na sua sede, levantaram a Ele crucificado tendo um malfeitor a sua direita e outro a sua esquerda, traspassaram-lhe com cravos e uma lança, mas não lhe quebraram osso algum (Jo 19.17-24, 30-34; Sl 22.1, 7-8, 11-13 e 16-18; Mt 27.33,34,45-48; Sl 69.21). Também são testemunhos os sinais da natureza e a declaração favorável por Jesus como: “E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27.50-51). Com o corpo dilacerado pelos ferimentos, o piedoso Salvador roga ao Pai o perdão para os seus cruéis algozes, não revidou com injúrias ou maldições. Comumente, os condenados à crucificação injuriavam seus algozes até o último fôlego, tal era o sofrimento provocado pela cruz. No entanto, nosso Salvador portou-se como uma ovelha muda levada ao matadouro (1Pe 2.21b-25).

Afinal qual a razão de todo esse indescritível sofrimento? Segue-se a resposta: Jesus, pendurado no maldito madeiro, levou sobre si os nossos pecados a fim de nos conceder a sua justiça mediante a fé (Rm 3.21-26); Jesus, pendurado no maldito madeiro, se fez maldito por nós para sermos resgatados da maldição da Lei (Gl 3.13-14); Jesus, pendurado no maldito madeiro, morreu a nossa morte para podermos viver a sua vida (Rm 6.5-11); Jesus, pendurado no maldito madeiro, experimentou a separação do Pai, para sermos eternamente reconciliados com Ele (2Co 5.14-19). Jesus recebeu na cruz do Calvário o salário dos nossos pecados para nos conceder gratuitamente o dom da vida eterna (Rm 6.23).

Simultaneamente, na cruz de Cristo temos a revelação da severidade e da bondade de Deus. A severidade de Deus é demonstrada pelo alto preço pago por Cristo a fim de nos redimir de todos os nossos pecados. Nosso pecado foi severamente tratado sobre o corpo de Cristo em função da gravidade com que ele se apresenta ante os santos olhos de Deus. Agora, a bondade de Deus é demonstrada na cruz de Cristo porque aprouve a Ele nos amar de tal maneira que se dispôs a enviar seu Primogênito a fim de nos salvar dos nossos pecados (Jo 3.13-18).

Os corpos dos criminosos crucificados geralmente eram deixados pendurados e, depois, lançados em uma sepultura comum, entretanto, no caso, sendo véspera do sábado e grande dia da Páscoa, os judeus foram e pediram a Pilatos que se abreviasse a morte dos condenados. Assim foram quebradas as pernas dos dois ao lado de Jesus, mas este já estava morto e para se confirmar traspassaram-lhe com uma lança (Jo 19.31-37).  José de Arimatéia e Nicodemos encarregaram-se de assegurar um sepultamento digno para o Salvador. Visto que José era um homem rico e influente, ele foi até Pilatos solicitar o corpo de Jesus para ser sepultado em seu  sepulcro escavado na penha, onde ninguém ainda havia sido sepultado. Nicodemos utilizou quase cem libras de um composto de mirra e aloés para preparar o corpo do Salvador para o seu sepultamento, conforme o costume dos judeus (Jo 19.38-42).  Por outro lado os principais do povo em sua obstinação puseram guardas no sepulcro e selaram a pedra (Mt 27.62-66).


Compreender a crucificação de Cristo nos oferece o entendimento claro da sua identidade como “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, bem como o entendimento de toda herança de vida concedida por Ele aos seus escolhidos. A plenitude da vida cristã será vivenciada somente por quem compreender o glorioso mistério da cruz de Cristo.






* Texto cedido por: EBD – 4º. Trimestre de 2017 

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP
“VIDA E OBRA DE JESUS”

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