sábado, 20 de outubro de 2018

O que o Senhor espera de seus adoradores.





Na lição anterior, vimos o testemunho de Deus por Seu mensageiro Malaquias acerca da prova inquestionável do Seu amor pelos israelitas. Nesta lição, vamos compreender a expectativa de Deus em relação ao culto de adoração oferecido pelo Seu povo. Portanto, vamos examinar as Escrituras a fim de alinhar nossa adoração com a expectativa do nosso Deus e Senhor.

Nesta declaração está expressa toda a expectativa do Senhor com relação ao culto que o Seu povo deve prestar-Lhe. Lamentavelmente, os israelitas não estavam conseguindo atender à expectativa de Deus com relação ao culto prestado a Ele em virtude da falta de reverência e de entendimento da grandeza e da majestade de Deus.

Enquanto os israelitas questionavam ao Senhor acerca da legitimidade do Seu amor por eles, o Senhor agora questiona a legitimidade do culto oferecido pelos israelitas. Como Pai de Israel, o Senhor esperava ser devidamente honrado por seu povo eleito. Das entranhas de uma mulher estéril, a saber Sara, mulher de Abraão, o Senhor fez surgir uma grande nação a fim de se tornar um estandarte de testemunho da Sua glória perante as demais nações do mundo (Gn 12.1-3; 15.1-6; 17.1-9; 22.15-18). Além disso, Israel foi comissionado por Deus a comunicar a bênção do Senhor sobre os demais povos. Contudo, o que observamos ao longo da história do povo da antiga aliança é uma narrativa marcada pela desonra ao nome de Deus. Os israelitas não conseguiram santificar o nome de Deus perante as nações por meio de uma fé obediente, como a que houve no patriarca Abraão. Como Senhor de Israel, Deus esperava ser temido pelo Seu povo eleito. Toda a peregrinação de Israel foi marcada por poderosas demonstrações da soberania de Deus. Porém, os israelitas não reconheciam adequadamente o temor devido ao Senhor dos céus e da terra (Pv 1.7).

A desonra dos israelitas para com o Senhor era evidente pelas ofertas de animais de péssima qualidade que traziam no culto dedicado a Ele. A qualidade das ofertas expressava o real sentimento presente nos corações dos israelitas (Is 29.13-6; Mt 6.21).

O questionamento dos sacerdotes acerca da declaração feita pelo Senhor com relação às ofertas irreverentes e inaceitáveis oferecidas pelo povo é a evidência clara do cinismo e da hipocrisia reinante em Israel. Os sacerdotes eram responsáveis não somente por apresentarem perante o Senhor as ofertas trazidas pelo povo ao templo, mas também por zelar pela boa qualidade das mesmas, conforme prescrito na Lei dada à Moisés (Lv 22.17-20, 31-33; Dt 15.21). Devido a essa responsabilidade delegada aos sacerdotes de fiscalizar a qualidade das ofertas, o ataque de Malaquias se concentra neles, mesmo sabendo que era o povo que trazia as ofertas ao templo. Talvez a negligência dos sacerdotes fosse fruto da seguinte mentalidade: “Alguma coisa é melhor do que nada, o morno é melhor do que o frio”. Na verdade, o que o Senhor realmente queria era que esse tipo de adoração impura, irreverente, hipócrita, cessasse completa e imediatamente.

Com o propósito de desbancar o cinismo por trás do questionamento dos sacerdotes, o Senhor os desafia a oferecerem aos príncipes ofertas com qualidade semelhante às que traziam ao templo. Seriam aceitos e honrados pelos príncipes, caso apresentassem ofertas com qualidade similar às que apresentavam no templo? Com certeza a resposta é um sonoro “não”. Com isso verificamos nos israelitas o que Jesus chamou de “amor à glória dos homens”, pois os conterrâneos de Malaquias estavam dispostos a honrar os príncipes do povo, mas estavam indispostos em honrar devidamente ao Senhor.

Malaquias, depois de desafiar o povo a apresentar aos seus príncipes ofertas de qualidade reprovada, desafia-os agora a suplicar ao Senhor na tentativa de alcançarem a Sua piedade, tendo em vista o que eles tinham em mãos – ofertas maculadas, indignas. Será que seriam aceitos pelo Senhor? A indignação do Senhor era tão grande que Ele preferia as portas do templo fechadas do que ofertas vãs sendo ali oferecidas. Contudo, o desprezo dos israelitas para com a santidade do nome do Altíssimo não subtraía da Sua Glória e Majestade. Por esta razão, Ele prenuncia o tempo no qual o Seu nome seria tremendamente honrado entre as nações da terra; este tempo é o da nova e eterna aliança do sangue de Jesus Cristo, onde os verdadeiros adoradores adoram ao Senhor em espírito e em verdade (Jo 4.21-24).

A expressão máxima da rejeição do Senhor para com o culto oferecido pelos conterrâneos de Malaquias está na profecia acerca da maldição destinada aos adoradores profanos. Ou seja, o Senhor não ficará descontente e passivo perante a desonra dos israelitas para com o Seu Santo Nome, mas Ele promete retribuir a estes falsos adoradores com a merecida maldição. Se a situação dos israelitas já não era das melhores, agora eles poderiam ter a certeza de uma intensa degradação de todos aspectos pertinentes às suas vidas.

A seriedade com a qual devemos prestar culto a Deus deve ser fruto da consciência de quem Deus é, de quem nós somos, e da grandeza da redenção concedida a nós gratuitamente pela fé em Jesus Cristo. Na adoração verdadeira esta consciência aflora com vigor e fervor, expressando nossa reverência e gratidão ao Senhor por Sua imensurável graça. O Senhor nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz com o objetivo de nos transformar em verdadeiros adoradores e participantes de Suas ricas bênçãos. Enquanto adorarmos ao Senhor em espírito e verdade, nosso culto é aceito por Ele, Sua graça fluirá continuamente sobre todos os aspectos da nossa vida e a nossa alegria será completa n’Ele (Rm 11.33-36; Rm 12.1-2; Ef 5.15-17). Qual tem sido a qualidade do culto oferecido por você ao Senhor? Você tem a certeza de oferecer ao Senhor um culto em harmonia com a expectativa do coração d’Ele? É notória a manifestação das bênçãos dos Senhor sobre a Sua vida como recompensa do culto prestado por você?

Sempre devemos ter em mente a expectativa do Senhor com relação à adoração oferecida por nós, se quisermos realmente ser agradáveis aos Seus olhos. Esta consciência certamente produzirá em nós uma tremenda reverência e um sincero desejo de honrá-lO devidamente. Portanto, estejamos atentos para reverenciar e honrar aqu’Ele cuja glória e majestade é absolutamente digna de adoração legítima.



Texto cedido por: EBD –  4º. Trimestre de 2018



LIVRO DE MALAQUIAS

ASSEMBLÉIA DE DEUS 
MINISTÉRIO GUARATINGUETÁ-SP

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