sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Cartas às sete igrejas da Ásia.


Nos capítulos 2 e 3 do Livro do Apocalipse temos o relato das cartas às igrejas da Ásia. Vemos Deus se apresentando a cada uma delas de maneira diferente, mostrando que as conhecia profundamente. Sabia das suas obras (disse para todos os anjos das igrejas), trabalho, paciência, tribulação, blasfêmia, caridade, fé – contudo não encobria os erros, como: “tolerar Jezabel”, “não és frio nem quente”, “seguir a doutrina de Balaão” e outros.

Mostra a responsabilidade que os anjos da igreja tem – tratados como estrelas, pois Deus trata diretamente com eles. Creio que muitos destes problemas talvez nem sejam deles diretamente, mas eram da igreja que eles cuidavam - castiçais.

Ele se apresenta como: “aquele que tem na sua destra as sete estrelas e anda no meio dos sete castiçais de ouro”, “o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu”, “aquele que tem a espada aguda de dois fios”, etc. 

Também notamos uma diversidade de características nas igrejas. “Alguns paradoxos são revelados: “pobreza (mas tu és rico)”,” Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”, “tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome”. Igreja que “deixou a primeira caridade” e outra que “as últimas obras são maiores que as primeiras”. Uma que “aborrece as obras dos nicolaítas” e outra que tem “alguns que seguem a sua doutrina”.

Poderíamos dizer que Filadélfia era uma igreja sem mácula, fiel – apesar de ter pouca força? Laodicéia se achava rica e Ele se apresenta como a testemunha verdadeira, mostrando a sua realidade, repreendendo-a porque a amava? Sardes seria um exemplo de vida cristã aparente apenas? Esmirna é uma igreja atribulada, pobre materialmente, sofrendo blasfêmias. Pérgamo uma igreja que apesar de estar num local espiritualmente difícil, mas se mantinha fiel – apesar de umas poucas coisas desfavoráveis. Tiatira a igreja que tolerava Jezabel?   Éfeso deixou o primeiro amor, contudo colocou à prova alguns que se diziam apóstolos e os achou mentirosos.

Considerando o número sete como simbólico, (significa plenitude, perfeição) e aquelas igrejas como figuras de todas e em todas as épocas, considerando também nós como igrejas vivas, qual, pois seria a melhor descrição nossa? Ou, como tem sido nosso testemunho diante Dele? Ainda, o que Ele tem dito de nossa comunidade ou de nós?

Muitos querem e podem até se considerar uma “Filadélfia” ou “Esmirna”, mas será que são mesmo? Alguns de Sardes achavam que estavam “vivos”, mas diante Daquele que tem os sete Espíritos de Deus fica explícita sua morte espiritual.

Interessante notar que ela tinha pouca força. Então, força não é garantia de fidelidade! Em mais uma igreja (Esmirna) também se fala “aos que se dizem judeus, mas não são” que blasfemavam, chamando-os, nos dois casos, de sinagogas de Satanás. Pessoas com aparente religiosidade, mas, servindo ao adversário?   

Nicolaítas era algo que Deus não gostava, mas na Bíblia não encontramos maiores explicações. Já, ao contrário, Balaão está claro que se refere ao profeta que instiga o povo a pecar e assim ser amaldiçoado.

Para a igreja de Éfeso, a única observação negativa foi ter deixado a primeira caridade. Seria uma congregação de “crentes antigos” que não tinham mais aquele vigor espiritual do início de sua conversão? Precisamos sempre ser, no aspecto de primeiro amor, novo-convertido?

Tolerar Jezabel, uma rainha idólatra e assassina, era o problema de alguns de Tiatira e passariam por uma grande tribulação caso não se arrependessem de suas obras e os filhos seriam feridos de morte. Seria um erro de omissão, falta de postura correta?

Para a igreja de Laodicéia, disse “não és frio nem quente”, seria isso um medo de dizer a verdade? Pessoas que estão divididas entre servir a Deus e o mundo? Estariam elas com a Palavra sufocada pelos espinhos (os cuidados desta vida, embaraços), como na parábola da semente? Outra observação foi:” Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu)”, “tens nome de que vives e estás morto”. Seria uma igreja que tinha muitos recursos materiais, ao contrário de outras, só que não “investia” atenção, tempo e recursos no mundo espiritual? Precisamos sempre nos analisar para vermos onde está o nosso coração e não colocarmos a nossa esperança nas riquezas. Não podemos nos esquecer de priorizarmos o reino dos céus!

Meditemos!

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