sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O tropeço na palavra.



Há muitas citações bíblicas e conselhos para sermos sábios no uso de nossas palavras. Sem querer esgotar o assunto, mas devido a sua grande importância, faz-se necessário refletir. 

“Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.” Tg 1.26

“Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” Tg 3.8

Nos textos acima, o assunto tratado é sobre o refrear a língua. No segundo diz que “nenhum homem pode domar a língua”, mas no primeiro alerta que se alguém “cuida ser religioso”, deverá domá-la. Somos religiosos? Dominamos nossa língua? Devemos.

 “Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.” Pv 29.20

            No tempo dos juízes, Jefté fez um voto impensado no capítulo 11 e depois ficou numa situação difícil, precisando sacrificar a própria filha. Deus teria prazer nisso? Claro que não. Talvez ele tivesse pensado que apareceria um cordeiro ou outro animal. Mas, apareceu a sua filha. Teria sido ela resgatada? A Bíblia não dá pista, contudo permanece o ensino acerca de voto. 

Vemos Saul também se precipitando no capítulo 14 do Primeiro Livro de Samuel, “Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos” – se queria se vingar, não deveria alimentar as pessoas e aproveitar a oportunidade? Qual foi a necessidade desse voto que quase atingiu o seu próprio filho que nem sabia de tal voto? Quase, porque o povo interveio e protegeu a Jônatas.

Então, tomar cuidado com o que falamos, votamos é de extrema relevância. Na Bíblia está escrito que é melhor não votar, do que votando, não cumprir.

Nos primeiros versículos do capítulo do Livro do Eclesiastes, temos a sábia orientação, que quando estivermos perante Deus, procurarmos ouvir mais e não se apressar a pronunciar palavra alguma, evitarmos oferecer sacrifício de tolo. 

Salomão diz que existe tempo certo de falar e que a palavra dita a seu tempo é de muita valia. Fala que nem em pensamento devemos amaldiçoar o rei, nem o rico na nossa intimidade, pois “as aves do céu” darão notícia.  Tomemos cuidado com nossa língua ou ela nos levará a situações adversas.

Segundo o apóstolo Paulo, precisamos também evitar a maledicência, as palavras torpes e o profeta Isaías, no capítulo 50 de seu livro orienta a termos uma língua erudita para dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Temos agido assim? 


Pois é...

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